NF recebe relatos de assédio moral da gerência em P-20

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O SindipetroNF recebeu a denúncia que o gerente de base da P-20 esteve a bordo na plataforma, um dia depois da notícia veiculada no site do sindicato, e assediou os trabalhadores e trabalhadoras a bordo da unidade.
 
Segundo o NF pôde apurar, o gerente afirmou que no passado o acúmulo de funções dos técnicos de manutenção “era praticado e funcionava muito bem” e que “foi um erro a empresa acabar com isso”. Aparentemente, a “liderança” de P-20 não sabe que aberração do operador mantenedor foi extinta logo depois do acidente da P-36 e que a reestruturação e priorização das atividades exclusivamente ligadas à manutenção foi, inclusive, melhoria indicada pelo relatório de investigação da tragédia.
 
“A se confirmar essa fala, vamos aproveitar as vagas de professores de história no mercado depois da “reforma” educacional do Temer e contratar alguns para lecionar para a gerência da empresa. Afinal, a história acontece como tragédia mas se repete como farsa e se o objetivo da gestão de P-20 é afundar esta plataforma como Parente, FHC e Reichstul fizeram com a P-36, parece que o plano está a todo vapor”, disse o diretor Valdick Oliveira ao saber das denúncias.
 
Para Valdick,  “se a empresa não perdesse tanto tempo assediando seus empregados e o gastasse para aprender com tragédias como a da P-36, não estaríamos nesse período caótico com dezenas de acidentes e uma aeronave tombada em heliponto”.
 
Além da desinformação sobre o período sombrio que a Petrobrás viveu na década de 90, que quase a levou a trocar de nome para Petrobrax, o SindipetroNF recebeu informações de que o gerente a bordo ameaçou demitir trabalhadores e tirar o turno da manutenção “não tenho problemas em demitir ninguém, já demiti mais de 100 e admiti mais de 200” teria dito o gerente. 
 
Esse tipo de fala é absurda, apesar de estar em consonância com o presidente usurpador da empresa que foi anunciado ao lado de Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil do governo Temer e hoje afastado por “problemas de saúde” depois de denúncias de corrupção. O Sindipetro irá pedir esclarecimentos a empresa e está reunindo evidências do assédio moral coletivo. O sindicato tomará todas as medidas cabíveis, interna e externamente, contra a atitude da gestão de P-20.
 
“Tentar impor uma política na base da ameaça e não do debate transparente e efetivo, parece ser o único caminho que a empresa tem para implementar essa atrocidade que eles chamam de  “operador – mantenedor”, pois além de ser imoral, por causa da precarização da função e exploração da mão de obra, é ilegal do ponto de vista do nosso ACT”, afirma o coordenador geral do SindipetroNF Marcos Breda.
 
“Essa semana vamos tomar todas as providências cabíveis”, finalizou Breda.
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