AOS COMPANHEIROS DA BACIA DE CAMPOS
Em cenário grave, reeleição de Deyvid é ainda mais essencial para os trabalhadores
O resultado da votação, no Senado, da proposta que retira da Petrobrás a condição de operadora única do pré-sal é sinal contundente da gravidade da exposição da companhia no atual cenário político brasileiro. Diante de um governo acuado e vacilante em relação ao tema, a direita avança como há muito não se via, e conquistas importantes da última década estão seriamente ameaçadas.
Para o Sindipetro-NF, o governo federal errou ao trair os petroleiros neste episódio da votação do Senado e tem sido sistematicamente negligente em relação à Petrobrás, mantendo nos postos de comando da empresa gestores reacionários que não estão afinados com os propósitos sociais e históricos da companhia. São agentes do mercado que não estão à altura da grandeza da Petrobrás para os brasileiros e para o Brasil.
Somada a isso, a campanha midiática alimentada pelas ações carnavalescas e seletivas da Operação Lava Jato minam a cada minuto a imagem da empresa, que, a despeito de manter bons resultados operacionais e de registrar contas semelhantes ou até melhores que das demais multinacionais do setor, é descrita como se estivesse em ruínas e à beira da falência.
Mais grave ainda é a constatação de que, internamente, grupos comprometidos com acionistas e empreiteiros atuam em conluio com os entreguistas do Congresso Nacional, ao contrário de cumprirem aquele que deveria ser o papel de um gestor da Petrobrás: defender a empresa.
Por isso, parte do grande esforço da categoria petroleira consiste em ocupar espaços por meio de vozes que se oponham, com ações qualificadas e concretas, a todo este estado de desmonte da companhia. Um destes espaços é a nossa representação no Conselho de Administração da empresa, uma conquista obtida após muitos anos de luta e que precisa ser honrada com a atenção e o peso devido de cada trabalhador.
Um de nós, petroleiros, no CA, não resolve todos os problemas da empresa, mas oferece um contraponto permanente ao entreguismo, tanto interno quanto externo, aumenta o acesso aos debates e dados da empresa e legitima uma voz alternativa diante da sociedade — que estará capacitada para dar outras versões sobre as necessidades e caminhos da companhia.
Neste último ano, esta voz tem sido a de Deyvid Bacelar, que cumpriu com brio a sua missão em um primeiro mandato e está ainda mais qualificado para uma nova etapa. Sua atuação impecável se torna indispensável neste cenário de acentuação dos ataques à empresa e da investida voraz sobre o pré-sal. Ele atua para municiar o debate e aglutinar forças em defesa da companhia, dentro e fora da categoria.
O Conselho de Administração é a instância máxima de decisões da empresa e é muito importante que cada trabalhador não abra mão do seu direito de se fazer representar. Na Bacia de Campos, infelizmente, foi baixa a participação dos petroleiros no primeiro turno, o que precisa ser revertido no segundo turno, em votação que se encerra neste domingo, 28.
Além de reeleger Deyvid, em chapa com Bob Ragusa (1010), é fundamental que esta reeleição se dê com votação expressiva, especialmente em uma região estratégica como a Bacia de Campos, para que a nossa voz seja ainda mais ouvida nos processos decisórios da empresa.
Temos muita luta pela frente, nas ruas, no Congresso, no governo e também na empresa. Não podemos abdicar de nenhum espaço e de nenhuma frente de batalha. Não deixe de votar, faça a sua parte de modo consciente, não renuncie ao seu papel de petroleiro e de brasileiro.
Diretoria do Sindipetro-NF
Macaé, 26 de Fevereiro de 2016