NF faz trancaço em Cabiúnas em Ato Nacional contra a insegurança no trabalho

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Petroleiros e petroleiras de Cabiúnas participaram neste início de manhã de protesto organizado pelo Sindipetro-NF que integra o Ato Nacional chamado pela FUP por Justiça para José Arnaldo, o petroleiro que morreu no último sábado, 19, vítima de acidente do trabalho na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). Estão ocorrendo protestos em todas as bases da Federação no país.

A entrada no terminal foi bloqueada para a participação dos trabalhadores nos protestos. Diversos líderes sindicais se sucederam nas falas e denunciaram a insegurança na Petrobrás. O acesso só foi liberado às 8h, quando a categoria fez uma oração em memória do petroleiro morto e das demais vítimas de acidentes na companhia, além de um minuto de silêncio.

José Arnaldo morreu durante parada de manutenção de uma das unidades da refinaria. Ele sofreu um desmaio dentro da unidade e foi resgatado quase uma hora depois. O trabalhador atuava como terceirizado pela C3 Engenharia e foi acionado para serviços ligados à parada de manutenção.

O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, lembrou no ato de Cabiúnas que o desmonte da Petrobrás está fazendo aumentar a insegurança no trabalho. Enquanto isso, destacou, a empresa registra lucros recordes, como o de R$ 106,6 bilhões anunciado nesta semana para o ano de 2021. O sindicalista denuncia que os acionistas estão enchendo os bolsos enquanto os trabalhadores morrem.

Diretor do Departamento de Trabalhadores do Setor Privado do NF, Eider Siqueira chamou a atenção para o fato de que, mais uma vez, a insegurança no trabalho tira a vida de um trabalhador de uma empresa contratada da Petrobrás. Os trabalhadores terceirizados são os que mais são vítimas de acidentes nas instalações da empresa.

O também diretor do Sindipetro-NF, Matheus Nogueira, que que coordena o Departamento de Formação e é lotado na base de Cabiúnas, gravou vídeo após o ato para registrar o protesto da categoria contra a insegurança em todas as bases, lembrando que a responsabilidade é da gestão da empresa. “Nenhum trabalhador sai de casa para matar ou morrer”, disse o sindicalista.

A FUP realizou live com diretores sindicais para dar um giro de informes sobre os atos em todo o país:

Confira imagens do ato desta manhã em Cabiúnas:

[Fotos e vídeo: Rui Porto / Para Imprensa do NF]