NF avalia como positivo ajuizamento de ação pelo MPF mas lembra necessidade de proteção aos trabalhadores

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública contra a Petrobrás em busca de reparação de danos ambientais provocados pelo descarte contínuo e sem tratamento de efluentes, conhecidos como “águas cinzas”, provenientes da Plataforma P-50, localizada no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos (RJ). Os lançamentos ocorreram entre os anos de 2013 e 2018, como noticiado aqui. O Sindipetro-NF considera positivo o ajuizamento da ação, mas chama a atenção para a necessidade de proteção também aos trabalhadores.

“Acho muito boa a preocupação quanto aos efluentes e aos danos ao meio ambiente, mas acho que também precisa avançar na preocupação quanto aos trabalhadores, quanto aos produtos químicos, quando ao benzeno, obrigar a Petrobrás a, além e descartar de forma correta, a fazer os exames corretos nos seus trabalhadores”, afirma Alexandre Vieira, coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF.

O sindicalista adiciona que “a contaminação do meio ambiente é tão importante quanto a contaminação que ocorre com os trabalhadores. A gente teve recentemente a morte de um trabalhador, muito novo ainda, de câncer, e há a suspeita que tenha sido em decorrência da exposição ao benzeno ou a outros agentes químicos. Então é muito necessário que também se avance neste sentido, porque os trabalhadores precisam de tanta proteção quanto o meio ambiente.

A avaliação do sindicato sobre o ajuizamento da ação pelo MPF também foi feita pelo coordenador geral da entidade, Sérgio Borges, que destacou dois aspectos importantes sobre o caso: primeiro, a demora da Petrobrás em admitir o erro e providenciar as correções devidas, o que fez o problema se arrastar; segundo, a evidência de um processo de sucateamento na empresa, que coloca em risco tanto o meio ambiente quanto as vidas dos trabalhadores.

Confira o vídeo do coordenador:

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