NF participa de reuniões de Cipa nas plataformas PCH-1, P-47 e P-53

Diretores do Sindipetro-NF e da FUP realizaram, na semana passada, embarques para reuniões de Cipas (Comissão de Acidente de Trabalho) nas unidades PCH-1, P-47 e P-53. Os embarques são garantidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho da categoria petroleira e pela NR-37 (Norma Regulamentadora), que preveem as participações de representantes das entidades sindicais nestes fóruns. A própria criação das Ciplat (cipas de plataformas) é resultado de uma luta do movimento sindical.

A reunião em PCH-1, unidade que registrou acidente gravíssimo no último dia 21 — a explosão que atingiu, pelo menos, 34 trabalhadores, entre feridos por queimaduras, inalações de fumaça e impactados psicologicamente —, contou com a participação do diretor Alexandre Vieira, que é coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF. O sindicalista também participou, a bordo, da assembleia indicada pelo sindicato para levantamento de pendências de segurança na unidade.

Em vídeo, Vieira informa os principais temas tratados nos encontros com os trabalhadores, entre eles a necessidade de restabelecer a confiabilidade na geração de energia na plataforma, a pressurização do anel de combate a incêndio, a garantia da liberação das rotas de fuga e a baixa qualidade da pintura simplificada. Confira a íntegra do relato:

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Na P-47, uma plataforma que está em descomissionamento (desmontagem após deixar de operar), o diretor da FUP, Raimundo Teles, identificou que um das maiores preocupações é com as condições das grades do piso. O sindicalista também informa que houve relato de um acidente recente, onde um trabalhador feriu um dedo, foi desembarcado, mas mantido em base administrativa para não caracterizar afastamento do trabalho – prática que o sindicato combate.

O contato com os trabalhadores da unidade também permitiu identificar alguma melhoria na alimentação a bordo, mas ainda com necessidade de avanços, assim como relatos de revista de bagagens de trabalhadoras, no desembarque, feito por homens, e falta de pagamento de horas extras para o pessoal que atende na recepção dos voos.

Os petroleiros da P-47 também foram sensibilizados, pelo dirigente sindical, à participação voluntária no projeto Covid Longa, realizado pela Fiocruz com apoio do Sindipetro-NF, para mapear os impactos remanescentes da doença entre trabalhadores offshore e de Cabiúnas. Profissionais da Fiocruz estão no aeroporto de Macaé recolhendo amostras de sangue e urina.

Na P-53, unidade que foi interditada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis), o Sindipetro-NF foi representado pelo diretor Tezeu Bezerra, que identificou como principais problemas a degradação do guarda-corpo e as interdições de escadas e rotas de fuga. O sindicalista deu informes sobre o embarque em um vídeo publicado no Instragram:

Cabiúnas e Parque de Tubos

O Sindipetro-NF também participa, com regularidade, das reuniões de Cipa nas bases de terra da Petrobrás na região. Na última quarta, 7, houve reunião da Cipa da base de Cabiúnas, em Macaé. A entidade foi representada pelo diretor Marcelo Nunes. Um dos destaques é o das condições ruins da alimentação servida aos trabalhadores. Outra questão é a do local de batida do ponto (que a empresa se compromete em ajustar melhor). O diretor sindical reforçou o convite à participação no Projeto Covid Longa. No próximo dia 20, às 14h, haverá ainda reunião da Cipa do Parque de Tubos, que vai contar com a participação do diretor do Sindipetro-NF, Anderson da Silva, que atua na base.