A categoria petroleira no Norte Fluminense tem assembleias a partir deste domingo, 24, para avaliar indicativo de aprovação de desconto assistencial para o Sindipetro-NF. Seguindo orientação da FUP, o desconto proposto pelo sindicato é de 2% do salário líquido do trabalhador ou da trabalhadora, durante quatro meses a partir de maio de 2019.
A contribuição assistencial é fundamental para fortalecer as entidades sindicais em um momento de extremo ataque do governo federal e da gestão da Petrobrás. As negociações do Acordo Coletivo de Trabalho que se aproximam serão as mais duras da história recente da categoria petroleira.
A entidade também indica a aprovação do Manifesto dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense contra os ataques aos sindicatos (abaixo), que reforça o posicionamento histórico dos trabalhadores em defesa da liberdade e da autonomia sindical.
Será necessária muita capacidade de mobilização e de estrutura sindical para enfrentar as tentativas de atacar direitos em várias áreas, da proteção à saúde aos benefícios, além de salários, empregabilidade, garantias fundamentais planos de saúde das empresas terceirizadas, entre tantos outros.
O Sindipetro-NF convoca todos e todas à participação massiva nas assembleias. A aprovação do desconto assistencial, além de contribuir para manter as nossas entidades durante a Campanha Reivindicatória, será uma mensagem política clara à gestão da companhia, em uma grande mostra de unidade e disposição para a luta.
Calendário das assembleias
Plataformas: Do domingo, 24, até a quarta, 27, com retorno das atas até às 12h da quinta, 28.
Cabiúnas:
25/03 Grupo E 15h
26/03 Grupo A 15h
27/03 ADM 7h
28/03 Grupo B 15h
28/03 Grupo D 23h
29/03 Grupo C 7h
Parque de Tubos: 28/03 – 13h
Imbetiba: 26/03 – 13h
Edinc: 27/03 – 12h30
Sede NF em Campos: 27/03 – 10h
Pontos de pauta:
01 – Aprovar a contribuição assistencial de 2% (dois por cento) sob o salário líquido, por quatro (04) meses, sendo 1% destinado à FUP e 1% destinado ao Sindipetro-NF.
02 – Aprovar manifesto contra os ataques à organização dos trabalhadores.
Manifesto dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense contra os ataques aos sindicatos
Nós, petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense, manifestamos a nossa disposição irrestrita de luta e resistência em defesa das nossas entidades sindicais. Somos contrários aos ataques empreendidos pelo governo Bolsonaro contra a liberdade e autonomia de organização da classe trabalhadora no Brasil.
Nossos sindicatos são instrumentos legítimos com décadas de contribuição à democracia brasileira e às lutas dos movimentos sociais. Buscar atingir estas entidades, como feito pela recente Medida Provisória 873, nos agride em direito consagrado pelo artigo 8° da Constituição Federal e por organismos internacionais.
Este tipo de ataque não é novo na história do sindicalismo. A própria trajetória petroleira é repleta de exemplos covardes protagonizados por governos e por gestões autoritárias da Petrobrás contra as nossas entidades. Um dos mais emblemáticos ocorreu em 1995, no período FHC, quando as contas bancárias dos sindicatos foram bloqueadas.
Nossa resposta tem sido pronta e altiva, sempre no sentido de fortalecer as nossas entidades, e não é diferente agora. Não nos curvaremos diante da arbitrariedade deste governo, assim como não nos curvamos em momentos passados.
Agora, quando se aproxima a Campanha Reivindicatória, lembramos que a gestão da empresa será representada, nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, por um gerente executivo de Recursos Humanos recentemente apresentado à categoria, Claudio Costa, o primeiro que não é funcionário de carreira da empresa.
Ex-secretário do governo Dória, Costa ficou conhecido dos petroleiros pelo modo frio e cruel como anunciou o fechamento da sede da Petrobrás em São Paulo, inclusive com ameaça de demissão de “quem sobrasse”. Ele também tem se notabilizado por suas declarações privatizantes e favoráveis ao desmonte de conquistas como a Petros.
Fortaleceremos os nossos sindicatos para enfrentar as duras negociações que se aproximam e para manter a resistência contra as reformas que retiram direitos, promovem a miséria, desmontam a Petrobrás, entregam o pré-sal, privatizam e criminalizam os movimentos sociais.
Que não ousem duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores.
Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense
Março de 2019