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Editorial

Alta dos combustíveis e a pobreza

Estamos no limite! O povo brasileiro foi pego de surpresa na semana passada com o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis. A situação que já estava difícil chegou ao insuportável para milhares de famílias de brasileiros que não conseguem comprar um botijão de gás para poder cozinhar. Pessoas tem optado por carvão, lenha e até alcool para poder colocar a comida no prato dos seus filhos.
O aumento do preço dos combustíveis também destrói o poder de compra do trabalhador e da trabalhadora, porque eleva os custos de ítens essenciais como alimentos e transportes. Causando um impacto direto na inflação brasileira que obteve sua maior alta do mês desde o Plano Real. Com essa forte elevação, o IPCA também quebrou a barreira simbólica dos dois dígitos no acumulado de 12 meses, chegando a 10,25%.
Tudo isso por culpa do próprio governo Bolsonaro e da sua gestão na Petrobrás que adotou a política de preço de paridade de importação (PPI) e que se não mudar imediatamente vai colocar o país e o povo brasileiro em situação de penúria. Mas o presidente mente e coloca a culpa da alta dos preços dos combustíveis no ICMS, imposto que durante todo seu governo nunca teve aumento.
Os movimentos sindicais têm realizado ações do gás e de venda de combustíveis a preço subsidiado para denunciar que essa política associada ao preço do dólar iria deixar o povo em péssima situação. Ocupamos as redes sociais com a #Bolsocaro. Mas é preciso mais! É preciso que o povo se mobilize também para denunciar e pressionar o governo a mudar essa política urgente.

Espaço Aberto

Lei de Cotas tem que ser renovada para sonharmos com um Brasil menos desigual*

Rosana de Sousa Fernandes**

Criada em 2012, a Lei de Cotas das instituições de ensino federal (Lei 12.711/2012) perderá a validade em 2022, caso não seja renovada pelo Congresso. As cotas têm como objetivo reparar injustiças históricas causadas pela escravidão imposta as pessoas negras.
Antes das cotas, não havia praticamente diversidade nas universidades públicas. Desde as primeiras políticas de cotas, implementadas em 2001, o número de estudantes negros ampliou gradativamente nas universidades públicas.
O sistema de cotas para afrodescendentes tem como meta dar oportunidade aos desiguais o acesso aos direitos fundamentais, que segundo a Constituição Federal/1988, é direito de todos.
O fim da escravidão no Brasil não foi acompanhado de um projeto de Estado que desse amparo aos recém-libertos, fornecendo-lhes meios mínimos de sobrevivência por meio do trabalho livre. A maior parte dos negros libertos continuou a servir seus senhores em troca de moradia e comida. Outros tantos foram lançados à própria sorte, sem instrução educativa e sem emprego.
Mais de cem anos após a abolição da escravatura, o Brasil – assim como outros países onde houve escravidão ou segregação racial – passou a adotar o sistema de cotas raciais para a entrada de negros e indígenas em universidades como forma de se fazer justiça histórica.
É importante frisar que o Estado, por meio desse tipo de política, não pode se eximir da responsabilidade de implementar medidas mais eficazes de promoção da igualdade, ou seja, medidas econômicas e políticas de reforma estrutural (na educação, saúde, moradia, etc.) que deem àqueles historicamente desfavorecidos condições para ascensão econômica e social.
Talvez as cotas não garantam o alcance da equidade, mas é uma maneira de o Estado propiciar aos excluídos o acesso a direitos fundamentais.
Não são dez anos de vigência da lei de cotas que irão corrigir 348 anos de tráfico e tortura de pessoas negras no Brasil. Por isso, a Lei deve ser renovada em 2022 para um período maior do que os dez anos iniciais, só assim poderemos começar a sonhar com um Brasil menos desigual.

Trecho do artigo publicado em: https://www.cut.org.br/artigos/lei-de-cotas-tem-que-ser-renovada-para-sonharmos-com-um-brasil-menos-desigual-86cc
** Formada em Serviço Social , Sindicalismo , Educação e Trabalho , e dirigente adjunta da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da Central .

Salário Mínimo
Com o aumento no custo médio da cesta básica, para viver com dignidade se alimentar corretamente e pagar as demais contas, uma família de dois adultos e duas crianças deveria ter um salário equivalente a mais de R$ 5.657,66, revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica (PNCBA), divulgada dia 6 pelo Dieese.
Este valor, que o Dieese considera o salário mínimo ideal para o Brasil, é 5,14 vezes menor que o salário mínimo atual, de R$ 1.100, , que vem sendo arrochado pelo presidente Bolsonaro.

NR-5
Foi publicada a Portaria MPT nº 422, de 7 de outubro, que aprovou a nova redação da NR 5 (CIPA). De acordo com informações do Ministério do Trabalho e Previdência, uma das principais novidades desta norma é a potencial diminuição de conflitos trabalhistas incluindo uma definição sobre o término do contrato de trabalho por prazo determinado, já consolidada
na jurisprudência.

Chile
No domingo, 10 de outubro os povos originários Mapuches do Chile realizaram uma mobilização pela pela sua autodeterminação. A manifestação foi duramente atacada pelos Carabineiros (polícia chilena) e deixou dez feridos, 18 detidos e uma mulher morta. A vítima fatal era Denisse Cortés Saavedra, advogada da Defensoria Popular, observadora de direitos humanos e estudante da Universidade Academia

Pobreza Menstrual
Dias após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetar um projeto de distribuição de absorventes como política de combate à pobreza menstrual, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou na quarta-feira (13) que vai distribuir oito milhões de absorventes para 100 mil estudantes das escolas municipais da capital. O programa “Livres para Estudar” tem por objetivo combater à pobreza menstrual e evitar a evasão escolar das jovens cariocas.

Capa

Categoria responde a Bolsonaro com mobilização

No mesmo dia que o presidente Bolsonaro afirma sua vontade em privatizar a Petrobras e na semana que Paulo Guedes ser a favor da venda de ações da estatal, categoria realiza um ato nacional em defesa da empresa que é do povo brasileiro

O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, participou ontem, 14, de um Ato Nacional em frente à Refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar-PR) e Fafen no Paraná, que fazem parte da agenda nacional de luta contra as privatizações, que vem mobilizando a categoria ao longo dos últimos meses. Objetivo é chamar atenção para a importância da Petrobrás para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e denunciar os impactos do desmonte e das terceirizações de atividades-fim.

Tezeu denunciou que quem sofre diretamente com essa privatização da Petrobrás é o povo brasileiro, que está sem emprego e vê sistematicamente o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis impactando a sua vida e se tornando inatingível para os mais pobres. “Os trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobrás não aguentam mais trabalhar e ganhar cada vez menos para beneficiar meia dúzia de amigos do Paulo Guedes, enquanto isso, o povo morre de fome. Queremos uma Petrobrás para o povo e pela povo, por isso é importante tirar o Bolsonaro!” – disse o coordenador do NF no ato.

As mobilizações foram convocadas pela FUP e pelo Sindipetro PR e SC, com participação de representantes de movimentos sociais, de outras categorias e da CUT Paraná.

Nesta sexta, 15, a manifestação foi na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, também no inicio do expediente.

No dia 29 de outubro, está previsto também um ato no COMPERJ, em Itaboraí no Rio de Janeiro.

 

Desabastecimento

Petroleiros alertaram para risco de fechamento da Fábrica de Fertilizantes

Em fevereiro de 2020, numa canetada injusta, veloz e sintomática da falta de visão estratégica, o governo Bolsonaro fechou a Fafen Fertilizantes, localizada em Araucária (PR), colocou mais de mil trabalhadores na rua, e, com isso, tornou um ramo de produção nacional em dependente da importação. O problema é que o mundo passa por uma crise energética e o insumo não está disponível em abundância. Com isso, em live recente, de forma confusa, Bolsonaro sinalizou que faltará abastecimento de um insumo vital para um país de produção agrária.
Gerson Castellano, petroquímico, integrante da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e um dos operários demitidos no ano passado, critica a tomada de decisão da empresa, que revelou despreparo e falta de visão sobre o papel do poder público. No fundo, como alerta, o aumento de preços vai impactar a população mais pobre.
Em entrevista ao jornal Brasil de Fato Paraná, Castellano conta que o risco de desabastecimento foi alertado ao Governo Bolsonaro quando optpu em fechar a principal planta produtora de fertilizantes nitrogenados do Brasil. Fazendo o país se tornar dependente do insumo que passou a ser importado do hemisfério norte de países que priorizam o consumo interno do gás para aquecimento e para fazer fertilizantes para eles.
Sobre as consequências possíveis do desabastecimento, Castellano diz ser difícil mensurar, até porque a agronegócio vai repassar esses preços para a sociedade. Muitas culturas que dependem de ureia, como o milho, feijão, batata e trigo podem ter os preços aumentados e muito, para o consumidor.
A FUP e os sindicalistas da antiga Fafen pensam em retomar o tema e a campanha contra o fechamento da Fafen. Para que a fabrica volte a funcionar e que concluam a construção da Fafen Mato Grosso do Sul. Retomando a produção, e recontratando quem foi demitido de forma injusta.
Segundo ele, a FUP e o Sindiquímica seguem na luta para que essa unidade continue a funcionar, sendo referência internacional, na produção de ureia a base de resíduo asfáltico, sofrendo menos impacto por conta do preço do gás. “Evidente que tem um preço atrelado ao mercado internacional, o que só vai ocorrer caso a Petrobras queira, então ainda temos resíduo asfáltico, que pode ajudar a produção. Evidentemente precisa voltar a fábrica no Mato Grosso do Sul, mão de obra ainda disponível, porque desempregada em empregos e subempregos” – concluiu.

Por Pedro Carrano, Publicada originalmente no Brasil de Fato, Curitiba (PR), 13 de Outubro de 2021 às 08:21 Edição 1: Lucas Botelhom o consumo interno do gás para aquecimento e para fazer fertilizantes para eles. Editada para o Boletim Nascente.

Combustíveis

FUP cobra investigação de cartel

Em audiência pública sobre política de preços e derivados de petróleo, na quarta-feira, 13, na Câmara dos Deputados, o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Mário Alberto Dal Zot, cobrou investigação sobre atuação dos gestores da Petrobrás para beneficiar empresas importadoras de combustíveis
Na audiência, a FUP defendeu a necessidade de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Polícia Federal investigarem a possível existência de um cartel entre a Petrobrás e importadores de combustíveis, dado que a gestão da petroleira, ao reduzir a capacidade de refino do país e adotar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), abriu amplo espaço para o mercado de importação de petróleo e derivados.
Ao adotar a política de preços de paridade com o dólar, o Governo Bolsonaro vem impactando a vida do povo brasileiro que não tem mais condição de comprar um botijão de gás para cozinhar.
A audiência pública extraordinária foi chamada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, da Câmara dos Deputados, sobre “política de preços de derivados de petróleo”, por iniciativa do deputado Helder Salomão (PT/ES).
“A FUP foi a primeira a denunciar o PPI, quando em 2016 a Petrobrás adotou tal política de forma abrupta. Paralelo a isso, houve uma redução do fator de utilização (FUT) das refinarias no Brasil, que caiu de 94% para 70%, favorecendo a importação de derivados por terceiros. Com isso, a Petrobrás, que era responsável pela quase totalidade das importações, saiu do mercado, e o total de importadores cresceu. Em janeiro de 2010 tinham 218 importadores de derivados e 154 de lubrificantes. Em julho de 2019 (último boletim divulgado pela ANP) eram 356 importadores de derivados (aumento de 63%) e 188 de lubrificantes (aumento de 22%)”, afirmou o diretor.


Normando

Encadeado

Na 25ª rodada do Brasileirão o mandante Santos bateu o Grêmio por 1 a 0, mas o verdadeiro espetáculo foi dado pelo mandatário, que deu de cara nos portões encadeados.
Vacinado sob sigilo, para não dar exemplo ao gado bípede, Bolsonaro presumiu que bravatearia o passaporte sanitário, se deu mal, e em reação infantiloide declarou ter mais anticorpos do que qualquer vacinado. É verdade!
Não há ser humano com mais anticorpos do que o Mito. Suas defesas computam 600 mil corpos mortos por Covid-19, dois terços desses em 2021, o que faz dele o mais eficaz exterminador de pessoas do ano, em toda a terra redonda.

CADEIA DE CORPOS
O passaporte sanitário é instrumento de saúde pública derivado da vacinação obrigatória, cujo fim é quebrar a cadeia de transmissão do vírus. E violar medida sanitária preventiva é crime (artigo 268 do Código Penal).
Contra a lei, Bolsonaro manipula Queiroga, que compara a vacina ao uso de camisinha.
Queiroga sabe é voar pela FAB. O pressuposto do brigadeiro Baptista – devaneio nem bonito, nem solteiro – é considerar a imunização uma “escolha pessoal”.

CADEIA DE TRANSMISSÃO
O brigadeiro casou com a cadeia de transmissão de imbecilidades que em maio deste ano criou a nova mutação da estúpida piada homofóbica I identify as …, ou I feel as …, nos EUA.
Os negacionistas daqui levaram 4 meses para reproduzir essa idiotice e se declarar “transvacinados”. Mentes adubadas.
E por tratar de fertilizantes, Bolsonaro somou dólar, preço da energia na China, e interrupção de exportações, e anteviu uma reação em cadeia que pode comprometer o abastecimento de alimentos.

CADEIA FÉRTIL
O Mito então demandou do almirante Flávio Rocha uma solução, e ouviu: “Desde março estamos trabalhando, e mês que vem vamos entregar o Plano Emergencial de Fertilizantes”.
Notem: (i) quem leva de março a outubro nesse tema ignora a emergência e o tempo da agricultura; (ii) o Mito não sabia em que sua secretaria estratégica trabalhava há 6 meses.
Bolsonaro desconhece a cadeia de causas e efeitos de seus atos.

CADEIA DE CAUSAS E EFEITOS
Em fevereiro de 2019 o governo do Mito paralisou as fábricas de fertilizantes da Petrobrás em Sergipe e na Bahia, e depois renunciou ao controle das unidades pelo prazo de 10 anos.
Em janeiro de 2020 foi a vez da hibernação da fábrica de fertilizantes do Paraná, com a despedida em massa de seus empregados, o que violou o acordo coletivo de trabalho assinado no TST apenas 2 meses antes.
O 1° efeito da desin-dustrialização nessa cadeia foi o Brasil gastar mais de R$ 40 bilhões na importação de matéria-prima para fertilizantes em 2020.

CADEIA SEVERA
É verdade que também os barões da soja e do gado (o outro, o quadrúpede bovino) destroem a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado sem pensar nas tempestades de areia em Franca e Ribeirão Preto, e nos tornados em Pirassununga.
Os agrotrogloditas, contudo, agem escorados em 500 anos de impunidade, enquanto Bolsonaro se borra de medo da responsabilização pelo genocídio, ecocídio, fome e miséria.
Por isso portões encadeados, como os que encontrou na Vila Belmiro, tanto irritam o monstro. Ele sabe que um dia estará do lado de dentro.

 

Saideira

Sindipetro-NF apoia 7a Edição da Carrocinha do Samba

Reconhecendo a importância de apoiar e incentivar as atividades culturais na região, o Sindipetro-NF apoia mais uma vez o projeto Carrocinha do Samba, que realizará sua sétima edição no dia 17 de outubro, reforçando a campanha Outubro Rosa. Essa será a última edição da Carrocinha esse ano.
A programação contará com a participação das cantoras Amanda Amado, Juliara Ghiner, Natalia Amado, Nanny Sanfer, Pretinha do tantan, Angelica de Paula, Ellen Chaffir, Vitória Maria e Jo Wilme. Além das sambistas, 15 músicos farão o acompanhamento das rainhas da carrocinha do samba.
A carrocinha começa ao meio-dia e passará pelos bairros: Lagoa, Pecado, Orla cavaleiros, Pista da praia campista, Viaduto, Centro, Boa Vista, Aroeira e Cajueiros. Durante o percurso, a população poderá ajudar fazendo doação de alimentos. Além disso, o projeto também tem um conta disponível para receber qualquer valor. O banco é Itaú agência 0941 conta corrente 84794-9. CPF 075772837-54.
A carrocinha do Samba circula pelas vias da cidade levando música boa aos moradores, além de incentivar a arrecadação de recursos para os músicos, que vivem um momento difícil, diante das restrições geradas pela pandemia do Covid-19.
Segundo os organizadores, durante as outras edições da carrocinha, conseguiram mais de 2 toneladas de alimentos que foram destinados à mais de 200 músicos e suas famílias.

DIA DAS CRIANÇAS – O Sindipetro-NF fez uma doação a Igreja Nossa Senhora das Graças de Barra de São João, em Casimiro de Abreu, para contribuir com a festa do Dia das Crianças, realizada na comunidade. O Padre Edu fez um agradecimento à nossa instituição, mas, é o NF que agradece por poder contribuir para que ações filantrópicas sejam realizadas na nossa região.