A diretoria do Sindipetro-NF lamenta profundamente mais uma tragédia ocorrida hoje, 25, no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, quando mais uma barragem da Mina do feijão rompeu levando destruição e morte por onde passaram seus rejeitos.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros três mortes foram confirmadas e 200 pessoas estão desaparecidas. Entre eles podem estar trabalhadores da Vale, porque na rota havia uma área administrativa e refeitório.
A barragem rompida era usada para contenção de rejeitos em eventos de emergência. Segundo o IBAMA, a barragem teria capacidade para um milhão de metros cúbicos.
Três anos atrás, em novembro de 2015, uma tragédia semelhante aconteceu na cidade de Mariana/MG. Morreram 19 pessoas do distrito de Bento Rodrigues, além de a lama tóxica ter deixado um rastro de destruição pela extensão do Rio Doce até o Oceano Atlântico, com prejuízos ambientais incalculáveis. As duas barragens pertencem à empresa Vale, que foi privatizada durante o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.
Nada foi aprendido com a tragédia de Mariana! Nada foi feito para impedir novos acidentes, principalmente num estado com 50 barragens com potencial de rompimento. O Sindipetro-NF deixa seu repúdio ao tratamento dado às empresas responsáveis por crimes ambientais em nosso país, principalmente à Mineradora Vale que prioriza o lucro ao invés da vida das pessoas. Esses crimes tem que ser rigorosamente investigados, punidos e reparados.