NF recebe denúncias de desperdício em P-62, P-53 e P-26

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O Sindipetro-NF continua a receber relatos dos trabalhadores sobre desperdícios gerenciais nas bases da Petrobrás. O objetivo é estabelecer um contraponto em relação à tentativa de cortar direitos da categoria, sob a alegação de que a empresa estaria em crise. As informações podem ser enviadas para [email protected]. O anonimato é preservado pelo sindicato.

Confira abaixo relatos recentes, sobre as plataformas P-62, P-53 e P-26.

P-62

“Unidade foi retirada do estaleiro em Pernambuco incompleta. Foi feito um relatório interno no qual estava escrito que, caso a unidade ficasse por mais 04 meses no estaleiro, sairia inteiramente pronta. Essa parte incompleta, para ser concluída no mar, necessitaria de cerca 18 meses a um custo altíssimo, pois necessita de sondas ( 02 ) para servirem de flotel para 20 pessoas cada, helicópteros para transbordo e um tempo muito maior para entrar em operação plena.”

P-53

“O heliponto da unidade foi construído levando-se em consideração que seu aproamento seria fixo. No decorrer do projeto o sistema de ancoragem foi alterado para ser turret, o que faz com que a embarcação fique aproada em uma resultante corrente/vento. Como o heliponto fica muito baixo, o casario provoca uma espécie de vácuo, o que dificultava ou tornava o pouso de aeronaves muito perigoso. Notem que no início das operações desta, teve períodos em que desembarques foram adiadas por até 05 dias. A solução encontrada foi de por um grande rebocador para aproar a embarcação em caso de pouso aeronaves, caso a velocidade/direção do vento esteja desfavorável. Tive informações de que no final do ano começarão obras para corrigir tal problema, após todos esses anos e a um custo altíssimo para manter o rebocador.”

P-26

“a) TURBOCOMPRESSOR: Por volta de 2002 foram comprados 03 turbocompressores novos de maior capacidade que os em utilização na plataforma. A Petrobras pagou o equipamento e a instalação destes, mas apenas 01 foi montado efetivamente. Os outros 02 encontram-se no parque de Tubos encaixotados. Quando o que está montado entra em manutenção ou dá algum defeito, há uma perda considerável de produção, pois os outros 02 TC’s que estão montados na unidade (de menor capacidade) não conseguem suprir as necessidades de gás para os poços e eles seriam substituídos justamente pelos que estão em Macaé; b) MANUTENÇÃO EM TURBOCOMPRESSOR: Em novembro passado o TC de maior capacidade citado acima apresentou um problema na turbina. Como havia 02 outras em terra (das máquinas não instaladas), buscou-se essas, mas elas também estavam com problema. A solução foi enviar a turbina para reparo. O problema é que foi em EMERGÊNCIA (maior custo), quando poderia ir em vias normais, caso as outras estivessem reparadas aguardando uso. Outra coisa estranha é que foi enviada para a GE na SUÉCIA, segundo consta acompanhada por 02 engenheiros, mas poderia ter sido reparada na GE/CELMA em Petrópolis (segundo um funcionário da própria GE); c) DESSALINIZADORA: A dessalinizadora que foi junto com a unidade deu um defeito que não tinha como consertar. Foi adquirida outra, sendo que esta encontra-se em montagem faz cerca de 06 anos, acarretando um custo considerável de água, pois esta precisa de vir de Macaé via rebocador. Segundo informações da gerência, somente no ano passado foram gastos cerca de 5 milhões em água com a plataforma; d) BOMBAS DE INJEÇÃO DE DIESEL: Apareceu uma bomba para injeção de diesel em poços que nunca foi usada. Ficou na plataforma por 03 anos e depois desembarcou. Segundo consta, todas as unidades de Marlim receberam equipamentos similares que também nunca foram usados.”