A FUP entregou no dia 12 a pauta de reivindicações dos trabalhadores do Sistema Petrobrás à Gerência de Recursos Humanos da empresa. A Federação propôs realizar já no dia 20 a primeira reunião para discussão da pauta, mas o RH marcou para o dia 27 o início da negociação. Este ano, serão discutidas com a Petrobrás somente as cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho, que têm validade até 31 de agosto. As cláusulas sociais do ACT (benefícios, regimes, jornadas, condições de trabalho, SMS, relações sindicais, etc) só serão objeto de negociação no próximo ano, pois têm validade até agosto de 2011.
A pauta de reivindicações foi aprovada durante a II Plenária Nacional da FUP, realizada de 03 a 05 de junho em Brasília, e referendada recentemente nas assembléias. Os trabalhadores reivindicam reposição do ICV-Dieese de setembro de 2009 a agosto de 2010, 10% de ganho real, extensão do adicional de áreas remotas que é praticado pelo E&P para as demais unidades da empresa, entre outras questões, como melhorias no Programa Jovem Universitário.
Pendências – a FUP volta a ser reunir com a Petrobrás nos próximos dias, antes do início da negociação salarial, para cobrar uma resposta da empresa em relação às pendências do atual acordo que foram relatadas na reunião do último dia 07. Entre os pontos que tornarão a ser discutidos estão a revisão e atualização das tabelas de reembolso do Programa Jovem Universitário e a retenção das verbas das terceirizadas para coberturas dos direitos dos trabalhadores durante as rescisões de contratos.
Insegurança na Bacia de Campos beira o absurdo
Após denúncia do sindicato, Petrobrás para plataforma que operava sem bombas de incêndio
O Sindipetro-NF está desenvolvendo uma intensa campanha de denúncia de incidentes, vazamentos, descumprimentos dos procedimentos de segurança e outras ocorrências que revelam o pouco caso e até mesmo a irresponsabilidade com que as gerências têm tratado a vida dos trabalhadores. Batizada de “Sorte é para a loteria”, a campanha tem mobilizado os petroleiros da região para uma questão prioritária, que é o SMS. Várias são as denúncias recebidas pelo Sindipetro sobre riscos iminentes nas plataformas e no terminal de Cabiúnas que só não se transformaram em acidentes de grandes proporções por pura sorte.
Foi o que aconteceu na última semana com os trabalhadores da plataforma PVM-2, que estava sendo operada sem bombas de incêndio e de captação de água. O sindicato cobrou a interrupção imediata da unidade, que foi parada pela Petrobrás na manhã do dia 14. Os trabalhadores de PVM-2 relataram ao Sindipetro que as bombas de captação de água do mar deram defeito e a plataforma passou a utilizar bombas de incêndio para fazer esta captação. Em seguida, estas bombas também apresentaram defeito e a unidade ficou sendo operada sem bombas, tanto de captação de água, quanto de incêndio.
Também é grave na Bacia de Campos a situação de plataformas que operam sem sensores, como tem acontecido na PNA-2. Absurdos como estes são exemplos claros da total falta de seriedade com que as gerências tratam as questões de SMS. Em documento encaminhado no dia 14 de junho aos presidentes da Petrobrás e da Transpetro, o Sindipetro-NF alertou que os gestores da empresa devem ser responsabilizados pelos “acidentes, mutilações e mortes que acontecem na região”.
Nas telas da TV
O sindicato começa a veicular neste domingo, 18, nas TVs de Macaé e Campos o vídeo da campanha que denuncia a insegurança nas plataformas da Petrobrás. “Conte com a sorte” é o tema do vídeo, que já está disponível na internet:www.radionf.org.br/
Plataforma da CUT para as eleições 2010 é lançada no Rio
O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, lançou nesta quinta-feira, 15, no Rio de Janeiro, a “Plataforma da CUT para as Eleições 2010”. O documento foi entregue ao governador Sérgio Cabral, com a presença de vários dirigentes e militantes cutistas que lotaram o auditório do Sindicato dos Bancários. “O documento é uma construção da CUT com propostas da classe trabalhadora, consolidando as mudanças ocorridas nos últimos anos, ampliando as conquistas e avançando nas mudanças que ainda faltam”, explicou o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara.
A Plataforma da CUT é mais um instrumento de pressão sobre os candidatos, para que se comprometam com as propostas dos trabalhadores em relação à distribuição de renda, ampliação de direitos, responsabilidade com o meio ambiente e geração de emprego. O controle estatal e social do petróleo é também uma das reivindicações da plataforma. A íntegra do documento está disponível na internet: www.cut.org.br/content/view/20159/170/
“Temos de gastar muita sola de sapato andando pelo país para divulgar as propostas da CUT para as eleições 2010. É muito importante elegermos candidatos e uma bancada parlamentar forte, também nos estados, para podermos cobrar dos futuros eleitos a adoção e o cumprimento das propostas”, disse Artur Henrique, mobilizando a militância para fortalecer e popularizar as propostas da classe trabalhadora e impedir o retrocesso. O ato no Rio de Janeiro foi o primeiro de uma série de mobilizações que serão realizadas pelo país afora através da campanha “CUT nas Ruas”.
Greve de um ano dos mineiros canadenses
comprova força da unidade na luta classista
Os mineiros canadenses da região de Ontario encerraram a mais longa greve da categoria, após 12 meses de resistência e unidade. Por um ano, eles mantiveram paradas importantes unidades de produção da mina de níquel e cobre que pertence ao Grupo Vale, desde que a multinacional brasileira adquiriu em 2006 a companhia Inco, passando a ocupar o segundo lugar no setor mundial de mineração.
Os mineiros canadenses desnudaram para o mundo as práticas antissindicais da Vale, uma das várias empresas que foram privatizadas no governo tucano de FHC. A Vale desrespeitou o compromisso que havia assumido de manter os direitos conquistados pelos mineiros canadenses, fugiu da negociação com o sindicato, contratou trabalhadores terceirizados para substituir os grevistas, entre outras atitudes autoritárias que revoltaram a categoria e colocaram a população de Ontario contra a empresa.
A greve de um ano protagonizada pelos canadenses colocou em xeque as ações predatórias da Vale, que, em busca do lucro acima de tudo e de todos, precariza o trabalho, viola direitos, desrespeita legislações, criminaliza os movimentos sociais. Os mineiros provaram que a unidade e a solidariedade classista é a forma mais efetiva de enfrentamento a estas violações. “Uma nova referência foi criada, o movimento sindical que representa trabalhadores na Vale não voltará a ser o mesmo. Não poderemos mais usar o argumento que a empresa é forte demais, e que se paralisarmos suas atividades estaremos perdidos. A greve no Canadá jogou por terra este argumento”, ressalta Eduardo Pinto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Maranhão, Pará e Tocantins (um dos sindicatos que representa os trabalhadores da Vale no Brasil), em carta enviada aos mineiros canadenses.
Trabalhadores de Cabiúnas (NF) solicitam novas assembléias para aprovação do acordo de PLR
O Sindipetro-NF iniciou nesta sexta-feira, 16, novas assembléias no Terminal de Cabiúnas, em Macaé, para aprovação do acordo de quitação da PLR 2009. O terminal foi a única base do país que rejeitou a proposta conquistada pela FUP. Através de abaixo-assinado, os trabalhadores requisitaram a realização de novas assembléias, como determina o estatuto do Sindipetro-NF. A democracia sindical é princípio da FUP e de seus sindicatos. A decisão soberana dos trabalhadores deve sempre ser respeitada, independentemente de ser contra ou a favor dos indicativos da Federação.
