NF para Petrobrás: se não resolver questão da alimentação, vai ter mobilização

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Representando o Sindipetro-NF, o coordenador do Departamento de Saúde da entidade, Alexandre Vieira, participou ontem de reunião com a EOR (Estrutura Organizacional de Resposta), montada pela Petrobrás para enfrentar o problema crônico de alimentação nas plataformas e em outras áreas operacionais da companhia.

Na reunião, o sindicalista registrou a grande indignação da categoria petroleira em relação ao modo como tem sido tratada em questões de hotelaria e alimentação. O sindicato tem recebido com cada vez mais frequência denúncias sobre falta de higiene, conservação adequada e insuficiência de itens no cardápio.

O caso mais recente, que está entre os mais graves, aconteceu na plataforma P-53 (em caso mostrado aqui), onde trabalhadores tiveram intoxicação alimentar e superlotaram o serviço de atendimento à saúde a bordo.

“A gente reafirmou na reunião que a gente está sentando, está conversando, mas a galera não está mais querendo saber de conversa. Os trabalhadores estão extremamente insatisfeitos, já não aguentam mais, e querem resultado. Se não tiver resultado vai ter movimento”, informa Vieira.

A empresa assumiu o compromisso de manter reuniões diárias, às 13h30, para atualizar os informes sobre o andamento das soluções para o problema.

“A empresa, apesar do diálogo, não vinha tendo ação afetiva. O pessoal está estressado e nós também como seus representantes. Queremos respostas efetivas”, complementou o sindicalista.

O sindicato destacou a importância de envolver cipistas, técnicos de segurança e outros profissionais ligados à saúde e segurança dos trabalhadores para que acompanhem e opinem sobre o enfrentamento do problema. De acordo com o sindicalista, é importante ainda que todo o pessoal à bordo esteja informado sobre como se dá o processo de inspeção.

“Tem que trazer a categoria lá de cima, quem cuida da segurança das pessoas, para olhar como está acontecendo aqui e embaixo para opinar, porque eles sabem o que está acontecendo de errado. Também precisa passar para o pessoal de bordo, porque tem a ver com a segurança, tem que entender o que está sendo feito, e também colher o que está acontecendo, para checar se o que está sendo feito está dando resultado”, afirma Alexandre.

Nesta sexta-feira o sindicato vai acompanhar uma fiscalização das atividades de subida e acondicionamento dos insumos de alimentação em terra.

É importante que a categoria petroleira continue a enviar relatos sobre as condições de habitabilidade a bordo para [email protected]. Todas as informações e provas são utilizadas pelo sindicato nas cobranças à Petrobrás e nas eventuais denúncias aos órgãos fiscalizadores.