Em reunião hoje com a DRT (Delegacia Regional do Trabalho) e a Petrobrás, o Sindipetro-NF pediu a interdição do heliponto da P-53. Como denunciou a entidade, em razão de um erro de projeto os trabalhadores estão tendo dificuldades com os voos
Além das restrições relativas ao vento do heliponto da P-53, a Bacia de Campos tem sido cenário de vários incidentes aéreos, que podem ser sinais de uma tragédia iminente. Os dois fatos somados tornam a segurança das operações em P-53 motivo de grande preocupação dos trabalhadores.
Sobre o excesso de jornada, a DRT e o sindicato defendem que o tempo em que o trabalhador espera para desembarcar deve ser pago como serviço extraordinário incondicionalmente. Isso não é praticado pela Petrobras, que só paga HE em determinadas situações.
A DRT solicitou à Petrobras diversos documentos para instruir a decisão do órgão, a serem apresentados um reunião às 14h do próximo dia 17. A DRT vai realizar ainda uma reunião com as operadoras de táxi-aereo e a capitania dos portos antes de decidir sobre o pedido do sindicato.
Os gerentes da Petrobrás alegaram que as restrições inicialmente adotadas foram reduzidas pelas operadoras de táxi-aéreo a partir de 2 de fevereiro, após uma reunião em que a empresa apresentou uma proposta de redução das restrições baseada em dados de 33 pousos realizados na plataforma. A partir desta data os pousos ficam limitados a 6 nós quando o vento entra na faixa de direção de 75 graus até 285 graus em relação a proa da unidade, com a aeronave com carga total. Nessa mesma direção com a aeronave com metade da carga é permitido pousar com a intensidade do vento entre 6 nós e 20 nós. Acima de 20 nós a operação nessa faixa de direção em relação a proa esta proibida. Segundo estes gerentes, a providência adotada conseguiu normalizar a demanda de desembarques de pessoal.
O sindicato foi informado que para os desembarques ocorridos nessa sexta, 6, foi necessário fazer uma amarração na P-53 com barcos auxiliares de forma a manter o navio com mar de través, ou seja, o mar entrando pela lateral do navio, a fim permitir o desembarque. Durante a reunião, o sindicato chegou a questionar os representantes da P-53 sobre a influência da decisão de mudança do projeto original, que adotou o sistema de Torret – após ter iniciado com um projeto de amarração fixa, nas atuais dificuldades.
Sobre o projeto do heliponto, a Petrobras informou que o Centro de Pesquisas da companhia realiza análise e ainda não encontrou um erro no projeto, apesar de os pilotos terem reportado grandes dificuldades em alguns pousos. Neste ponto o sindicato registrou a dificuldade que, repetidas vezes, a Petrobras demonstra para admitir erros de projeto.