NF acompanha treinamento de pilotos em Guarulhos após incidente na P-51

Na manhã de quinta-feira, 30 de junho, a diretoria do Sindipetro-NF acompanhou o treinamento de pilotos na sede da CAE, empresa canadense presente em 35 países que desenvolve treinamento para a aviação civil. À tarde, participou da simulação de um voo de helicóptero no simulador, equipamento que recria as condições do voo. 

Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde e Segurança do NF, diz que essa etapa do treinamento é importante para perceber a habilidade que um piloto deve ter pela dificuldade da máquina. “Ajuda a dar valor ao profissional que nos leva todo dia”, diz.

Apesar disso, ele ressalta que o acidente na P-51, em Macaé, quando o motor de um helicóptero explodiu a três metros de altura, não pode ser minimizado. “É uma situação crítica e os passageiros tem razão em ficarem assustados. Mas além da experiência exigida, as simulações são tão reais que são consideradas horas de voo normais”, acrescenta. 

O Sindicato resolveu entender como funciona o treinamento para se tornar piloto e as etapas necessárias até a formação. Quando é contratado por uma empresa do setor, mesmo que já tenha o mínimo de 100 horas de voo exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o tripulante necessita receber mais treinamento da contratante para adquirir experiência em diversos treinamentos, como Treinamento de Coordenação de Cabine e Treinamento sobre Emergências Gerais, o que soma em torno de 1.500 horas. Para voos comerciais, a Anac estabelece o mínimo de 150 horas. Na CAE, eles oferecem aulas teóricas e práticas. 

Para o modelo S92, necessário para trabalhar a serviço da Petrobras, o treinamento é mais específico e exigente: 21 dias de treinamento teórico, mais sete sessões de quatro horas para as simulações. Antes desse período, é exigido do piloto 500 horas de voo. 

Anualmente, a tripulação deve fazer dois treinamentos, com a realização de aulas teóricas oito horas por dia durante cinco dias, e as práticas, no simulador, por quatro horas. É importante ressaltar que cada simulador é para uma aeronave diferente e que, quando esta etapa se inicia, o piloto já é habilitado. 

A partir da primeira aula no equipamento, o condutor é apresentado a falhas simples e complexas. Com isso, o gerenciamento da situação, o tempo de reação e as manobras efetuadas são avaliadas para determinar se a evolução está satisfatória. 

Durante a visita, Alexandre comentou que, para os trabalhadores conhecerem a formação daqueles que os levam à unidade marítima e manterem o olhar vigilante, poderiam haver visitas às empresas para verificar como o treinamento é intensivo e a segurança do passageiro é importante. 

Os viajantes sempre têm o direito de questionar se se sentem seguros ou não em suas rotas. O Sindipetro-NF está sempre disponível para investigar e esclarecer dúvidas, e acredita que os demais envolvidos Petrobras e Empresas de Táxi Aéreo têm o mesmo dever.