Nascente 865
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Editorial
Memorex tucano
Um dos benefícios de uma campanha eleitoral é trazer à tona aspectos da realidade que costumam ser esquecidos no dia a dia das muitas atribulações pessoais e profissionais. No caso dos petroleiros, é possível que uma nova geração, recentemente incorporada ao setor petróleo, não tenha tido o contato devido com a memória de acontecimentos dos anos 90, vivenciados por antigos trabalhadores.
De modo direto, sem subterfúgios, a FUP publicou nesta semana um texto aonde registra um resumo do cenário da Petrobrás nos anos neoliberais e tucanos, para que a categria entenda o que está em jogo neste momento de vésperas do segundo turno das eleições presidenciais.
“Os petroleiros sofreram uma série de ataques durante os dois governos do PSDB, principalmente em função da resistência à privatização da Petrobrás. Os tucanos acabaram com a estabilidade no emprego e o extraturno (dobradinha) e tentaram fazer o mesmo com a AMS, o regime 14×21 e o plano de cargos. Além disso, o governo editou uma resolução que impôs diferenciações para os trabalhadores admitidos após setembro de 1997, que perderam adicionais, o pagamento integral das férias e horas extras, entre outros direitos. Somente após 2003, conseguimos recuperar o que foi retirado pelos tucanos”, lembrou a Federação.
A entidade, que reúne sindicatos petroleiros, entre eles o Sindipetro-NF, advertiu ainda que “o arrocho salarial foi uma das marcas dos governos do PSDB. Na Petrobrás e subsidiárias, os reajustes sequer cobriam a inflação. Em 1998, a empresa impôs zero de reajuste salarial, apesar da inflação de 2,55%. O resultado desta política é que entre 1996 e 2002, os petroleiros acumularam 9,9% de perdas salariais”.
Somente nos governos Lula e Dilma, lembra a FUP, foram conquistados ganhos reais em todas as negociações. Entre 2003 e 2014, segundo o Dieese, os salários dos petroleiros acumularam 45,4% de aumento acima da inflação.
Neste momento, portanto, é importante que toda esta memória seja explicitada para a categoria e para a sociedade, para que fiquem claras algumas das razões que fizeram os petroleiros, nos congressos regionais e no nacional, aprovarem o apoio à reeleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República.
Espaço aberto
Perderam em primeira instância
Bira Dantas*
Dizem que o PT, partido do qual sou fundador em 1980, defende a censura e a ditadura, que “trouxe os Mais médicos para fazer lavagem cerebral nos pacientes e implantar um regime cubano por aqui”.
Dizem que os pobres, em especial os nordestinos, mal-informados e comprados com o Bolsa-família deram a vitória a Lula e Dilma e que deveriam morrer por isso.
Este tipo de pensamento me dá nojo. Tenho nojo de gente que se sente diferenciada, que se sente melhor do que o fedido que pede um troco no sinal.
Tenho nojo dos que cheiram bem (não estou me referindo ao candidato tucano), mas que no fundo fedem mais do que o pobre coitado que está sem banho há semanas. Enquanto seres humanos, estão apodrecidos.
Mais uma vez, esses tucanos que acham que mandam em tudo (em parte mandam mesmo: boa parte da polícia, ministério público e juízes comem em suas mãos) tentaram calar a voz de quem pensa diferente.
Entraram com uma ação contra o PT exigindo que tirassem charge minha e de Carlos Latuff.
As charges “relacionavam os dois políticos com o caso do pagamento de propina das empresas envolvidas no caso do cartel dos trens e do Metrô de SP. Em uma delas havia as mensagens: “CPI Já” e “propinoduto tucano”.
Segundo os autores da ação, os desenhos ofenderam a honra dos políticos, pois ligavam diretamente Serra e Alckmin aos crimes de corrupção passiva e peculato. A dupla pedia R$ 10 mil cada de indenização por danos morais.
O juiz Valdir da Silva Queiroz Junior, da 9ª vara cível de São Paulo, afirmou que não cabe ao site que reproduz as charges ser responsabilizado pelo conteúdo delas, uma vez que os autores são conhecidos e seriam deles a responsabilidade pelo conteúdo, e que a remoção compulsória “configuraria censura artística, proibida de forma absoluta pela Constituição Federal.”
Por isso sou #?Dilma13. Contra a censura e pelo respeito aqueles que nunca tiveram nada.
* Cartunista e ilustrador. Chargista do Nascente e de diversas publicações dos movimentos sociais.
DADOS MOSTRAM PETROBRÁS MAIS FORTE DESDE 2003
Nos anos 90, companhia foi bombardeada pelo sucateamento e atingiu o seu menor contingente de funcionários próprios das últimas duas décadas. Direitos foram cortados e empregos reduzidos
Em 2002, no final do governo do PSDB, os investimentos da Petrobrás representavam apenas 3% do PIB. Hoje, a estatal é responsável por 13% da riqueza nacional. Em 2002, os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás beiravam 2,8 bilhões de dólares, menos do dobro do que era investido em 1994. Nos governos Lula e Dilma, os investimentos no E&P foram multiplicados por dez, chegando a 30 bilhões de dólares em 2013. Se compararmos o volume total de investimentos da Petrobrás entre 2002 e 2013, os números são igualmente impressionantes: os valores passaram de U$ 6,4 bilhões para 52,2 bilhões de dólares.
Mas, o desmonte promovido pelo PSDB nos anos 90 foi além do E&P. Sucatearam completamente o Cenpes e a Engenharia e ainda desmantelaram o setor de transportes de petróleo e derivados, criando a Transpetro. Os tucanos também entregaram 30% da Refap à multinacio-nal Repsol e prepararam a venda de parte da Reduc, das Fafens e de outras refinarias.
A partir de 2003, o Cenpes passou a ser fortalecido com investimentos estratégicos, mais do que dobrou suas instalações e fez convênios com centros de pesquisas de dezenas de universidades pelo país afora. Somente entre 2003 e 2012, a Petrobrás registrou 450 patentes. O parque de refino também foi modernizado e, pela primeira vez em décadas, a Petrobrás está construindo novas refinarias. Soma-se a isso a produção do pré-sal, que já gira em torno de 650 mil barris diários de óleo e gás, em apenas oito anos desde que foi descoberto.
A Petrobrás chegou a ficar mais de uma década sem realizar concursos públicos nacionais. As admissões eram pontuais e localizadas. O resultado é que na década de 90, os efetivos de trabalhadores próprios foram reduzidos praticamente à metade. A política do PSDB de desmantelamento da empresa levou à terceirização de atividades-fim, processo que foi intensificado e só será estancado com a continuidade dos concursos públicos retomados nos últimos anos. Entre dezembro de 2002 e dezembro de 2013, a Petro-brás contratou 39.368 petroleiros. Na década anterior, o caminho foi inverso: entre 1994 e 2001, a empresa retirou de seus quadros 16.048 trabalhadores. A continuidade dos concursos públicos é que garantirá a recomposição dos efetivos.
Empregos no setor naval
Na década passada, a construção naval brasileira, que já foi considerada uma das maiores do mundo, vivia uma crise profunda, em função do desmonte que sofreu nos anos 90. Quando a Petrobrás, por decisão política do governo Lula, passou a encomendar navios, sondas e plataformas no Brasil, o setor voltou a se reerguer e hoje é um dos que mais geram emprego e renda no país.
Em 2003, a indústria naval contava com apenas dois estaleiros e empregava 7.465 trabalhadores. Em pouco mais de dez anos, o Brasil ganhou oito novos estaleiros e mais de 700 empresas de navipe-ças. O setor já gera hoje 80 mil empregos diretos e aproximadamente 320 mil indiretos. As encomendas da Petrobrás e do pré-sal são responsáveis por mais de 90% da produção da indústria naval brasileira, que nos próximos seis anos entregará à estatal 295 embarcações.
Insegurança crônica
Quatro mortes em menos de um mês
O Sindipetro-NF recebeu informações de que outro trabalhador da Bacia de Campos morreu após passar mal a bordo. Funcionário da empresa UTC, prestando serviço na plataforma PPM-1, Ubirajara Silva Lima foi desembarcado pelo resgate aeromédico na manhã do domingo, 12, e levado para atendimento em um hospital de Campos dos Goytacazes.
Diagnosticado como sendo vítima de uma Pancreatite, o trabalhador não resistiu e morreu na terça, 14. Ele havia se queixado de dor abdominal na noite anterior ao seu desembarque.
Outros casos
No domingo, 12, um tripulante de um rebocador que presta serviço à empresa, na Bacia de Campos, morreu a bordo da embarcação. Sérgio França Antunes, de 61 anos, tripulante do TS Ouriçado, afretado à Unidade de Serviços Logística (US-LOG), passou mal no rebocador e foi levado para obter socorro na plataforma P-52. Ele chegou à unidade sem sinais vitais e foi constatada a morte.
A Petrobrás informou ao sindicato que manteve contato permanente com a Tranship Transporte Marítimos LTDA, afretradora da embarcação, para prestar assistência à família. A Marinha do Brasil e a Polícia Civil também foram informadas sobre a morte do trabalhador.
No útlimo dia 5, outro caso semelhante ocorreu, desta vez sem que a Petrobrás comunicasse ao sindicato. De acordo com denúncia dos trabalhadores, uma taifeira NS-34 (Pacific Mistral), 33 anos, foi três vezes à enfermaria durante seu embarque, com problemas de pressão. No dia normal de seu desembarque, pelo aeroporto de Jacarepaguá, a trabalhadora desceu passando mal e desmaiou. Chegou a ser reanimada pela equipe médica, mas não resistiu e faleceu na ambulância. A taifeira trabalhava na empresa FOSS ESG.
E em 19 de setembro, o Técnico de Operações Pleno de PCH-2, Jorge Antônio Tomaz, passou mal na unidade durante dois dias, foi desembarcado mas sua morte foi constatada no Aeroporto de Macaé.
O Sindipetro-NF acompanha todos estes casos e discute com a categoria e com a empresa a qualidade e a estrutura do atendimento de emergência na Bacia.
Militância na Câmara Federal
Delegações de todo o País pressionam por entrada no Congresso e entregam resultado de Plebiscito
Da Agência CUT e da Imprensa do NF
Nada poderia ser mais simbólico para determinar a distância entre o Congresso Nacional e as ruas. Nesta terça, 14, dia em que os movimentos sindical e sociais foram ao parlamento entregar o resultado do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político aos deputados, acabaram barrados.
Delegações que viajaram até 12 horas tiveram que aguardar sob um sol de 35º C o presidente da Câmara, deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN), decidir sobre a entrada, que acabou deixando de fora cerca de 500 dos 800 manifestantes que estiveram na Câmara.
Somente com a pressão dos militantes que conseguiram entrar e resolveram permanecer na Casa até que cada companheiro pudesse ingressar, as portas foram abertas e os manifestantes puderam celebrar uma vitória simbólica na defesa de mais transparência e menos autoritarismo e truculência dos servidores surdos aos movimentos sociais.
Dentro da Câmara, com um dos auditórios tomado por cerca de 150 que conseguiram passar pela segurança do Congresso, os movimentos que compõem a operativa do plebiscito entregaram o resultado da votação em audiência fechada com Henrique Alves.
O resultado foi divulgado pelos organizadores do Plebiscito em 24 de setembro. Foram 7.754.436 votos no Brasil, sendo 6.009.564 votos em urnas e 1.744.872 votos pela internet. As bases do Sindipetro-NF contaram com grande participação. Na região, foram 4.680 votos, dos quais 3.980 pelo “sim”. Uma urna itinerante circulou nas empresas do setor privado.
Normando
Eleição de Valores
Assista ao debate eleitoral da Rede Bandeirantes, realizado terça à noite, ainda disponível em http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/15/confira-a-integra-do-debate-band-entre-aecio-e-dilma.htm.
Um dos lados privilegia os seres humanos, os Direitos Sociais (saúde, educação, habitação, saneamento, etc.), e a manutenção dos empregos.
A outra proposta prioriza o lucro dos bancos. Duvida? Assista também ao debate entre o atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o anunciado eventual futuro Ministro da Fazenda do PSDB, o cidadão norte-americano Armínio Fraga: http://globosatplay.globo.com/globonews/.
Claro, isso não poderia ser apresentado ao eleitor com tamanha crueza. Aí entra o discurso da corrupção. Mas, quem denuncia a corrupção oferece alguma alternativa moral?
Para responder, examine a vida do candidato do PSDB:
De1977 a 1981 (ou seja, dos 17 aos 21 anos de idade), foi funcionário-fantasma na Câmara dos Deputados, morando no Rio:
http://m.terra.com.br/noticia?n=9e71990bd4a09410VgnVCM20000099cceb0aRCRD
Em 1981 se tornou secretário do avô, e em 1985 foi nomeado Diretor da Caixa Econômica Federal por Sarney:
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=62317
De 1987 a 2014 foi Dep. Federal, Governador e Senador, sempre por MG e morando no Leblon; Como Governador, além de usar dinheiro público para construir aeroportos em terras da família, nomeou os seguintes parentes ou agregados: Oswaldo Borges da Costa Filho (genro do padrasto; Fernando Quinto Rocha Tolentino (primo); Guilherme Horta (primo); Tânia Guimarães Campos (prima); Frederico Pacheco de Medeiros; Andréia Neves da Cunha (irmã); Ana Guimarães Campos (prima); Júnia Guimarães Campos (prima); Tancredo Augusto Tolentino Neves (tio).
Verifique você mesmo: http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/10/15/aecio-garante-o-emprego-da-familia/
E como Senador, gastou 63% da verba pública de viagens para ira às baladas no Rio: http://m.estadao.com.br/noticias/politica,senador-usa-mais-verba-para-ir-ao-rio-que-a-bh-,1012625,0.htm.
Há muito mais, e você mesmo deve se informar:
http://blogdojuca.uol.com.br/2009/11/covardia-de-aecio-neves/
http://plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=82359
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/12/perrela-helicoptero-cocaina-aecio-neves
Curtas
NF na UFF
O NF começou ontem a sua participação no projeto Café com RH, do Curso de Administração e Ciências Contábeis da UFF em Macaé. O primeiro bate-papo foi com o médico do trabalho Ricardo Garcia. Serão realizados ainda fóruns de discussão com outros assessores e diretores: Antônio Raimundo Teles (23/10, às 18h); Normando Rodrigues (11/11, às 18h30) e José Maria Rangel (18/11, às 18h30).
Veja, de novo
O TSE determinou a suspensão de veiculação de uma propaganda da Veja no rádio, onde a editora Abril divulga a presença de Aécio Neves na capa da publicação. O Tribunal também determinou que o tempo veiculado seja descontado do horário de propaganda gratuita do candidato. Trecho da publicidade da Veja dizia: “‘Aécio Neves (…) promete tirar a Petrobrás das mãos de uma quadrilha”.
Curso de Culinária
Estão disponíveis as últimas vagas para o curso de culinária saudável e nutritiva com a nutricionista Dina Reis. O período de inscrições, apenas para sindicalizados, termina nesta sexta, 17, respeitado o limite de 30 alunos. As aulas, que começariam no próximo dia 22, tiveram que ser adiadas para 27 e 29 de outubro e 3 e 5 de novembro, sempre das 18h às 20h, na sede do sindicato, em Macaé. As inscrições pelo telefone 27659550.
Professores
Com o uso de #EnsinaEAprende, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realizou ontem, Dia do Professor, campanha nas redes sociais em homenagem à categoria. Professores e estudantes foram estimulados a postarem selfies com a hashtag. O NF também rende as suas homenagens a estes profissionais.