Negociação com a Petrobrás reforça intensificação das mobilizações
Imprensa da FUP
Na reunião de negociação com a Petrobrás, nesta quinta-feira, 26, a FUP reafirmou a pauta de reivindicações apresentada pela categoria e cobrou uma nova proposta da empresa. Nas bases, os trabalhadores estão aprovando o calendário de lutas indicado pelos sindicatos no Conselho Deliberativo, que inclui estado de greve e uma grande paralisação nacional de oito horas no dia 03. Os petroleiros também estão aprovando operações de segurança, mobilizações para pressionar a Petrobrás nos dias de negociação e um abaixo assinado contra o abono discriminatório pago pela empresa às funções gratificadas.
Na reunião desta quinta-feira, a FUP ressaltou que o ganho real proposto pela Petrobrás na RMNR é insuficiente, já que a reivindicação dos trabalhadores é de 10% na tabela salarial. A Federação também criticou o abono de 80% de uma remuneração proposto pela empresa, pois privilegia os trabalhadores que ganham mais, em detrimento dos que recebem salários mais baixos. As reivindicações em relação ao Programa Jovem Universitário são outro ponto da pauta da categoria que a empresa ainda não respondeu. A FUP ressaltou que a tabela de reembolso do benefício precisa ser revista e atualizada, pois está muito aquém dos valores cobrados pelas universidades.
Além destas reivindicações que dizem respeito especificamente à pauta salarial, a FUP tornou a frisar a urgência da Petrobrás colocar em prática o compromisso assumido na campanha passada de criar um mecanismo em relação aos contratos de prestação de serviço que proteja os direitos dos trabalhadores e evite os calotes praticados pelas empresas terceirizadas. A Petrobrás continua alegando dificuldades para resolver esta pendência, o que demonstra que esta é uma questão que tem impacto político para a empresa. Mais uma vez, fica claro que só com mobilização e unidade entre trabalhadores próprios e terceirizados, a categoria conquistará avanços neste processo.
As condições de segurança nas plataformas e a proposta de construção de um fórum nacional, envolvendo os gestores da Petrobrás e os sindicatos para discutir uma nova política de SMS, foram questões também enfocadas pela FUP na reunião de negociação. A Federação ressaltou a importância do fórum, mas destacou que, tanto os debates, quanto os seus desdobramentos, poderão ter impacto futuro na política de SMS. Enquanto isso não acontece, a empresa precisa agir imediatamente para garantir a segurança dos trabalhadores nas plataformas e demais unidades operacionais.
Ao final da reunião, a Petrobrás reafirmou que continua aberta à negociação. O momento, portanto, é de intensificar as mobilizações, com todos os trabalhadores, próprios e terceirizados, em estado de greve, construindo com unidade a paralisação do dia 03 em todas as bases. Só com mobilização, pressionaremos a Petrobrás a avançar no atendimento das reivindicações da categoria.