Nascente 1005

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 Nascente 1005

 

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Editorial

Setembro começou

Mesmo com uma Pauta de Reivindicações que sobretudo prevê a conservação dos atuais direitos da categoria, com pleitos de mudanças apenas nas cláusulas econômicas — reposição integral da inflação pelo ICV/Dieese e ganho real —, a categoria petroleira não deve esperar uma Campanha Reivindicatória tranquila. Muito pelo contrário.
Cortar direitos é tudo o que o governo Mishell tem feito e o que a Petrobrás quer. Além disso, a Pauta pelo Brasil, que volta a ser colocada à mesa, se opõe de forma veemente ao modelo atual de gestão da companhia, que não poupa esforços em dilapidar o patrimônio da empresa, entregando ativos às demais petroleiras multinacionais.
Esta política de desmonte também inclui o esgarçamento das relações nos ambientes de trabalho, com as chefias sendo cada vez mais dotadas de licença da alta gestão para incorrerem em abusos, assédios e práticas antissindicais.
A entrega das pautas da categoria à companhia, nesta sexta, portanto, representa o início formal de negociações muito duras e para as quais os petroleiros e petroleiras deverão estar muito preparados. Não há limites para o entreguismo da dupla Mishell/Parente.
Trabalhadores e trabalhadoras devem estar prontos para uma grande greve, movimento que será discutido nos seminários indicados no calendário de lutas. É muito provável que esta nova paralisação tenha que ser ainda mais forte que a de 2015, para barrar a privatização em curso.
“O maior desafio da categoria continua sendo barrar a privatização do Sistema Petrobrás. Essa luta está diretamente associada à preservação dos postos de trabalho e do Acordo Coletivo”, lembra a FUP.
Estejamos atentos e fortes, muita luta há de vir neste setembro que já começou.

 

Espaço aberto

A irracionalidade da Petrobrás

Rodrigo Pimentel e Cloviomar Cararine**

Na quinta-feira 11, a Petrobras divulgou os resultados financeiros e operacionais do segundo trimestre de 2017. Embora os principais analistas tenham destacado a redução do lucro líquido motivada pelos itens extraordinários, principalmente os gastos tributários oriundos do Programa de Regularização Tributária, poucos tem observado a evolução dos resultados operacionais.
Os resultados financeiros têm apresentado progressiva melhora, principalmente na geração de caixa, e com poucos recursos originados da venda de ativos. Somente nos seis primeiros meses, a Petrobras gerou 22,7 bilhões de reais em caixa, montante 70% maior que no mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 6%, a 44,3 bilhões de reais. Mesmo sem incorporar os valores das vendas de ativos e diminuir o ritmo de suas atividades produtivas, a Petrobras permanece como uma empresa financeira rentável.
Desse modo, a venda de ativos, principalmente da sua principal área de negócio, a exploração e produção (E&P), não parecem fazer sentido do ponto de vista operacional e, menos ainda, do financeiro. Recentemente foram colocados à venda 30 áreas produtoras que respondem por cerca de 70 mil barris de petróleo/dia. A se considerar o atual preço do barril (50 dólares), significa que a Petrobras está disposta a abrir mão de uma receita diária de 3,5 milhões de dólares.
Em resumo, a melhora da situação financeira da companhia em um cenário de estagnação da produção de petróleo e gás natural, bem como do abandono de suas atividades industriais, comprova que a atual gestão perde uma grande oportunidade e precisa urgentemente mudar seu plano estratégico.

*Trecho de artigo publicado originalmente no site da Carta Capital em bit.ly/2i3B8Kf, sob o título “A irracionalidade dos desinvestimentos da Petrobras”. ** Ecnomistas, técnicos do Dieese e do Geep/FUP.

 

Enchova 33 Anos

Atos lembram 33 anos da tragédia de 84

Protestos e homenagens nos aeroportos e em Cabiúnas para jamais esquecer uma das maiores tragédias do setor petróleo, com 37 mortos, em 1984

O Sindipetro-NF realizou na manhã de ontem atos em todos os aeroportos da região e em Cabiúnas para marcar a passagem dos 33 anos da tragédia de Enchova, uma das maiores do mundo, que matou 37 petroleiros e deixou 19 feridos, em 1984.
Após uma explosão na unidade, houve incêndio prolongado e evacuação do convés. As mortes ocorreram justamente quando este grupo de trabalhadores tentava deixar a plataforma, dentro de uma baleeira que se desprendeu e caiu no mar.
Nesses últimos anos, não ocorreram grandes mudanças em relação à gestão de segurança nas empresas de petróleo e principalmente na Petrobrás. Muitas vidas foram perdidas em acidentes de trabalho, que a categoria se nega a esquecer. O que houve de conquista na área de SMS como o direito de recusa, a participação nas comissões de apuração de acidentes e interdições de unidades, foram arrancadas na luta, como é destacado pelo coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.
“O NF durante todo o dia esteve em Cabiúnas, fazendo setorial, e nos quatro aeroportos fazendo atos, dialogando com os trabalhadores para lembrar dessas 37 mortes, que não foram em vão. Graças à cobrança do sindicato e à luta dos trabalhadores a gente conseguiu garantir uma série de normas, leis, procedimentos internos das empresas, para garantir que o trabalho offshore passasse a ser mais seguro. Um exemplo é o anexo II da NR-30, que vai virar uma NR específica de plataformas”, explicou o coordenador, em entrevista à Rádio NF.
Bezerra também destacou que “os atos foram bem intensos”, e que “é sempre muito emocionante a gente falar e lembrar desses bravos companheiros que morreram. Vamos continuar sempre lembrando, para que ninguém ache que as conquistas que tivemos ao longo dos anos foram de graça. Teve sangue de trabalhadores, teve luta, teve demissão, teve punição, e sem dúvidas vamos juntos continuar fazendo a luta e a resistência”.

 

Capa

CATEGORIA POR NENHUM DIREITO A MENOS E CONTRA PRIVATIZAÇÃO

Pautas dos petroleiros e petroleiras serão entregues à Petrobrás nesta sexta, 18, após aprovação no XVII Confup e discussão nas bases. Prioridade é resistir ao desmonte da companhia e à precarização do trabalho. Próximos dias serão de muita mobilização

Petroleiros e petroleiras de todas as bases do Norte Fluminense realizam desde o final da semana passada reuniões setoriais para discutir a Pauta de Reinvindicações da categoria e a Pauta pelo Brasil, documentos que foram aprovados no XVII Confup (Congresso da Federação Única dos Petroleiros) e que serão protocolados na Petrobrás nesta sexta, 18.
Na plenária final do Congresso, realizada no dia 06 de agosto, em Salvador, delegados e delegadas representantes de bases de todo o País deliberaram que a campanha reivindicatória dos trabalhadores do Sistema Petrobrás será pela manutenção do atual Acordo Coletivo de Trabalho e reajuste salarial. Os petroleiros cobram reposição integral da inflação pelo ICV/Dieese e ganho real.
O maior desafio da categoria continua sendo impedir a privatização do Sistema Petrobrás. Essa luta está diretamente associada à preservação dos postos de trabalho e do Acordo Coletivo. Por isso, o XVII Confup também aprovou a Pauta pelo Brasil, que servirá de base na construção de propostas para que a Petrobrás volte a ser uma empresa integrada de energia e indutora do desenvolvimento nacional.
Além dos encontros físicos nas bases, parte da diretoria do Sindipetro-NF participou de transmissão ao vivo na página da entidade no Facebook, na noite da última terça, 15, para discutir as pautas com a categoria. Os documentos continuam disponíveis em bit.ly/2vIKnCt.

Petros

A verdade sobre o déficit

Das Imprensas da FUP e do NF

Em informativo distribuído aos trabalhadores e aposentados, a FUP explica os principais motivos do déficit do Plano Petros-1 (PP-1) e cobra um processo negocial amplo para discutir o seu equacionamento, a entrada de novos recursos no plano e a cisão de massas entre repactuados e não repactuados, para que haja o menor impacto possível para os participantes e assistidos. A publicação está disponível em bit.ly/2fL4sEr.
Desde a sua criação, em 1970, o Plano Petros-1 foi concebido para que a massa de trabalhadores do Sistema Petrobrás subsidiasse os benefícios daqueles que, no final da sua carreira, receberiam salários superiores ao teto de benefício pago pela previdência oficial (INSS). Durante décadas, os gestores da Petrobrás e da Petros esconderam os déficits do PP-1, para fazer parecer que o plano era sustentável, utilizando premissas atuariais defasadas e até mesmo falsas, distorcendo o valor real do seu passivo, referente ao montante de benefícios que o plano teria que pagar no futuro. O motivo sempre foi a redução das despesas da Petrobrás e demais subsidiárias com o PP-1. Esse custeio menor que o necessário, foi responsável pela formação dos sucessivos déficits do plano.
Retorno do déficit
Nos anos 90, o problema se agravou com FHC, quando foi aprovada emenda que estabelece paridade contributiva nas empresas públicas e estatal. FUP e seus sindicatos denunciaram o déficit não contabilizado no PP-1, cobrando dívidas da Petrobrás por meio de Ação Civil Pública, que levou ao reequilíbrio do plano. O PP-1 passou a registrar superávits seguidos, mas os problemas estruturais do plano que não foram resolvidos, a reviravolta na conjuntura econômica, a irresponsabilidade daqueles que demonizaram a repactuação, incentivando milhares de ações judiciais contra a Petros são alguns dos fatores que fizeram o plano voltar a ficar deficitário.

Transpetro

CA tem votação só até domingo

FUP e sindicatos filiados apoiam candidatura da petroleira Fabiana dos Anjos, da chapa 3233

Da Imprensa da FUP

Termina no domingo, 20 de agosto, o segundo turno da eleição para o Conselho de Administração da Transpetro. A FUP e seus sindicatos orientam os trabalhadores da subsidiária a votarem em Fabiana dos Anjos, chapa 3233, que recebeu o apoio da categoria no XVII Confup, realizado no início do mês, em Salvador.
Técnica de operação do Terminal Aquaviário de Madre de Deus, na Bahia, há 14 anos, Fabiana sabe a importância dessa luta. “Estamos passando por uma situação de ameaça já há algum tempo. Desde 2015, estamos sinalizando que a Transpetro poderia ser vendida, e hoje, o plano de negócio da empresa é realmente de desinves-timento. A Transpetro está dentro desse plano, em relação à redução de custo com a logística da Petrobrás. Então, a partir daí, surgiu um alerta na categoria, de que poderíamos perder nossos empregos. Com isso, meu objetivo principal é dizer não ao processo de venda da Transpetro, dentro do Conselho de Administração”, afimou a operadora, em entrevista concedida durante o XVII Confup.
A votação prossegue até o dia 20 e está sendo feita exclusivamente pelo sistema CAEL, que os petroleiros e petroleiras podem acessar pela rede Petrobras, através da chave pessoal e senha Intranet, ou pela internet aberta, utilizando a chave pessoal e a senha Extranet. O acesso é pelo site https://cael.petrobras.com.br

 

Normando

Criminoso que limpa rastro

Os neoliberais possuem, reconheçamos, a incrível capacidade de destruir o patrimônio público e atribuir a culpa a outros. Assim é texto recente, que circula amplamente entre petroleiros.
Na obsessão de atribuir ao PT “o inferno da Petrobras” (neoliberais nunca acentuam), e o culpar pelo “pior momento da empresa em 60 anos”, são elencados dados distorcidos pela ideologia liberal.
Falta de referencial
A ausência de critério e sentido histórico fica clara logo de saída: compara-se o aparelhamento da Petrobrás sob Collor, ao feito sob o PT.
Comparação que aliena duas verdades indesejadas pelo neoliberalismo:
a) Collor, tal como FHC e o Golpe de 2016, pretendia o fim da Petrobrás, dentro de uma visão geral de Estado mínimo (forte com os fracos, e fraco com os fortes), desregulamentação e abertura da atividade para as petrolíferas estrangeiras; Já a administração do PT viu na Petrobrás o motor do desenvolvimento nacional, alavancando a participação do setor no PIB do País de 3% para cerca de 13%, em menos de 12 anos;
b) Collor, sem nenhum estudo prévio, determinou a despedida de 10% dos empregados; as greves de 1990 e de 1991, liimitaram as despedidas a pouco mais de mil empregados; sob o PT o corpo de empregados saltou de 34.540, em 2002, para 62.692, em 2013.
Para quem não atribui importância ao crescimento do PIB e à geração de emprego e renda, realmente é tudo igual. Eis a diferença entre uma análise neoliberal e uma análise crítica.
Corrupção
Na ideologia neoliberal a corrupção do PT (nunca a de FHC ou de Aécio) é o grande problema do Brasil, e não a desigualdade social, o desemprego, a miséria.
Coerentemente, o texto ignora que todos os esquemas e redes de corrupção apontados já existiam antes do PT, e que muitos ainda existem, intocados.
Nordeste
Para a elite brasileira é local de fome e miséria, no Sertão, e de turismo praiano. Assim, atacam-se as refinarias pretendidas pelo PT, pois “não havia mercado”.
Omite-se convenientemente o projeto de exportação de derivados, para o qual o Nordeste é geopoliticamente favorecido. Afinal, o objetivo do neoliberalismo é um Brasil exportador de óleo bruto e importador de derivados, como ocorre sob Parente.
Mentirinhas
O texto prossegue com mentiras grosseiras sobre o Plano de Cargos de 2007, e sobre o PAC.
Ao fim recomenda-se que nunca mais o Brasil se desenvolva via Petrobrás. Afinal, é preciso justificar sua destruição pelo Golpe.

Curtas

PARTE DO POVO
“Sou uma peça de uma máquina chamada povo brasileiro. Eu só sou o que sou pela evolução da consciência política do povo, que entendeu que pode melhorar de vida. Nós provamos que o Brasil pode ser grande. Por isso, tenho certeza que esse país pode voltar a sorrir e ser respeitado”. A afirmação é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita na tarde do último sábado, na quadra do Império Serrano, no Rio, durante o encerramento do Congresso Estadual da CUT.

Produtos do MST
Inaugurado ontem o espaço de exposição, comercialização e divulgação dos produtos da Reforma Agrária, no Rio. Participam representantes de 19 assentamentos ligados ao MST no estado, inclusive do Norte Fluminense e Região dos Lagos. Inicialmente o espaço funcionará duas vezes ao mês, na Rua da Lapa, nº 107. A programação de inauguração continua até amanhã, com shows culturais a partir das 12h.

Homem alarme
Um caso que seria cômico, se não fosse parte dessa tragédia que se tornou a gestão da Petrobrás, foi denunciado pelo NF na semana passada: a gerência de PCH-1 colocou um trabalhador para apitar em caso de emergência, para enfrentar uma falha no sistema de alarme. O problema foi resolvido após cobrança do sindicato.

Benzeno
Artigo essencial dos pesquisadores Danilo Fernandes Costa e Moisés Goldbaum, sobre contaminação química, precarização, adoecimento e morte no trabalho provocados pelo benzeno no Brasil, foi disponibilizado nesta semana no Scielo. O texto analisa impactos das regulações na área e identifica que “somente quando houve mobilização de trabalhadores e técnicos ocorreram avanços”. Confira a íntegra em bit.ly/2uM3hXX.

Futsal
As partidas do 13º Torneio de Futsal do Sindipetro-NF continuam até o próximo dia 1º, no Juquinha, em Macaé. Participam as equipes Barsemlona, Pré-Sal, Passa Drible, Fúria Normatel, Cata Cata F.C., Albacora, CABP, Submarino (Atual Campeão), Comau do Brasil, Quem nunca? F.C., Baker Drilling, Estrela F. C, Bola Cheia, Independente, Primos F. C. e Família F.C. Tabela em bit.ly/2vO9DcG.