Nascente 1211

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Editorial

Bolsa Família completaria 18 anos

 

Com 53% de reprovação segundo pesquisa do Datafolha e com seu futuro político ameaçado, Jair Bolsonaro tenta lançar um programa social chamado Auxílio Brasil, na tentativa tirar da pauta da imprensa os últimos escândalos que envolvem seu governo, como a revelação de que o ministro da Economia é sócio de offshores no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. E até nisso falha!

Marcado para ter seu lançamento essa semana, o anúncio do programa foi suspenso 30 minutos antes, por pressão do mercado financeiro. Uma prova de que a prova de que Bolsonaro não tem proposta concreta para socorrer brasileiros e brasileiras famintos.

Trata-se na verdade de um programa totalmente eleitoreiro, que previa o pagamento de um benefício de R$400,00 até 2022 e que nada mais é do que uma maquiagem no Bolsa Família.

Não é coincidência que o novo programa seria lançado um dia antes da data em que o Bolsa Família completaria 18 anos. Foi no dia 20 de outubro de 2003, que o presidente Lula assinou a Medida Provisória nº 132, que criou o Bolsa Família. O maior programa de combate à pobreza que já existiu no mundo, que recebeu importantes prêmios internacionais e foi copiado por dezenas de países, incluindo alguns ricos, como a Itália. Um programa que acabou com a fome no país e reduziu em 16% a mortalidade de crianças de 1 a 4 anos, entre 2006 a 2015.

O povo brasileiro não quer programas paliativos, mas projetos consistentes para acabar com a fome e a pobreza em nosso país. Chega de sermos usados como massa de manobra, queremos mudanças e projetos efetivos que melhorem a vida do povo brasileiro.

 

Espaço aberto

“Brasil, um gigante com pés de barro”: a negação da educação e da tecnologia

 

Gaudêncio Frigotto*

Florestan Fernandes desvela os traços constitutivos do projeto econômico e político da classe dominante brasileira onde a negação sistemática de grandes parcelas da população à educação básica e superior de qualidade e o baixíssimo investimento em ciência e tecnologia nos definem como um país gigante com pés de barro. Nos países onde houve a revolução burguesa clássica, as classes dominantes entenderam que para construir nações autônomas era imprescindível desenvolver sistemas educacionais sólidos, com a universalização da educação básica, amplo acesso ao ensino superior e grande investimento em ciência básica e desenvolvimento de tecnologia. Com isto formaram, também, classes trabalhadoras preparadas para o trabalho complexo e com uma formação que lhes dava condições para se organizarem e de não serem super exploradas. Como consequência, construíram sociedades menos desiguais e injustas e mais estáveis.

O mundo nos vê hoje como a sociedade onde se pratica o capitalismo mais selvagem no plano político, econômico, cientifico e educacional. Nenhum país do mundo está privatizando as riquezas nacionais, o assalto ao fundo público e o desmantelamento da educação pública e da ciência e tecnologia como o Brasil. Política praticada por um governo que explicitamente governa para os ricos e produz uma realidade social impiedosamente cruel e desumana. Ao mesmo tempo pequenos grupos ou indivíduos aumentam suas propriedades e riqueza, e alguns passando, em plena pandemia, a figurar entre os bilionários do planeta.

Enquanto isso, o governo Bolsonaro pede para cortar 87% do orçamento para a ciência e tecnologia. Decreta-se, assim, não apenas a perda de pesquisas em andamento, mas a estagnação do desenvolvimento cientifica e tecnológico. E qual é a área que recebeu maiores cortes no orçamentos? Não por mera coincidência foi a área de educação.

A síntese de Florestan, feita há décadas, ganha hoje um realismo sem precedentes. A classe dominante brasileira, pequena, autoritária, racista, moralista, anti povo, anti classe trabalhadora, humanamente rasa e insensível sustenta, no presente, um (des) governo que nos transforma cada vez mais um país gigante com pés de barro.

 

Trecho do artigo publicado em: https://www.brasildefato.com.br/2021/10/19/analise-brasil-um-gigante-com-pes-de-barro-a-negacao-da-educacao-e-da-tecnologia
*filósofo e pedagogo, mestre e doutor em Educação

 

A Semana

Aposentados
Nesta semana, não aconteceu a setorial dos aposentados e pensionistas. De acordo com o departamento, os diretores e palestrantes da reunião estavam com algumas outras atividades marcadas.
Na próxima semana, a reunião retornará ao normal.
O departamento dos aposentados e pensionistas ressalta que preza pelo trabalho de manter todos os filiados bem informados sobre os assuntos, que envolvem a categoria e qualquer dúvida, basta entrar em contato com o setor.

Falcão Bauer
Os trabalhadores e trabalhadoras da Falcão Bauer terão até o dia 10 de novembro para enviar sugestões, que possam contribuir com a construção do ACT 21/23.
Para que esse documento reflita os anseios da categoria é importante a participação de todos.
Por isso o sindicato solicita que enviem sugestões de cláusulas através do e-mail abaixo:
[email protected]

Covid
O boletim Petroleir@s e COVID-19, elaborado pelo Dieese cm base nas informações do MME, mostra que a Petrobras apresentou 20 trabalhadores confirmados com COVID-19 e em quarentena. Nesta semana, a Petrobras chegou ao acumulado a 8.346 trabalhadores contaminados, número 0,5% maior do que o observado na semana anterior. O número de trabalhadores falecidos no acumulado permaneceu em 58 casos.

#NãoàPEC32
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da chamada reforma Administrativa, pode acabar com o serviço público no País, por isso no dia 19, o aeroporto de Brasília ficou lotado de servidores municipais, estaduais e federais.
A PEC 32 modifica a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União. Você também pode ajudar a pressionar através do site Na pressão em https://bit.ly/3vBrSin

 

Capa

Vidas em risco à caminho das plataformas

Trabalhadores e trabalhadores estão apreensivos em ter que embarcar em voos totalmente inseguros, durante as chuvas torrenciais que atingem a Bacia de Campos

Com condições climáticas totalmente adversas por conta da chuva, petroleiros e petroleiras estão correndo risco de vida ao embarcar em voos com destino as plataforma, mesmo sem condições de pouso nas unidades. Esse cenário, coloca em risco a vida dos trabalhadores, o que poderia ser evitado.
O fato foi constatado na manhã chuvosa de quarta-feira (20) pelo o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, e o diretor Alexandre Vieira, que estiveram no aeroporto do Farol para conversar com a categoria. Enquanto esperam o embarque, os trabalhadores ainda ficam sentados nas tendas, expostos ao frio e à chuva.
Em entrevista ao site do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra contou o que estava acontecendo. “Os companheiros estão sendo obrigados a embarcar em voos, neste dia chuvoso, o trabalhador se sente parte de um teatro. Que parece servir para garantir que as empresas do setor aéreo ganhem  dinheiro. Os trabalhadores decolam do aeroporto e retornam porque, não é possível fazer o desembarque na plataforma. Isso representa um risco desnecessário a vida do trabalhador. Infelizmente, sabemos que se houver um acidente, em dias chuvosos, o resgate fica muito mais difícil”, lembrou o coordenador.
Ainda durante a presença do Sindipetro-NF no aeroporto, chegou também uma denúncia sobre o embarque de trabalhadores em plataforma com possível surto de Covid-19, sem a testagem total dos trabalhadores.
“Nós, trabalhadores do setor offshore, devemos reforçar a atenção. Agosto e setembro foram os meses que registramos o maior índice de mortalidade, entre trabalhadores. E recebemos denúncias de que colocaram trabalhadores para subir em uma plataforma em surto, antes de testar todos os trabalhadores já embarcados. Então, pedimos que denunciem casos de Covid-19 nas plataformas para que o sindicato possa atuar pela saúde de vocês”, frisou o diretor Alexandre Vieira.
O NF ressalta que está tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança da saúde dos trabalhadores. Para isso, os diretores estão presentes nos aeroportos e bases com frequencia para receber informações da categoria, que também pode fazer sua denúncia através do e-mail [email protected], com garantia de preservação da identidade do denunciante. É com base nestas informações que o sindicato sistematiza denúncias aos órgãos fiscalizadores e faz cobranças à própria Petrobrás.

 

Eventos

Chuva forte não impediu a Corrocinha do Samba

A chuva não permitiu que a Carrocinha do Samba desfilasse pelas ruas de Macaé, neste domingo, 17, mas isso não impediu que uma linda festa fosse realizada no Sentrinho, fazendo referência a campanha Outubro Rosa.

As cantoras Amanda Amado, Juliara Ghiner, Natalia Amado, Nanny Sanfer, Pretinha do tantan, Angelica de Paula, Ellen Chaffir , Vitória Maria e Jo Wilme fizeram um verdadeiro show acompanhadas de 15 músicos. Todos mostrando a importância do samba na nossa cultura.

Os diretores do Sindipetro-NF, Tadeu Porto, Bárbara Bezerra, Eider Siqueira e Jancileide Morgado participaram do evento, onde ofereceram uma camisa e uma bolsa com itens femininos para as cantoras participantes. O evento também contou com a presença do prefeito, Welberth Rezende, da vereadora Isa e do comediante Marcelo Marrom.

“Esse evento é muito importante para valorizar a cultura do nosso país e os artistas da nossa região, principalmente, durante a pandemia. É uma honra para o Sindipetro-NF apoiar essa e outras atividades em prol da nossa cultura”, declarou o diretor Tadeu Porto.

De acordo com a organização, provavelmente, esse foi o último evento realizado. A carrocinha do Samba foi criada para arrecadar alimentos e verba para os artistas, que estavam impossibilitados de trabalhar, devido as medidas de restrição. Nos últimos meses, mais de duas toneladas de alimentos foram arrecadas, além do cachê solidário. A expectativa é que com a flexibilização das medidas de restrição os artistas possam retornar aos seus trabalhos.

 

Privatização

FUP chama novo ato na sexta, 22

A Federação Única dos Petroleiros convoca a categoria petroleira do Rio de Janeiro a participar de mais um ato contra a privatização e o avanço da terceirização no Sistema Petrobrás. Dessa vez o ato acontecerá no COMPERJ em Itaboraí e marca a passagem pelo Estado do Rio da Caravana Contra a Terceirização, uma iniciativa de sindicatos da FUP.
Na semana passada forma realizados dos atos no Paraná na quinta (14) e sexta (15), quando dirigentes da FUP enfatizaram impactos do desmonte do Sistema Petrobrás, como a disparada do preço dos combustíveis e a dependência da importação de fertilizantes. O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra participou das atividades.

 

Combustíveis

INEEP diz que não haverá desabastecimento

A população foi surpreendida com o anúncio da Petrobrás que haverá risco de desabastecimento de combustíveis no mês de novembro. De acordo com o economista e coordenador do INEEP, Rodrigo Leão, houve um crescimento do consumo, mas nada de anormal nos dados apurados até o momento.
“Não há nenhum indício de pressão muito elevado sobre o consumo, assim como não há nenhum tipo de restricao para importações, nem de oferta externa e nem de demanda interna. Também não apuramos problemas de estoque ou logistica. O que está acontecendo é que a Petrobras, por uma opção dela, não o está atendendo toda a demanda. Com isso abrem-se as portas para a importação” – explica Leão.

 

Saidinha

Plenária Nacional da CUT começa hoje e será on line

Começou na quarta-feira (20) e segue até domingo (24), a 16ª Plenária Nacional – João Felício e Kjeld Jakobsen, evento que reúne dirigentes sindicais de todo o Brasil para organizar a estratégia de luta da Central com base na realidade da classe trabalhadora. A participação dos mais de 950 delegados sindicais será de forma virtual por causa da pandemia do novo coronavírus. Representando o Sindeipetro-NF estarão a diretora Bárbara Bezerra e o diretor Sérgio Borges.
A Plenária, reforça os desafios já colocados e deliberados no 13° Congresso da CUT, realizado em 2019. Porém, com o advento da pandemia, os eixos de luta agora incluem, a vida. Para isso, a batalha principal é levar a classe trabalhadora a um novo patamar de organização e luta e, fundamentalmente, de resistência à política de destruição de Jair Bolsonaro.
No 13° Congresso da CUT, realizado em um ano de profundas mudanças no governo federal, em que as políticas econômica e social passaram a ser direcionadas ao mercado, a Central definia como horizonte de luta a defesa de direitos, democracia e soberania; a construção de alternativas para a classe trabalhadora; e os desafios para o processo organizativo da CUT, que passam pela organização de entidades, dos locais de trabalho e o destaque para a representatividade de trabalhadores não formais, com vínculos empregatícios precários. Os eixos, portanto, permanecem atuais e são acrescidos da “Defesa da vida – parar as mortes e superar a pandemia”.

 

Normando

Sequelas

No famoso editorial de 8/10/2018 o “Estado de São Paulo” declarou a grande dificuldade dos ricos perante a escolha entre Bolsonaro e Haddad.

Três anos depois, no último 15 de outubro, o jornal lamentou o país dividido: “De um lado, o Brasil que abraçou a ciência e encara os problemas de frente. De outro, o que prega soluções mágicas para desafios complexos”

O contraste revela irresponsabilidade para com a  próprias decisões. Estadão e coleguinhas pavimentaram a estrada para o fascismo e permanecem impenitentes.

Freio equino

A aposta dos ricos no fascismo pode colocar em Bolsonaro um freio de boca, ou o substituir por uma 2ª liderança ungida pelo próprio, para assim garantir a continuidade do apoio da massa fascista à destruição do estado e dos direitos sociais.

Um terceiro caminho, mais delicado, implicaria em reatar os laços entre o fascismo – mais precisamente o gado fascista – e a incensada terceira via.

O que torna qualquer dessas alternativas possível é o fato de a proposta econômica da terceira via ser a mesma do monstro que hoje nos governa: desemprego, fome e miséria.

Normalizar

Os ricos precisam manter essas três portas abertas (Bolsonaro; um “novo” Bolsonaro; ou terceira via com bolsonarismo). Logo, o monstro deve ser “normalizado” e suas monstruosidades voltam a ser tão palatáveis quanto em 2018.

Por isso os crimes de genocídio e de homicídio foram retirados do relatório final da CPI que investigou a matança, apesar de a implicação de Bolsonaro ter sido antecipadamente comemorada pelo The New York Times.

Normalizarão não só o genocídio como os experimentos com cobaias humanas.

Cobaias

Só na América Latina 31% das pessoas em que foi testada a proxalutamida contra a Covid-19, morreram. Incluídos vários óbitos no Amazonas e nos hospitais da Brigada Militar de Porto Alegre, e Arcanjo São Miguel, em Gramado.

Te dou um conselho

Sobre experimentos com “preás humanas”, o presidente do Conselho Federal de Medicina, confessou:

– Sabia da ineficácia, contudo ficou quieto, em troca de favores de Bolsonaro;

– Odeia o PT por ter levado os pobres à medicina e a medicina aos pobres.

Ajustar a mortandade

Mas o ministério público de São Paulo tomou uma atitude! No exato dia 15 de outubro do editorial do Estadão, o MP paulista propôs à Prevent Senior um “termo de ajuste de conduta”. Tipo pegar o Dr. Mengele, em 1945, dar uma lição de moral e soltar com um “não faça mais isso!”

Enfim, se este Dia do Professor demonstrou algo, foi que os ricos são péssimos estudantes, reprovados numa lição essencial:

Por mais que o sonho do monstro fascista seja sentar à mesa da elite e gargalhar como Temer, no fim ele sempre devora louça, prataria e convidados.

 

CURSO DO NPC

De 17, 18, 19 e 20 de novembro de 2021 acontece o 27º Curso Anual do NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação) com o tema Comunicação, Trabalho e Capital no sec. XXI, que contará com a participação do diretor do NF, Tadeu Porto. Mais informações: https://bit.ly/3navfZO

 

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