A diretoria do Sindipetro-NF divulga orientações para os petroleiros que realizarão a greve de 24 horas no dia 25 de julho. O movimento foi aprovado por ampla maioria da categoria petroleira em assembleias que tiveram início no domingo, 21, nas plataformas.
Um termo de entrega será impresso e utilizado pelos trabalhadores no momento da entrega da plataforma. Acesse aqui.
Nas orientações a categoria saberá por exemplo como proceder no momento da entrega da plataforma aos prepostos da Petrobrás. No caso da categoria ter alguma dúvida, o sindicato orienta que encaminhe para o email[email protected], que serão respondidas. Veja abaixo as orientações:
1 – A partir das 23h do dia anterior a mobilização os trabalhadores (dos dois grupos) se manterão reunidos em plenária, inicialmente na sala de controle, para a entrega aos prepostos da Petrobras. Após a entrega, devem se concentrar em local público e amplo da unidade (cinema, quadra, etc.).
O objetivo é manter os trabalhadores unidos e reduzir a possibilidade de serem assediados de forma isolada. Todos os assédios ocorridos antes e durante a mobilização devem ser denunciados, imediatamente, ao sindicato informando o nome do e a função do responsável. Os trabalhadores devem estar preparados para as tentativas da empresa de desgastá-los com represálias e punições.
2 – Eleger uma comissão de mobilização para representar os trabalhadores nos contatos com os representantes da empresa e conduzir as discussões na plenária. Essa comissão deve ser composta pelo número de membros que for conveniente e poderá haver rodízio, pelo número de horas que for estabelecido pelos trabalhadores.
3 – No momento da entrega, zero hora do dia 25 de julho de dois mil e treze, os trabalhadores devem cobrar dos prepostos da Petrobras que assinem o documento divulgado pelo Sindipetro-NF, declarando que possuem condições técnicas para dar continuidade à operação segura da unidade. A partir daí os trabalhadores devem seguir a seguinte recomendação para cada uma das situações abaixo:
Situação 1: Caso os prepostos da empresa se neguem a assinar o documento. Os trabalhadores devem registrar a situação. Todos servirão de testemunha deste fato, assinando embaixo do registro. Isso não impedirá que a unidade seja considerada entregue pelos trabalhadores.
Situação 2: No momento da entrega, se os prepostos alegarem não ter condições técnicas e entenderem necessária a parada para preservar a segurança. Os trabalhadores devem se colocar a disposição para realizar a parada segura da unidade. A greve é com entrega da operação e a decisão de parar, se acontecer, é sempre da empresa nesse tipo de mobilização.
Situação 3: Se os prepostos decidirem dar continuidade às operações, e mais tarde, resolverem parar a unidade. Os trabalhadores não vão participar e os prepostos terão que realizar, eles próprios, a parada.
4 – Após a entrega, os trabalhadores do grupo de folga retornarão ao descanso e os trabalhadores do grupo que estaria em serviço permanecerão reunidos em plenária no local pré-definido. Sairão deste local para realizar as atividades que impactem em saúde, segurança e habitabilidade.
5 – Todas as atividades consideradas de impacto para a saúde, segurança e habitabilidade nas 24 horas da mobilização serão realizadas normalmente. No caso de queda da geração da unidade, a manutenção energia elétrica, a ventilação e o ar condicionado do casario são itens necessários para a habitabilidade e devem ser restabelecidos, além de outros sistemas definidos pelos trabalhadores.
6 – As atividades que forem solicitadas pelos prepostos da empresa e gerem dúvidas serão analisadas pela comissão, e se necessário pelo conjunto dos trabalhadores. Se ainda assim as dúvidas permanecerem, o sindicato deverá esclarecer.
7 – Todas as PT’s programadas devem ser analisadas pela comissão para verificar se impactam na saúde, segurança e habitabilidade.
8 – Os trabalhadores não vão participar de cursos ou treinamentos no dia da mobilização. Os embarques e desembarques ocorrerão normalmente e a mobilização ocorrerá somente a bordo das plataformas.
9 – Os trabalhadores continuarão integrando as equipes de brigada, abandono e resgate, já que estas impactam na segurança da plataforma.
10 – Todos os fatos anormais ocorridos deverão ser relatados ao sindicato. Devem ser denunciadas todas as situações que atentem contra a segurança das pessoas a bordo e todos os erros operacionais que ocorrerem e suas conseqüências incluindo possíveis acidentes.
Termo de Entrega da Plataforma _______ para os prepostos da Petrobras
Nós, empregados da Petrobras da plataforma ________ declaramos, para os devidos fins, que esta unidade encontra-se operando dentro da normalidade, com o que concordam os prepostos da empresa.
Pelo presente instrumento, entregamos a operação da unidade, durante as vinte e quatro horas da mobilização, com início previsto para zero hora do dia 25 de julho de dois mil e treze, aos prepostos da Petrobras que por esse termo assumem total responsabilidade e atestam que tem condições seguras de dar continuidade as operações.
No momento da entrega, os trabalhadores ofereceram participar da parada segura da unidade caso fosse essa a decisão dos prepostos da empresa.
Declaramos que permaneceremos uniformizados e disponíveis para realizar as tarefas que impactem na saúde, segurança e habitabilidade das 24 horas da mobilização e estaremos reunidos em (escrever o local). Uma vez sendo necessária nossa atuação nesses termos, os prepostos deverão submeter solicitação à comissão de mobilização.
Data, hora, assinatura de todos os presentes e do representante da empresa
No caso de os prepostos não assinarem escrever: Atestamos que os prepostos da Petrobras não quiseram assinar o termo de entrega da Plataforma e consideramos entregue.