O Sindipetro-NF participou hoje de reunião com a Secretaria Estadual de Saúde para discutir a exposição da categoria petroleira à Covid-19. A entidade reforçou a preocupação com a disseminação da doença nas instalações da Petrobrás e indicou ações que podem contribuir na prevenção.
O sindicato foi representado pelo coordenador do Departamento de Saúde, Alexandre Vieira, que foi recebido pela especialista em Gestão de Saúde do órgão estadual, Dayse Muller Fernandes. Também participaram a secretária da Comissão de Saúde da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Carla Falcão, e um representante do gabinete da deputada estadual Martha Rocha (PDT).
O coordenador do Departamento de Saúde da entidade, Alexandre Vieira, apresentou dados que mostram a incidência da Covid-19 entre os petroleiros e petroleiras. Ele lembrou que, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), mais de 70% das contaminações ocorrem a bordo das plataformas e demais unidades marítimas, atribuindo essa disseminação ao descumprimento das recomendações do MPT (Ministério Público do Trabalho) por parte da Petrobrás.
O sindicalista destacou ainda que a alta movimentação da categoria os transforma os trabalhadores em vetores da doença. Somente no estado do Rio, 50 mil petroleiros estão em circulação. São trabalhadores de diferentes partes do país e até do exterior. Vieira lembra que o primeiro caso da variante indiana foi detectada em um trabalhador de Campos dos Goytacazes.
O sindicato relatou problemas como a subnotificação ou ocultação dos casos para as entidades, falta de atenção médica presencial durante a quarentena, prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada e falta de testagem em massa.