Nascente 1174

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Editorial

Pede pra sair

No meio de uma pandemia, enquanto Bolsonaro nega continuar concedendo auxílio emergencial para os mais necessitados, surge uma denúncia que seu governo gastou R$15,6 milhões em leite condensado, R$16milhões em batata frita e R$2 milhões em chiclete. No ano de 2020, os órgãos do Executivo gastaram R$1,8 bilhão em alimentos, que também incluem frutos do mar, bacon defumado e sobremesas diversas. Sendo 20% a mais do que em 2019.
Os gastos desse governo divulgados pelo portal Metrópole precisam ser auditados! Já não bastasse o uso de dinheiro do SUS para comprar Cloroquina e Hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19 sem autorização da ANVISA, agora surge essa despesa absurda com alimentos. O superfaturamento ficou claro, não há como tapar o sol com a peneira.
É preciso fazer uma auditoria urgente, apurar esses gastos e responsabilizar Jair Bolsonaro por isso. Não bastasse termos que assistir milhares de brasileiros morrendo por falta de oxigênio e ouvir da boca do presidente que o Brasil está quebrado. Com esses gastos quantos cilindros de oxigênio poderiam ter sido comprados, quantas vacinas seriam adquiridas? Quantas vidas poderiam ter sido salvas? Questionamos qual será a desculpa que esse governo vai utilizar para encobrir essa clara lavagem de dinheiro.
O povo não aguenta mais! Como pode não ter dinheiro para o auxílio emergencial, deixar a população com fome, contando migalhas e usar dinheiro público para para tantos gastos supérfluos.
Isso só confirma o que já vínhamos acompanhando que á a total insensibilidade do presidente Bolsonaro em relação ao seu povo. Um descaso com as vidas e com as famílias de milhares de brasileiros.
Uma pesquisa recente feita pelo Datafolha mostra que a popularidade do presidente está em baixa. 40% da população avalia seu governo como ruim ou péssimo. Já passou da hora de Bolsonaro se manter como presidente do Brasil. Sua necropolítica está levando o país ao caos e não se sustenta mais. O povo não aguenta tanto descaso.
Pede pra sair, presidente!

 

Espaço aberto

A conta fica cada vez mais cara

Efraim Neto*

O constante aumento no preço da gasolina vem assustando a população brasileira. Na semana passada, a Petrobras aumentou o preço médio do litro da gasolina vendida para distribuidoras em R$ 0,15, um aumento de 8,15% sobre a média vigente, de R$ 1,84, segundo informações da própria companhia. O preço do diesel, combustível mais consumido no país, não foi alterado. O último reajuste foi feito em 29 de dezembro do ano passado e, de lá para cá, o Brent, preço de referência do petróleo no mercado internacional, valorizou-se mais de 7%, enquanto o dólar está quase estável, com valorização de – 0,5%, considerando as quedas. Mas não foram só os preços dos combustíveis que subiram. O gás de cozinha (GLP) também aumentou. O reajuste do preço do GLP nas refinarias da Petrobras, de 6%, em média, em 7 de janeiro, chegou aos consumidores residenciais. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o botijão de 13 kg estava sendo vendido entre 10 e 16 de janeiro a R$ 76,50, alta de 1,9% sobre a semana anterior, quando estava custando R$ 75,05, em média. Os valores do botijão variam de acordo com o local de venda. Na região Norte está o botijão de 13 kg mais caro do país, a R$ 84,66. No Sudeste, o preço está abaixo da média nacional, R$ 74,07; no Sul, sai a R$ 77,99; no Nordeste, a R$ 75,68; e no Centro-Oeste, a R$ 81,75.
Mas não para por aí. Ao que tudo indica, a inflação vai piorar em 2021. Com o preço dos alimentos e outros itens, como energia elétrica e combustíveis, subindo, até metade do ano, a tendência é que a inflação suba para perto dos 6% em 12 meses. O salário mínimo de R$ 1.100 já está comprometido em 58% com a compra dos alimmentos mais essenciais. Com a política de preço da Petrobras e com os desmandos do governo Bolsonaro, quem paga a conta é você!
*sócio/analista da Veredas Inteligência Estratégica

 

Capa

UMA CRUEL REALIDADE A BORDO

Todas as semanas, desde o início da pandemia, a categoria petroleira é assombrada com um novo surto de Covid nas plataformas, dessa vez foram os trabalhadores de P-63. O Sindipetro-NF segue sua luta em defesa da saúde da categoria, cobrando da Petrobrás uma gestão que defenda a vida das pessoas e que priorize a prevenão da doença, mas infelizmente o que é visto é um repeteco da necropolítica de Bolsonaro.

A rotina dos surtos de Covid nas plataformas da Bacia de Campos continuam. O Sindipetro-NF recebeu no sábado, 23, a informação que quatro trabalhadores que embarcaram na P-63 apresentaram sintomas da doença e testaram positivo. No dia seguinte, o enfermeiro que fez o atendimento foi isolado, depois desembarcou e também testou positivo, assim como um trabalhador do lastro. No total a plataforma teve seis casos confirmados e três suspeitos, ainda sem confirmação do resultado dos testes desses últimos.
Como a partir de três pessoas no ambiente ser considerado surto, o Sindipetro-NF orientou aos trabalhadores a bordo que solicitassem uma reunião extraordinária de Cipa, com participação do sindicato, para que fosse feita uma ata relatando a situação da unidade.
Em contato com a gestão, o sindicato cobrou a testagem imediata dos trabalhadores e a higienização da plataforma, mas até o fechamento do boletim não tivemos informação que esses pedidos do sindicato tivessem sido cumpridos. Na reunião de Estrutura Organizacional de Resposta da Petrobrás (EOR) que aconteceu na quarta, 27, a diretoria do NF cobrou novamente uma ação imediata em P-63. Enquanto a gestão não toma as devidas providências mais pessoas se arriscam a se contaminar a bordo. Uma triste realidade que atinge a categoria petroleira.

Situação no NF

Desde o início de abril de 2020 o Departamento de Saúde do Sindipetro-NF acompanhou e registrou os casos de trabalhadores acometidos ou suspeitos de terem contraído o COVID19, em decorrência do ambiente de trabalho. Até o dia de hoje, foram registrados no departamento 181 casos de trabalhadores suspeitos de infecção pelo coronavírus e 150 obtiveram resultado positivo para a doença.

Quadro nacional

Na segunda 25, a FUP denunciou em seu site que a gestão da Petrobrás continua omitindo informações sobre óbitos por Covid na empresa e não contabiliza os trabalhadores terceirizados que se contaminam nas unidades operacionais. Ao mesmo tempo que a categoria petroleira chora a morte de companheiros de trabalho que estão perdendo a batalha para o coronavírus.
Um levantamento semanal do Ministério da Saúde apontou aumento de 125% no número de petroleiros mortos em consequência da doença. Segundo o boletim do dia 18 de janeiro, foram cinco óbitos na semana anterior, em um total de nove desde o início da pandemia.
Segundo a FUP, esses números não representam a realidade cada vez mais cruel que os trabalhadores do Sistema Petrobrás enfrentam, em função da negligência de gestores que repetem na empresa a mesma postura negacionista do governo Bolsonaro. Informações obtidas pela FUP revelam que já chega a 60 o contingente de petroleiros que perderam a vida para a Covid-19. Destes, 48 eram terceirizados e 12 eram empregados diretos da estatal. Um quadro lamentável para a categoria.

 

AMS

Após pressão, Petrobrás reconhece erro no Benefício Farmácia

Imprensa do NF e da FUP

Na manhã do dia 27 de janeiro, a direção da FUP, através da Comissão da AMS, esteve reunida pela segunda vez com a gerência de Recursos Humanos da Petrobrás para saber as respostas aos questionamentos realizados na reunião da última sexta, 22, sobre os altos valores de descontos da AMS nos contracheques dos aposentados e pensionistas referente ao mês de janeiro de 2021.
Aconteceram três tipos de descontos efetuados: no Grande Risco (codigo 8661), na coparticipação do benefício farmácia (codigo 9630) e a amortização do saldo devedor.
Após cobrança da Federação Única dos Petroleiros, a gestão da empresa decidiu suspender a cobrança dos valores extraordinários do suposto saldo devedor do Benefício Farmácia a partir de fevereiro. Além disso, será feito o estorno, no contracheque do dia 10 de fevereiro, de 60% do valor cobrado dos 5271 beneficiários que tiveram a cobrança indevida no contracheque de janeiro. Os representantes da FUP na Comissão de AMS havia solicitado a devolução de 100%, porém a Petrobrás irá discutir junto da comissão nas próximas reuniões sobre o tema.
Outra conquista para os beneficiários é o reconhecimento, por parte da Petrobrás, da responsabilidade do saldo devedor ser da empresa juntamente da Petros e não dos trabalhadores.
Ficou claro para a comissão que o extrato do Benefício Farmácia é complexo e de difícil entendimento. Sendo assim, a FUP solicitou que a empresa envie para todos os descontados um extrato completo esclarecendo o suposto saldo devedor e realize a devida revisão desses valor, tendo em vista denúncias recebidas pela Federação de petroleiros que nunca utilizaram o benefício e foram descontados.
Os petroleiros do Norte Fluminense que tiveram descontos realizados em seus contracheques devem comunicar ao Sindipetro-NF para que possa ser apurado de forma ampla pela Federação junto a Comissão de AMS.

 

APS

NF vai à justiça contra Associação

O Sindicato ajuizou nesta quinta-feira, 28/01, ação judicial pleiteando a dissolução da Associação Petrobrás Saude (APS), criada pela Petrobrás, com a finalidade de terceirizar e destruir a AMS.
Além da má intenção, o estatuto da APS traz ilegalidades graves, ferindo o Código Civil.
No dia 11 de janeiro a Justiça do Trabalho deferiu liminar em ação movida pelo Sindipetro-NF para manter os direitos dos petroleiros e das petroleiras na AMS (Assistência Multidisciplinar à Saúde). A decisão abrange os filiados e filiadas do sindicato e seus dependentes.

 

Economia

NF se reúne com presidente da ALERJ

A pandemia de Covid-19 na Petrobrás e a troca da Petrobrás pelo Setor Privado na exploração de Petróleo na Bacia de Campos foram temas da reunião entre a diretoria do Sindipetro-NF e o presidente da Alerj, André Ceciliano. A reunião aconteceu ontem, 28 de janeiro na sede da Assembleia Legislativa,
Além dos temas citados estiveram em pauta os empregos na região , a redução dos investimentos e os impactos para o Rio de Janeiro e em especial no Norte Fluminense, a indústria naval e os empregos e os descontos nos contracheques dos aposentados e pensionistas AMS e Petros.
Participaram da reunião o Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra,Carlos Takashi (Dieese), Rodrigo Leão (Ineep), Dr. Ricardo Garcia (Médico do Trabalho) e Sérgio Borges (diretor da CUT e FUP).

 

Movimentos Sociais

Fup apoia greve dos caminhoneiros

Imprensa da FUP

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos deliberaram pelo apoio à paralisação dos caminhoneiros, prevista para ter início na segunda-feira, dia 1º de fevereiro. A mobilização está sendo convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), pela Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), pelo Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), entre outras entidades.
Em apoio ao movimento, a categoria petroleira está organizando protestos em diversos estados do país, com doações de botijões de gás, distribuição de cestas básicas e vouchers de subsídios para compra de gasolina e diesel, campanhas de conscientização sobre os impactos sociais do desmonte do Sistema Petrobrás, entre outras ações de solidariedade voltadas para as comunidades que mais sofrem com o preço absurdo dos combustíveis e as altas taxas de desemprego.
A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás. Só a gasolina já acumula em janeiro deste ano alta de 13,4%, após mais um reajuste nesta quarta-feira, 27. O diesel também subiu de preço, impactando diversos setores da economia, e o botijão de gás, item essencial na cesta básica da população, já custa mais de R$ 100,00 em várias regiões do Brasil.
Uma das reivindicações dos caminhoneiros é a mudança na política de preços da Petrobrás, que a FUP e seus sindicatos denunciam desde 2016, quando a gestão que assumiu a empresa após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, impôs o Preço de Paridade de Importação, que varia conforme o vai e vem do valor do barril de petróleo no mercado internacional e as oscilações do dólar e dos custos de importação, o que faz com que os reajustes sejam frequentes e abusivos.
O diesel representa até 60% no valor da viagem e tem impacto inclusive no preço do produto final, como insumos e alimentos. Somente em 2020, o preço do diesel foi reajustado 20 vezes.
Nas mobilizações de segunda-feira, 01/02, além dos preços justos para os combustíveis, a FUP e seus sindicatos também estarão cobrando do governo o enfrentamento à crise sanitária (ampliação dos recursos para o SUS e defesa das medidas de distanciamento social) e à crise econômica (retomada do Auxílio Emergencial), a defesa do Programa de Proteção ao Emprego, entre outras bandeiras que integram a pauta de reivindicações das centrais sindicais e dos movimentos sociais, como a luta contra o teto dos gatos, contra a reforma administrativa e pelo “Fora Bolsonaro”.

Normando

Matar você

Genocídio, no sentido amplo, é o extermínio de populações inteiras. E é exatamente o que Bolsonaro faz. Preste atenção na “intencionalidade”.
Bolsonaro não apenas “deixa acontecer”, não só acentua os efeitos mortais da pandemia por incapacidade, por falta de estrutura, por “desgoverno”, como muitos gostam de dizer.
O governo Bolsonaro MATA. Intencionalmente.

ELE MATA

O genocídio mata você, seu amor, seus filhos, seus pais, seus amigos, seus vizinhos… porém, o alvo preferencial são os pobres.“ “Bolsonaro programou o genocídio há anos. Mas quando anunciou que mataria, prenderia, ou expulsaria do país, “os vermelhos”, em 2018, muitos dos economicamente pobres, e outro tanto de miseráveis de espírito, acharam engraçado.
Pensaram “não sou vermelho, não é comigo”, como antes, no “voto em Hitler porque não sou judeu, não é comigo”. A morte de mais de 7 milhões de alemães “não judeus”, na 2ª Guerra Mundial, demonstrou o erro do eleitor alemão. Aqui, a pandemia de Covid-19 expôs o erro do eleitor “não vermelho” de Bolsonaro.

LEGITIMOU A CHACINA

Ao votar em alguém que prega a morte de diferentes, você a legitima. Com a legitimação, os eleitores conferiram a Hitler e a Bolsonaro o poder de escolher os diferentes a serem mortos.
E os diferentes para o fascismo e o neoliberalismo, adivinhem, são os pobres!“ “Bolsonaro desde março de 2020 desenvolveu todo um planejamento acelerado, para matar pobres.

LOGÍSTICA

Bolsonaro construiu o genocídio pregando contra o isolamento social, contra a máscara, contra a vacinação. Contudo, além do discurso há uma logística da morte.“ “O mecanismo de extermínio promoveu aglomerações, sabotou a vacinação em massa, amontoou jovens nas provas do Enem, e interrompeu em 14 de janeiro o fluxo de aviões da FAB que levavam oxigênio para Manaus.
Ainda não entendeu qual é o alvo do genocídio? Bolsonaro ajuda! Acaba de autorizar os ricos a importar SUAS vacinas. Só para os ricos!

REAÇÃO

Em meio ao genocídio alguns pensam em buscar prioridade na fila da vacina. Por qual razão alguém deve ter prioridade sobre o caixa do supermercado, o lixeiro, ou o porteiro do prédio?
O Brasil tem base industrial e tecnológica para fabricar quantas vacinas quiser. Escolher a categoria que pode morrer, e a categoria que não pode morrer, é também legitimar o genocídio.
O dever da classe trabalhadora, ante um novo “Auschwitz”, não é discutir quem vai por último para a câmara de gás, e sim destruir o campo de extermínio.

 

Curtas

KN Açu
Os trabalhadores da KN Açu realizaram uma assembleia no dia 26 de janeiro, às 16h para avaliar a proposta de Acordo Coletivo apresentada pela empresa e que o Sindipetro-NF passasse a representar a categoria.
Nesta assembleia a proposta de ACT foi rejeitada e o sindicato irá reabrir negociações com a empresa.
Já a representação sindical foi aprovada e os trabalhadores da KN Açu passam a ser representados pelo Sindicato.

Kombi
O Sindipetro-NF apoia a campanha iniciada por trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras com o objetivo arrecadar recursos para melhorar a Kombi do companheiro Juliano. Ele vende alimentos e bebidas há mais de 20 anos, no heliporto do Farol.
As doações podem ser realizadas na Conta CEF – ag. 0068 variação 013, cp 35080-2, em nome de Eliseu Silva Cunha, CPF 77633393572 ou Pix que é o mesmo número de CPF.

Setor Privado
O Sindipetro-NF convida os trabalhadores da Oiltanking e da Tetra para participar de reuniões setoriais na próxima semana para definição da pauta de reivindicações da categoria para o próximo ACT. Por conta da pandemia, todas as reuniões acontecerão por vídeoconferência. Veja calendário abaixo:
1/02 – Segunda – 9h – Setorial com a Oiltanking
02/02 – Terça – 17h – Setorial com a Tetra.

Redução de efetivo
A Petrobras terminou 2020 com 52 mil funcionários. A conta inclui as empresas subsidiárias e empregados alocados no exterior. Representa uma queda de 10,4% em relação ao ano anterior e de 39,7% na comparação com 2013, quando a estatal tinha 86 mil funcionários, maior número desde 2008. O efetivo atual é menor do que há 10 anos.

 

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