Com o indicativo de uma greve de maior duração (48 horas) e com desembarque dos petroleiros grevistas, a responsabilidade dos prepostos da Petrobrás tende a aumentar. Manter a operação em condições de segurança, depois de entregue pelos trabalhadores, será inviável na maioria das unidades. O Sindipetro-NF chama a atenção para este aspecto e faz um chamado ao bom senso de supervisores e de outros integrantes das equipes de contingência. A entidade indica que estes profissionais se unam aos demais petroleiros e também participem do movimento.
Assim como ocorreu nas plataformas P-35 e P-48 na greve anterior, as comissões de mobilização a bordo estarão prontas para dialogar com as equipes de contingência, e assumirão o compromisso, inclusive por escrito, de que não aceitarão a destituição ou a substituição dos chefes que participarem da paralisação.
Chega de ser manipulado
Além de incentivar que os supervisores a bordo participem do movimento, o Sindipetro-NF orienta os que estão em terra a não aceitarem a convocação para embarcar. Está claro que a empresa pretende, mais uma vez, usar estes empregados como linha de frente da defesa dos seus interesses, em oposição ao direito legítimo dos trabalhadores de provocar impactos na rotina de produção da empresa quando no exercício da greve.
O sindicato destaca que nos momentos de tensionamento entre o Capital e o Trabalho não há posição confortável “em cima do muro”. Para a entidade, é preciso escolher um lado. E o NF sabe que existem muitos supervisores que podem se somar à luta dos demais trabalhadores. Até mesmo em virtude de serem eles, também, trabalhadores como quaisquer outros e, especialmente neste caso, igualmente prejudicados pelos absurdos cometidos pela empresa em relação ao Repouso Semanal Remunerado.
Está claro, para a entidade, qua a conduta mais digna que supervisores devem adotar neste momento é a de entregarem seus cargos, se estiverem a bordo, ou de ignorar a convocação da empresa, se estiverem em terra. Não há meio termo possível.