NF reafirma defesa dos cursos fora da folga, mas com segurança e garantias do regime de embarcado

Garantir um efetivo mínimo a bordo e a consequente segurança, ter despesas com alimentação e hospedagem custeadas pela empresa e não utilizar as convocações como arma antissindical. Estas foram as reivindicações reafirmadas ontem pelo Sindipetro-NF, em reunião com a gerência de RH da UN-BC, sobre os treinamentos para pessoal em período de embarque. Participaram gerente geral da UN-BC, José Airton, e o de RH, Calos Alberto Monteiro.

Os diretores do sindicato deixaram claro que não são contrários à realização de cursos na escala de embarque, já que esta prática preserva as folgas dos trabalhadores.

Para a entidade, defender a realização de cursos na folga seria desvalorizar uma das maiores conquistas do regime de embarcado da Petrobrás, que foi a implantação da escala de 14X21.

O sindicato lembrou, no entanto, que por diversas vezes propôs a discussão de efetivo na Bacia de Campos e a Petrobrás nunca aceitou realizar esse debate.

Com a realização dos cursos no período de embarque, aumentaram as denúncias de baixo efetivo de bordo. O sindicato considera fundamental, para a segurança das unidades, discutir imediatamente o efetivo e os impactos da adoção de treinamentos no período de embarque na segurança das plataformas.

O sindicato cobrou o respeito ao regime de embarcado dos trabalhadores, que prevê garantia de alojamento e de alimentação custeados pela empresa. Convocados para cursos têm sido obrigados pela empresa a arcar com custos não previstos em seu orçamento.

Prática antissindical
 
Além disso, para o NF, é flagrante o uso dos treinamentos para afastar os empregados comprometidos com a luta coletiva das plataformas. A FUP e os sindicatos denunciaram diversas atitudes antissindicais por parte de gerências em toda a Petrobrás. Essa é mais uma forma de discriminação e desrespeito com o movimento sindical usada nas últimas greves e que agora passa a ser prática preventiva para desmobilizar os trabalhadores nas plataformas.

Os representantes da empresa receberam todos os argumentos do sindicato e afirmaram que não é intenção da Petrobrás usar os treinamentos como forma de prevenir mobilizações. Eles se comprometeram a analisar os pleitos da entidade e reafirmaram que há urgência em realizar diversos treinamentos até o final do ano.