No NF o indicativo de mobilização para o feriado de 7 de setembro é intensificar a luta pela segurança. As plataformas foram orientadas para realizarem assembleias com o objetivo de elaborar ou revisar as listas de pendências de segurança.
O sindicato está reunindo informações atualizadas sobre as condições de saúde e segurança nas plataformas para confrontar com as alegações da Petrobras nas reuniões sobre o assunto com o MTE. O MTE está realizando verificações nas unidades gradualmente, pois é grande quantidade de denuncias e reduzido o pessoal disponível para as auditorias.
Veja abaixo a lista de pendências da P-10 e a revisão enviada pela P-19 . Todas as unidades estão convocadas a intensificar a luta por segurança.
Plataforma: P-10
1- PISOS DE CONVÉS.
– A chaparia do convés superior proa, está em grande área comprometida, apresentando corrosão em grande extensão e furos na chaparia. Isto põe em risco os trabalhadores que a qualquer momento podem ferir-se:
– Gotejamento em compartimentos abaixo dos conveses.
– Esta situação já provocou a parada da atividade fim, Perfuração, porque águas pluviais, atingiram a sala de máquinas e os GERADORES ELÉTRICOS. Atingiram também a Sala dos “SCRs” (Retificadores Controlados de Silício), que controlam e distribuem a energia para toda a plataforma.
2- TORRE DE PERFURAÇÃO.
– A ESTRUTURA DA TORRE ESTA DETERIORADA, porque já a alguns anos não esta sendo praticado pela gerência P-X, uma programação adequada e necessária de tratamento anti corrosivo e pintura em toda a unidade marítima. Tem-se notícia que não há mais equipe de pintores a bordo, mantendo-se “UM” pintor para “constar”.
– Durante as operações têm sido constante o desprendimento de partes da estrutura, tal o grau de corrosão, aumentando o risco de acidentes.
– BLOCO DE COROAMENTO, já foi causa de parada de operação sem causar vítimas, e após inspeção constatou-se fadiga no equipamento.
3- SALAS DE BOMBAS
– É GRAVÍSSIMA a condição das tubulações, válvulas, e equipamentos diversos, como o de Proteção Catódica que estão sem operar, comprometendo a integridade da estrutura naval, e com risco grave de inundação.
4- ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
– É DEFICIENTE o fornecimento de água potável aos embarcados em P-10.
Desde a última obra em estaleiro no Porto de Angra dos Reis, RJ, em 2005, que “NÃO HOUVE PROJETO”, para redimensionar o fornecimento de água causado por acréscimo de lotação, construção de mais camarotes.
Dentre outros pontos destaque-se o sub-dimensionamento das bombas, rede de distribuição, para o efetivo e consumo atual.
– O FILTRO DE ÁGUA POTÁVEL já está sub-dimensionado desde antes de 1998, quando a P-10, fez obra de mais de um ano, e não teve corrigido esta falha.
5- ELEVADORES DE ACESSO AOS SUBMARINOS/SALAS DE BOMBAS
– Estes equipamentos oferecem riscos graves e constantes aos operadores.
– Com são hoje, seu acesso no convés principal, para o operador, é de operação difícil porque suas portas internas e externa são intrínsicamente “INSEGURAS”. Esta situação já fez parte das pendências da CIPA, não foi corrigida e mesmo assim retirada.
6—SAÍDAS de EMERGÊNCIA DOS ELEVADORES.
– Este RISCO É GRAVE: as saídas de emergências já foram também registradas na CIPA e não resolvidas. Aos operadores, é extremamente difícil, usar estas saídas. Há que se considerar que o recomendável é a substituição de sistema de acionamento que é de cremalheira por de cabos de aço. Isto feito as saídas poderão ser aumentadas e adequadas ao bio-tipo ocidental-pessoas de porte médio e grande. Lembrar que a plataforma foi construída no Japão e as saídas construídas para aquele bio-tipo, pessoas de porte pequeno.
7- ANCORAGEM
– Guinchos de ancoras, em estado avançado de corrosão e conservação precária, causando risco aos operadores e às operações.
– Paiol de amarras, estão com sua chaparia degradadas (baixa espessura) tendo sido sua substituição por diversas vezes adiada.
8- COMUNICAÇÃO DE e PARA BORDO
– Denúncia de Cárcere Privado, tem sido relatada ao SindipetroNF, porque o uso do telefone para comunicação com o mundo exterior está sendo restringido pela gerência de P-10. Entre os relatos consta que as ligações para bordo só serão transferidas ao trabalhador em hora de folga, e situação de emergência particular.
– Os ramais de bordo foram reclassificados em suas prioridade, o que inviabiliza as ligações de grande parte do efetivo a bordo que diluía suas comunicações ao logo do dia.
COMENTÁRIO GERAL:
1- É sentimento de muitos a bordo que com os diversos “adiamentos” da ida da P-10, para estaleiro e realizar obras, está a gerência intencionalmente ou não, a provocar o SUCATEAMENTO DA P-10.
2- É com apreensão que se observa esta situação, quando se acompanha o que está a acontecer com a P-23. Foi direcionada para obras e estas ao não se realizarem por má administração, implica em que os trabalhadores daquela unidade têm sido relegados ao não “EMBARQUE”, com conseqüências danosas a suas vidas funcionais e particulares.
3- Estas denúncias, e tantas mais aqui não elencadas, servem de alerta á gerencia de P-10, que seus trabalhadores estão alertas e dispostos a referendar a luta necessária para mostrar seu grau de insatisfação com a insegurança no local de trabalho e a ambiência.
Plataforma: P-19
|
|
|
Pendências Relatadas
|
Situação Atual
|
Observação
|
1 – Caps dos header’s de gás lift e óleo apresentando corrosão severa;
|
Foram realizados serviços de trepanação nos poços de óleo produtores, nos reservas e nos não produtores. Nos poços de gás o serviço foi realizado em apenas um poço
|
Informações repassadas pelo geplat – o prazo foi prorrogado até dezembro de 2009
|
2 – Trechos do oleocuto com baixa espessura e reparos com resina;
|
Continua
|
Informação repassada pelo geplat em reuniões – a resina foi revalidada por mais um ano
|
3 – Vazamentos de gás no TC-B;
|
Sanado
|
|
4 – Injeção de produtos químicos com interligações adaptadas comprometendo a segurança dos operadores;
|
Houve uma melhora com o rearanjo com tubos flexíveis, ainda não é o ideal (tubos rígidos)
|
Percepção de riscos nesse caso de todos que estavam na assembleia
|
5 – Integridade das linhas do oleoduto próximo às ZVm, com trechos abaixo da espessura mínima de projeto;
|
Faz referência ao item 2
|
|
6 – Reavaliação da ambiência da unidade;
|
Permanece ruim a ambiencia
|
Foi criado um grupo de estudo/trabalho mas não houve andamento
|
7 – Cursos normativos vencidos;
|
Ainda existe descontrole
|
Pessoas com cursos normativos vencidos
|
8 – Turno noturno com apenas um técnico de estabilidades;
|
Continua
|
Percepção de riscos nesse caso da maioria dos presentes na assembeia – Há a necessidade de 2 operadores de lastro no turno da noite.
|