Somente ontem, 22, sob a iminência de uma greve, o CA aprovou a nova diretoria da empresa, que tomará posse no dia 29. É fundamental que a categoria siga mobilizada, para que a orientação do governo Lula de suspensão das privatizações seja atendida
[Da imprensa da FUP]
Nesta sexta, 24, a categoria petroleira volta a se mobilizar contra as privatizações no Sistema Petrobrás. De norte a sul do país, trabalhadoras e trabalhadores próprios e terceirizados participam das paralisações convocadas pela FUP e seus sindicatos, cobrando o cumprimento da determinação do governo Lula de suspensão das vendas de ativos.
Também a partir desta sexta, as entidades sindicais iniciam assembleias para que a categoria avalie a aprovação do indicativo de estado de greve.
No último dia 17, a diretoria da Petrobrás, que ainda é ocupada por indicados do governo Bolsonaro, aprovou a continuidade da venda da Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, na contramão da orientação do governo Lula, via Ministério das Minas e Energia, para que a empresa interrompesse as privatizações.
Em documento enviado à estatal no dia primeiro de março, o MME havia solicitado a suspensão por 90 dias da venda dos ativos que estão em andamento.
A decisão sobre os processos de privatização que tiveram início na gestão de Bolsonaro mas não foram concluídos deverá ser pauta da próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobrás e caberá à Assembleia Geral dos Acionistas (AGO), prevista para acontecer no 27 de abril, a deliberação final.
A FUP tem realizado diversas ações políticas e jurídicas para que a União cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados no CA a votarem pela suspensão das privatizações.
O movimento sindical petroleiro cobra que o governo Lula assuma o controle da Petrobrás e dê sequência ao projeto que foi eleito nas urnas de soberania nacional e reconstrução da empresa, para que volte a atender os interesses do povo brasileiro.
Leia a convocação da FUP
ESTADO-DE-GREVENova diretoria da Petrobrás
Apesar de quase três meses do governo Lula, a diretoria e o Conselho de Administração da Petrobrás ainda seguem ocupados por indicados de Bolsonaro, que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos e boicotam as propostas de reconstrução da empresa.
O presidente Jean Paul Prates ocupa interinamente o cargo, pois precisa ser referendado pela AGO, e, enquanto isso, segue isolado no comando da empresa, até que a diretoria indicada pelo governo Lula assuma.
Somente nesta quarta-feira, 22, após pressão das entidades sindicais e sob a iminência de uma greve, o CA da Petrobrás aprovou a nova diretoria, que tomará posse no próximo dia 29.
Portanto, é fundamental que a categoria siga mobilizada, pressionando o governo e a nova gestão para que reveja a posição da diretoria anterior e o Conselho de Administração cumpra a orientação do MME, suspendendo os processos de venda de ativos que estão em andamento.
Paralisação nacional terá transmissão ao vivo
As mobilizações desta sexta-feira serão realizadas no início da manhã e terão cobertura da FUP, com entradas ao vivo das direções sindicais que estarão nas bases liderando os atos e assembleias. A transmissão começará às 07h30 no canal da FUP no Youtube, com participação do diretor de comunicação, Tadeu Porto.
Participe, comente e divulgue. O engajamento é fundamental para a luta da categoria petroleira.
Participe das mobilizações
Petroleiras e petroleiros de todo o país estarão mobilizados nesta sexta (24), participando de atos, atrasos e paralisações convocados pelos sindicatos. Confira os locais das mobilizações:
Amazonas
Refinaria Isaac Sabbá (Reman), às 7h
Bahia
Base de Taquipe – São Sebastião do Passé, às 7h
Rio de Janeiro
Refinaria Duque de Caxias (Reduc), às 7h
Heliporto de Farol de São Thomé, Campos dos Goytacazes, às 7h
Ceará
Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) – Portão A, às 7h
Rio Grande do Norte
Assembleia no Polo Guamaré, às 7h
Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest), às 6h30
Transpetro Suape, às 7 horas
Espírito Santo
São Mateus, em frente à Base 61, às 7h
Minas Gerais
Portaria principal da Refinaria Gabriel Passos (Regap), às 7h
São Paulo
Refinaria de Paulínia (Replan), às 7h
Refinaria Capuava (Recap), às 7h
Terminal da Transpetro em Guarulhos, às 7h
Mato Grosso do Sul
Termelétrica LCP, Três Lagoas, às 7h
Distrito Federal
Terminal da Transpetro em Brasília, às 7h
Petrobrás/Esbras, às 7h
Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), às 7h30
Usina do Xisto (SIX), às 7h30
Santa Catarina
Terminal da Transpetro de Itajaí, às 8h
Rio Grande do Sul
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), às 7h