Da Imprensa da FUP – Em 2002, no final do governo do PSDB, os investimentos da Petrobrás representavam apenas 3% do PIB. Hoje, a estatal é responsável por 13% da riqueza nacional. Em 2002, os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás beiravam 2,8 bilhões de dólares, menos do dobro do que era investido em 1994. Nos governos Lula e Dilma, os investimentos no E&P foram multiplicados por dez, chegando a 30 bilhões de dólares em 2013. Se compararmos o volume total de investimentos da Petrobrás entre 2002 e 2013, os números são igualmente impressionantes: os valores passaram de U$ 6,4 bilhões para 52,2 bilhões de dólares!
Mas, o desmonte promovido pelo PSDB nos anos 90 foi além do E&P. Sucatearam completamente o Cenpes e a Engenharia e ainda desmantelaram o setor de transportes de petróleo e derivados, criando a Transpetro. Os tucanos também entregaram 30% da Refap à multinacional Repsol e prepararam a venda de parte da Reduc, das Fafens e de outras refinarias.
A partir de 2003, o Cenpes passou a ser fortalecido com investimentos estratégicos, mais do que dobrou suas instalações e fez convênios com centros de pesquisas de dezenas de universidades pelo país afora. Somente entre 2003 e 2012, a Petrobrás registrou 450 patentes! O parque de refino também foi modernizado e, pela primeira vez em décadas, a Petrobrás está construindo novas refinarias. Soma-se a isso a produção do pré-sal, que já gira em torno de 650 mil barris diários de óleo e gás, em apenas oito anos desde que foi descoberto.
Redução X Recomposição de efetivos
A Petrobrás chegou a ficar mais de uma década sem realizar concursos públicos nacionais. As admissões eram pontuais e localizadas. O resultado é que na década de 90, os efetivos de trabalhadores próprios foram reduzidos praticamente à metade. A política do PSDB de desmantelamento da empresa levou à terceirização de atividades-fim, processo que foi intensificado e só será estancado com a continuidade dos concursos públicos retomados nos últimos anos. Entre dezembro de 2002 e dezembro de 2013, a Petrobrás contratou 39.368 petroleiros. Na década anterior, o caminho foi inverso: entre 1994 e 2001, a empresa retirou de seus quadros 16.048 trabalhadores. A continuidade dos concursos públicos é que garantirá a recomposição dos efetivos, dando oportunidade para que os trabalhadores terceirizados sejam admitidos pela empresa.
Petrobrás gera 400 mil empregos só no setor naval
Na década passada, a construção naval brasileira, que já foi considerada uma das maiores do mundo, vivia uma crise profunda, em função do desmonte que sofreu nos anos 90. Quando a Petrobrás, por decisão política do governo Lula, passou a encomendar navios, sondas e plataformas no Brasil, o setor voltou a se reerguer e hoje é um dos que mais geram emprego e renda no país.
Em 2003, a indústria naval contava com apenas dois estaleiros e empregava 7.465 trabalhadores. Em pouco mais de dez anos, o Brasil ganhou oito novos estaleiros e mais de 700 empresas de navipeças. O setor já gera hoje 80 mil empregos diretos e aproximadamente 320 mil indiretos. As encomendas da Petrobrás e do pré-sal são responsáveis por mais de 90% da produção da indústria naval brasileira, que nos próximos seis anos entregará à estatal 295 embarcações.