Representantes do Sindipetro-NF e da Petrobrás chegaram, em reunião ontem, a entendimento sobre a garantia de descanso dos trabalhadores durante obras na P-62, para reforma dos Módulos Temporários de Acomodação (MTA). O problema havia sido apontado pela categoria, por meio da Cipa e do sindicato.
De acordo com o coordenador do Departamento de Saúde e Segurança da entidade, Alexandre Vieira, a gestão da empresa apresentou a solução de adicionar mais uma equipe de cada turno da unidade — formadas por empregados próprios ou do setor privado. Além disso, ficou acertado que todas as horas extras serão pagas (não indo para o banco de horas).
“Em caso de desconexão da UMS (Unidade de Manutenção e Serviço), uma das equipes do turno do dia entra para o turno da noite, para garantir o revezamento. A que já estava na UMS fica na UMS e quem está na plataforma se divide”, explica Alexandre.
O sindicalista considerou boa a solução. “A gente achou plausível a ideia, apesar de sacrificar a folga, mas não temos muitas opções de fazer uma obra no casario sem ter algum transtorno, mas fica limitado ao embarque extra, o que é menos sacrificante do que uma noite mal dormida. Pior é o trabalhador não conseguir descansar”, avalia.
Como a plataforma continua em operação normal, outra preocupação foi a de garantir que ninguém do turno da noite durma na unidade, em razão do excesso de ruído — o que seria um descumprimento das normas regulamentadoras que estabelecem limites de exposição ao ruído.
O sindicato também solicitou que os níveis de ruídos sejam monitorados durante o dia e que as composições das equipes sejam informadas à entidade, para ver se atendem ao padrão mínimo.
“Consideramos boa a postura da empresa em buscar atender o que foi colocado pela Cipa e pelo NF e pedimos à própria comissão e à categoria que continuem a acompanhar a situação”, conclui Vieira.