NF inicia diálogo com Petrobrás sobre impactos nocivos da terceirização na área de geologia

O Sindipetro-NF iniciou ontem, por meio de reunião em ambiente online com gestores locais e de Recursos Humanos da Petrobrás, um diálogo sobre os impactos nocivos da terceirização na área de geologia da empresa. Uma nova reunião, desta vez presencial, será marcada para que os entendimentos continuem. A entidade foi representada pelo coordenador geral, Tezeu Bezerra, e pelo coordenador do Departamento de Saúde e Segurança, Alexandre Vieira.

“Há espaço para vermos mais de perto o que está acontecendo. Foi dito que há uma falta de pessoal e vamos estar conciliando as questões. Para isso a gente avaliou que seria melhor uma conversa mais aprofundada, presencial. A questão é simples de resolver, mas precisa aprofundar mais no entendimento”, explica Alexandre.

Entre os problemas enfrentados pelo pessoal do setor estão impactos operacionais, nos processos, em razão da falta de pessoal. Há operações que passaram a ser remotas, sem trabalhador a bordo, e a reposição do número de trabalhadores ainda aguarda por treinamentos e outras ações da empresa. Há ainda demandas relacionadas a escalas e hospedagens do pessoal.

Em fevereiro deste ano, a FUP enviou denúncia ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, sobre a transferência de conhecimento estratégico da estatal na área da geologia. O processo de terceirização no setor estava fazendo com que profissionais de empresas concorrentes da Petrobrás tivessem acesso a informações internas da companhia.

“Documento emitido pela gerência do setor (EXP/TAGG/AGQ/OGEO-OR, antigo EXP/TAGG/AGQ/OGEO2), a pretexto de oferecer curso de treinamento a trabalhadores da Petrobrás, ministrado por especialistas da própria gerência, tem, na realidade, o objetivo de transferir informações para capacitar profissionais de empresas que prestam serviços para as petroleiras concorrentes”, denunciou a FUP na época.

De acordo com Alexandre, neste problema específico da transferência de informações houve avanço após o alerta da FUP e, agora, o que está em questão no diálogo com a gestão local diz mais respeito à reposição de pessoal próprio e de resolução de demandas de RH. Ainda não há data marcada para a próxima reunião entre o sindicato e a empresa.

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