O Sindipetro-NF protocolou hoje um pedido de interdição da P-35 junto aos órgãos fiscalizadores da ANP (Agência Nacional do Petróleo), MPT (Ministério Público do Trabalho) e SRTE (Superintendência Regional do Trabalho). O documento (veja aqui) também será protocolado na Capitania dos Portos.
O pedido de interdição foi referendado por assembleia histórica que reuniu ontem 126 petroleiros a bordo da P-35, dos 200 embarcados na unidade. Participaram trabalhadores da Petrobrás e de empresas privadas do setor petróleo.
A P-35 foi a unidade onde foram intoxicados 22 petroleiros por monóxido de carbono no último dia 26.
Enfrentando a truculência da gerência a bordo, que tentou interferir na assembleia para dizer o que podia e o que não podia ser votado, os trabalhadores demonstraram grande prioridade para a questão da segurança.
De acordo com relato dos trabalhadores recebido pelo Sindipetro-NF sobre a situação da unidade. “O medo ainda é muito grande, é de arrepiar o relato das pessoas que estavam a bordo no dia do ocorrido, o medo de dormir é explícito nas pessoas”, afirmam.
Ainda segundo os petroleiros da unidade, a plataforma está, neste momento com redução de 70% na produção, em razão de não ter conseguido fazer o gás inerte para o off-loading.
Novos casos
Os petroleiros também relatam que, depois do acidente do dia 26 de setembro, duas outras ocorrências voltaram a expor a insegurança da unidade: uma válvula de instrumentação se soltou e quase atingiu um operador e, ontem, um técnico de química sofreu um choque elétrico quando aferia uma bomba na planta de processo.