Grande parte dos problemas de saúde dos trabalhadores embarcados decorrem não diretamente do sobreaviso, mas do tempo em que o trabalhador passa em confinamento na plataforma. Para o advogado Normando Rodrigues, os petroleiros deveriam começar a pensar em uma luta pela redução no tempo do embarque, para um período, por exemplo, de sete dias.
Rodrigues lembra que a redução do tempo do embarque ajudaria a gerar menos impactos sociais e de saúde na vida dos trabalhadores, como os relacionados aos distúrbios do sono e das relações afetivas com familiares e amigos.
O coordenador geral do NF, José Maria Rangel, também lembrou que, além disso, os trabalhadores devem se conscientizar de que não é uma boa prática o costume de fazer horas extras. “Nosso foco principal não pode ser hora extra, tem que ser abertura de novos postos de trabalho. Quando a gente fica fazendo hora extra para ganhar mais, estamos fazendo um gol contra”, disse José Maria.
Imprensa do NF – 04.10.2007