O Sindipetro-NF recebeu neste fim de semana um relato que confirma o que a entidade tem demonstrado há meses: o confinamento pré-embarque feito pela Petrobrás em hotéis não é eficaz na prevenção à covid-19.
Um petroleiro que chegou para ser hospedado em Campos dos Goytacazes foi informado, no hotel, que ele faria o teste de covid-19 no local, mas que seria encaminhado para outro hotel. O sindicato preservará o nome do trabalhador e dos hotéis.
No outro hotel para onde foi levado no ônibus da empresa, o petroleiro verificou que não havia nenhum preposto da Petrobrás, o chamado “síndico”, e também nenhum segurança patrimonial orientando o acesso.
Os trabalhadores, portanto, estão em um hotel comum, convivendo com outros hóspedes, podendo entrar e sair a hora que quiserem, não passando na realidade por nenhum confinamento.
O sindicato obteve a informação que todos desse grupo tiveram o embarque bloqueado, porque dois trabalhadores tiveram resultados inconclusivos e um positivo. Como foram transportados no mesmo ônibus estão sendo considerados contactantes.
Para o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira, esta é mais uma mostra de que a Petrobrás deve seguir os procedimentos indicados pelo sindicato, referendados pela Fiocruz, e “acabar com a farsa dos hotéis”.
O procedimento indicado pelo sindicato prioriza as testagens — antes, durante e depois do embarque — e o uso de máscaras de alta qualidade. A entidade tem denunciado que o confinamento pré-embarque não está produzindo efeito prático na prevenção.
A entidade mantém o chamado para que os trabalhadores e trabalhadores continuem a enviar informações sobre as condições de saúde e segurança em todos os locais de trabalho do setor petróleo, tanto em terra quanto no mar.
Atualizada às 17h42 do dia 20/04/2021