O Sindipetro-NF recebeu dos trabalhadores e confirmou junto à Petrobrás as ocorrências de falhas em aeronaves, operadas pela empresa Omni, durante dois voos para unidades do Campo de Búzios, no litoral fluminense. O sindicato acompanha os casos e cobra transparência e o máximo de precaução.
A mais recente aconteceu ontem (20), com um AW139, do fabricante Leonardo, que estava indo para a plataforma de Merluza, mas os pilotos também perceberam um aumento da vibração no rotor principal e pousaram a aeronave em Mexilhão. Os pilotos fizeram uma primeira inspeção e identificaram problemas no damper do rotor principal. O equipamento continua na plataforma. A Petrobrás informou que enviou uma equipe de manutenção para a unidade.
Durante a noite de ontem, as aeronaves do mesmo modelo (46 no Brasil), em solo, passaram por um procedimento rigoroso de inspeção pelas equipes de manutenção, com acompanhamento da Petrobrás e seguindo as orientações do fabricante. Até esta manhã, 39 aeronaves haviam sido inspecionadas e liberadas para voo, 3 estavam com inspeção em andamento e outras 4 estavam indisponíveis por outros motivos. Nenhuma não conformidade foi identificada segundo informações repassadas pela Petrobrás.
O Sindipetro-NF, através de ofício, está cobrando a Petrobrás que dê o máximo de transparência sobre tudo que está ocorrendo, tanto para os trabalhadores quanto para o Sindipetro-NF, e também questionando a companhia para que avalie a possibilidade de todas as aeronaves do mesmo modelo em solo até que tenham condições de entender os motivos desse aumento da vibração no dumper do rotor principal.
Já a Petrobrás, alega que as inspeções realizadas, seguindo orientações do próprio fabricante, atendem os requisitos de segurança de voo, e que nenhuma não conformidade foi identificada. Portanto, não há qualquer indício que comprometa a segurança dos trabalhadores e a integridade dos equipamentos.
Outra ocorrência
A primeira ocorrência nesta semana aconteceu na terça, 18, com um modelo H175, fabricado pela Airbus. Os pilotos perceberam um aumento da vibração no rotor de cauda e decidiram retornar ao aeroporto de Maricá, onde a equipe de manutenção mecânica identificou uma falha no procedimento de montagem de um dispositivo chamado damper do rotor de cauda.
Segunda a companhia, às cinco aeronaves do mesmo modelo foram colocadas em solo assim que identificaram o problema. Todas elas foram inspecionadas e como nenhuma não conformidade foi identificada, todas foram liberadas em seguida.
O Sindipetro-NF continua a acompanhar os casos junto à Petrobrás e demais empresas envolvidas, e solicita aos trabalhadores que mantenham o envio de informações sobre estas e outras ocorrências para [email protected].
