Em reunião com a gerência geral do terminal de Cabiúnas, a diretoria do Sindipetro-NF reafirmou, nesta quinta, 5, sua crítica em relação ao fato de a empresa não ter inserido o sindicato nos trabalhos de análise do grave vazamento de gás ocorrido na unidade em 6 de novembro de 2008. Criticou, também, o fato da CIPA não ter sido convidada a indicar formalmente um participante em uma reunião extraordinária.
O sindicato também questionou a gerência acerca do relatório sobre o caso apresentado na reunião. Para a entidade, a empresa não tratou de toda a ocorrência, mas apenas das suas conseqüências, deixando de lado a descrição do acidente a das suas causas.
Segundo a gerência, a ocorrência em si e seu controle não foram motivos de preocupação, pois foram tratadas corretamente a preocupação maior foi com a forma como a contingência gerada foi tratada.
A gerência comprometeu-se a formar uma comissão para consolidar o relatório com a inclusão das causas da ocorrência e a análise do tratamento da contingência, com a participação do sindicato.
Para o NF, qualquer vazamento de gás deve ser tratado como ocorrência grave e deve, por isso, ter a participação formal da entidade e da CIPA na apuração, como prevê o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e a NR-5.
Outras ocorrências
Durante a reunião, também foram apresentadas outras duas análises de acidentes. A primeira, do instrumentista que sofreu queimadura no dia 24 de dezembro de 2008. E outra, de um vazamento de GLP no momento do carregamento no dia 21 de janeiro de 2009.
Foram feitas algumas sugestões de modificações no relatório do acidente de 21 de janeiro para registrar o reconhecimento de que o procedimento havia sido cumprido, porém havia incorreções nesse procedimento. Nesse caso houve participação do sindicato na apuração, por meio do diretor Gedson Almeida Ferreira.
Os diretores do sindicato destacaram a preocupação com o descumprimento de procedimentos de segurança nos dois primeiros acidentes relatados, e com a incorreção identificada no procedimento relacionado ao terceiro acidente. O sindicato não quer que isso passe a ser rotina no terminal.
Mudança no horário
A gerência solicitou ao sindicato autorização para fazer uma consulta aos trabalhadores do turno sobre a mudança de horário de trabalho. A intenção da empresa é realizar um teste, antecipando em uma hora o horário dos turnos do terminal. O objetivo seria reduzir o impacto do alto fluxo de veículos nas estradas no horário de troca.
O NF destacou a importância desta consulta ser feita de forma transparente e ampla, e que seja respeitada a vontade da maioria dos trabalhadores. Para o sindicato, as dificuldades de deslocamento observadas no horário de troca atual serão muito semelhantes ao horário atual. A entidade avalia que é preciso considerar com cuidado o impacto da mudança sobre a rotina dos trabalhadores.