NOTA DE REPÚDIO – PUNIÇÃO PARA JAIR BOLSONARO

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Da imprensa da CUT/RJ – O deputado federal Jair Bolsonaro, do PP do Rio de Janeiro, já é bastante conhecido dos trabalhadores brasileiros. Ele costuma votar sempre contra projetos do interesse da classe trabalhadora. Mas Bolsonaro não é apenas um parlamentar contra os trabalhadores. Ele é contra as mulheres, os negros, os índios e homossexuais. Incita o ódio de classe e defende a volta da ditadura militar. E agora Bolsonaro se assume como um estuprador confesso.

Na última terça-feira, dia 9, em discurso na Câmara Federal, o deputado não deixou dúvida sobre o seu perfil, ao afirmar que só não estupraria a deputada federal Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul, porque ela não merece. Disse mais: que o governo federal está trazendo para o Brasil a “escória do mundo” ao facilitar a entrada de haitianos, contratar médicos cubanos e permitir que iranianos não precisem de visto para visitar o país.

Esse é Bolsonaro, um inimigo público dos trabalhadores e da democracia. Não dá mais suportá-lo. Ele precisa ser punido em todas as instâncias possíveis.

Na Câmara Federal, partidos como PT, PCdoB e Psol já anunciaram que vão entrar com representação no Conselho de Ética da Casa, pedindo o enquadramento do parlamentar. Nas redes sociais, já circulam abaixo-assinados defendendo a cassação do mandato do deputado.

Queremos manifestar aqui a nossa solidariedade à deputada Maria do Rosário e dizer que o movimento sindical não se dobrará diante de mais uma violência contra uma combativa parlamentar e, por extensão, contra os trabalhadores. Não nos calarão!

Vale lembrar que o discurso raivoso de Bolsonaro foi em resposta a uma fala de Maria do Rosário, que registrava o encerramento dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade e que, em seu relatório final, a Comissão pede a punição de militares que mataram, torturaram e perseguiram ativistas políticos na época da ditadura militar.

A CUT deu a sua contribuição à Comissão da Verdade, tendo participado ativamente da apuração de casos de crimes praticados pela ditadura, que vitimaram centenas de trabalhadores. Queremos agora punição para os torturadores, assim como exigimos punição para Bolsonaro.

Entendemos que a ausência de punição ao parlamentar estimulará nas ruas as frequentes agressões contra mulheres, negros, índios, nordestinos e homossexuais. A sociedade brasileira saberá responder a essa onda de violência e a CUT está firme nessa luta contra os inimigos públicos dos trabalhadores.

Assinam esta Nota:

 

INDALÉCIO W SILVA

• Secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RJ

• Secretário de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro

• Secretário Sindical Nacional do PT

 

AURÉLIO ANTONIO DE MEDEIROS

• Secretário Geral da CUT-RJ

• Presidente da Federação dos Químicos do RJ-CUT

• Secretário Sindical do PT do Estado do RJ