O Sindipetro-NF avalia que, neste final de tarde, é bastante consolidado o quadro de uma greve vitoriosa dos petroleiros na região, dentro da paralisação nacional que a categoria realiza hoje. O movimento começou à 0h e continua até a meia noite. Os trabalhadores protestam contra o plano de negócios da Petrobrás e pela derrubada do projeto de lei que quer rever o modelo de partilha no pré-sal.
Na Bacia de Campos, 25 plataformas participaram da greve. Destas, pelo menos 18 passaram a operação para os prepostos da empresa durante a madrugada.
O movimento tem sido muito intenso durante todo este período também no Terminal de Cabiúnas (Tecab), em Macaé, com grande adesão e participação da categoria nas três reuniões setoriais realizadas ao longo do dia.
De acordo com o diretor do NF lotado no Tecab, Claudio Nunes, os trabalhadores encontraram a catraca bloqueada logo na primeira setorial da manhã, em atitude arbitrária da empresa para tentar impedir a greve de ocupação. Só depois da intervenção do sindicato as roletas foram liberadas para que os trabalhadores que fizeram greve de ocupação no turno da noite pudessem sair, porém a ordem para ninguém entrar se manteve até o final do dia.
“A adesão foi muito boa. Fizemos história. E só estamos começando nessa luta para defender a Petrobrás e o País”, disse Nunes.
Nas bases administrativas de terra, também em Macaé, os diretores fizeram no período da manhã o trabalho de convencimento da categoria para a adesão ao movimento. As bases ficaram esvaziadas porque muitos trabalhadores aderiram e não foram trabalhar.
À meia noite de hoje, o coordenador geral do Sindipetro-NF, Marcos Breda, vai fazer um pronunciamento na Rádio NF (www.radionf.org.br) para agradecer em nome da entidade pelo empenho de todos os petroleiros na realização da greve.
De acordo com Breda, a categoria cumpriu o objetivo de mandar um recado contundente de que não vai aceitar o desmonte da Petrobrás e a entrega do pré-sal. O próximo passo da campanha é a realização de um Conselho Deliberativo ampliado da FUP, com representantes de todos os sindicatos filiados.
Como afirmou ontem o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, não está descartada a possibilidade de convocação de uma greve nacional dos petroleiros por tempo indeterminado, como foi a greve histórica de 1995.
[Foto: Setorial hoje com os trabalhadores da base de Cabiúnas, da Transpetro, em Macaé]
[Atualizado às 18:21]