Diretores do Sindipetro-NF estiveram reunidos, ontem, com integrantes da gestão da APCAB (Ativo de Processamento de Cabiúnas), em Macaé, para tratar de demandas da categoria. Fizeram parte da pauta assuntos relacionados à alimentação, transporte, trânsito, abono de horas, entre outros. O sindicato foi representado pelos diretores Sérgio Borges (coordenador geral), Marcelo Nunes, Alexandre Vieira, Marcos Botelho e Benes Júnior.
Confira alguns encaminhamentos sobre os temas tratados:
Alimentação ruim
O sindicato voltou a cobrar a melhoria na qualidade da alimentação servida no restaurante e fornecida por empresas, assim como preços abusivos. A entidade tem recebido relatos dos trabalhadores de que há controle excessivo da quantidade de alimentos distribuído para cada trabalhador, com cobrança pública dos trabalhadores do restaurante, gerando insatisfação, deficiência alimentar e impactos na saúde. Os representantes da empresa afirmaram que vão trabalhar no sentido de melhorar o contrato com a empresa prestadora do serviço, que está em época de mudança.
Mudança nas rotas dos ônibus
O Sindipetro-NF pontuou que as rotas dos ônibus estão desatualizadas, gerando atrasos na troca de turma. Há casos de veículos passando por locais onde não há mais trabalhadores, mesmo após alertas à gestão. A revisão dessas rotas está em andamento há mais de um ano, sem retorno efetivo.
A empresa informou que está desenvolvendo uma roteirização dinâmica, com base no cadastro online dos trabalhadores que utilizam o transporte. Um projeto piloto já está em funcionamento em uma das linhas que saem de Campos, e os primeiros resultados são promissores: a gestão afirma que houve redução de mais de 30 minutos no tempo de deslocamento nessa linha. A expectativa, segundo a empresa, é que, com a implementação completa da nova roteirização em todas as rotas, o tempo médio de trajeto seja reduzido pela metade para a maioria das linhas, especialmente as que atendem aos trabalhadores do TECAB.
Falta de carros dentro da unidade para realização de transporte interno.
O sindicato apontou o problema da falta de carros para o transporte interno, o que gera um atraso nos serviços que demandam deslocamento dos trabalhadores. A empresa afirma que ampliou de duas para quatro o número de vans disponibilizadas, para reduzir o problema.
Abono das horas do plano PAE
Os representantes do NF relataram os problemas com a mudança na forma de exercer o direito de utilizar o abono das horas para o PAE para o pessoal de turno. A empresa se prontificou a realizar uma reunião com os trabalhadores atingidos para buscar uma solução.
Riscos no trânsito interno e externo
O sindicato apontou ainda a existência de conflitos de rotas para trânsito de veículos e de pessoas dentro do terminal de
Cabiúnas, o que é um risco conhecido e que já causou a morte de uma trabalhadora no ano passado. Na parte externa, na rodovia, a preocupação é com o estacionamento em locais perigosos e indevidos. A empresa afirmou que vai melhorar a identificação das rotas e a conscientização sobre o uso correto das áreas de estacionamento.
Assuntos extras: PGR e integração das Cipas
Embora não estivessem na pauta inicial, os diretores do sindicato também cobraram soluções para duas questões importantes: a primeira é a diferença de critérios entre os Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR) aplicados aos trabalhadores da Transpetro cedidos à Petrobras. Mesmo atuando no mesmo local, esses profissionais estavam sendo submetidos a tratamentos distintos, o que o sindicato considera inaceitável. A entidade exigiu igualdade no tratamento entre todos os trabalhadores.
A segunda cobrança foi sobre a integração das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) da Petrobras e da Transpetro. Atualmente, cada empresa mantém sua própria comissão, sem articulação entre elas. O sindicato defendeu a necessidade de um processo de integração entre as Cipas, para ampliar a efetividade das ações de prevenção e segurança no ambiente de trabalho.
