O PETRÓLEO É DO POVO E O POVO DISSE NÃO AO LEILÃO!

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FUP e movimentos sociais ocupam Avenida Paulista em mega ato contra os leilões de petróleo

Na semana da pátria, milhares de trabalhadores do campo e da cidade ocuparam o coração financeiro do maior estado do país para denunciar os males da privatização da energia e exigir a suspensão dos leilões de petróleo e das hidrelétricas. Caravanas com petroleiros de São Paulo, Paraná/Santa Catarina, Norte Fluminense e Minas Gerais, além de representações do Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul,  fortaleceram o ato público realizado pela FUP e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A mobilização atraiu centenas de militantes da Via Campesina, do Levante Popular da Juventude, entre outros movimentos sociais, e tomou a Avenida Paulista, em uma das maiores manifestações dos últimos tempos em defesa da soberania energética.
O ato do último dia 05 reuniu mais de três mil manifestantes e mobilizou por mais de cinco horas a principal avenida da capital paulista, com paradas em frente à sede da Petrobrás e no escritório da Secretaria Geral da Presidência da República, onde foi protocolada uma carta cobrando da presidenta Dilma a suspensão do leilão de Libra. Do alto do carro de som, lideranças sindicais, estudantis e dos movimentos populares chamavam a atenção para os prejuízos causados pela privatização da energia e os riscos da continuidade da entrega do petróleo e das hidrelétricas às multinacionais. 
“Lutamos pela soberania, por um novo modelo energético, para que as grandes transnacionais não controlem a energia em nosso país”, disse Gilberto Cervinski, do MAB.  “O que está em jogo é se vamos manter a soberania do povo brasileiro sobre o pré-sal e nossas demais reservas de petróleo ou se vamos deixar que o cartel estrangeiro tenha esse controle”,  alertou o coordenador da FUP, João Antonio Moraes. 
A manifestação contou também com a participação da CUT, CGTB, CTB, CNQ, CMS, entre outras entidades e organizações populares. Veja a cobertura completa na página da FUP: www.fup.org.br

Editorial

Espionagem dos EUA é a senha para o cancelamento do leilão de Libra

O imperialismo norte-americano tomou de assalto computadores e linhas telefônicas dos cidadãos pelo mundo afora, bisbilhotando desavergonhadamente a vida alheia, com a desculpa esfarrapada de combate ao terrorismo. Entre as vítimas da espionagem comandada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) estão os presidentes do Brasil e do México, que tiveram suas gravações telefônicas grampeadas e e-mails rastreados. 
Trata-se de dois países estratégicos na geopolítica do continente americano e ricos em reservas de petróleo e gás. Não foi por acaso que a Marinha dos Estados Unidos reativou em 2008 a sua Quarta Frota, que estava fora de operação desde 1950, e passou a “patrulhar” o Atlântico Sul justamente após o anúncio da descoberta do pré-sal. Da mesma forma que não é por acaso que a presidenta Dilma tenha suas conversas monitoradas por Washignton às vésperas do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta petrolífera da atualidade. 
A desculpa de combate ao terrorismo não convence ninguém. Não passa de cortina de fumaça para escamotear a verdadeira intenção do governo dos Estados Unidos. “É o petróleo, estúpido!”, como diria o consultor político do ex-presidente Bill Clinton, que consagrou a expressão “é a economia, estúpido” ao repercutir os efeitos do mercado nas campanhas eleitorais. O jornalista Glen Greenwald, responsável pela divulgação das denúncias do ex-agente da NSA, Edward Snowden, já deixou claro para o Congresso brasileiro que o principal objetivo dos Estados Unidos com a espionagem é a obtenção de informações comerciais e industriais, como na área de energia e petróleo.
As gigantes norte-americanas do setor já sinalizaram para a ANP que participarão do leilão de Libra, marcado para ocorrer na mesma semana da viagem da presidenta Dilma a Washington. Estamos falando da ExxonMobil, a maior petrolífera do planeta, da Chevron (terceira maior), da ConocoPhillips, entre outras que provavelmente estão a par de informações privilegiadas sobre as nossas reservas. 
O leilão de Libra por si só já representa um crime de lesa pátria. Envolve um patrimônio avaliado em pelo menos um trilhão de dólares, que o governo brasileiro pretende leiloar por 15 bilhões de reais. A espionagem dos Estados Unidos, que estão de olho no pré-sal faz tempo, é a gota de óleo que faltava ser derramada nesse escandaloso jogo de cartas marcadas. Preservar Libra das garras imperialistas, mais do que uma questão econômica, é garantir a soberania nacional.   

Pressão da CUT barra votação do PL 4330

Projeto da terceirização só voltará à pauta após audiência pública no dia 18

Sob forte repressão da Polícia Legislativa, cerca de três mil militantes da CUT impediram que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados Federais (CCJC) colocasse em votação nesta última semana o Projeto de Lei 4330. Apesar da truculência dos policiais, que usaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e cassetetes contra os sindicalistas, dirigentes da FUP e outras lideranças cutistas conseguiram entrar na Câmara e pressionar os parlamentares. 
As sessões da CCJC dos dias 03 e 04 foram suspensas e a CUT ainda conseguiu impedir que o requerimento de urgência sobre o PL 4330 fosse para a pauta de votação do plenário da Câmara, como queriam alguns parlamentares da Comissão. A pressão dos trabalhadores também garantiu a convocação de uma Comissão Geral (espécie de audiência pública no plenário da Câmara) para discutir o conteúdo do Projeto e sua tramitação. A audiência será no dia 18 de setembro e até lá, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assumiu o compromisso de que o PL 4330 não será posto em votação. 
A orientação da CUT é de que os sindicatos voltem a enviar caravanas a Brasília no próximo dia 18 e continuem pressionando os parlamentares em seus estados contra o projeto, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, flexibiliza direitos e precariza ainda mais a situação dos trabalhadores terceirizados. A FUP orienta os petroleiros a enviarem e-mails aos deputados de seus estados, com manifestações contrárias ao PL 4330. Acesse na página da FUP a relação com os contatos dos parlamentares que integram a CCJC.

Negociação com a Petrobrás

Antecipação da inflação será de 6,09%. FUP cobra resposta para demais reivindicações

Saiu esta semana o índice da inflação de agosto, fechando, assim, o acumulado dos últimos doze meses. Em resposta à reivindicação da FUP, a Petrobrás e subsidiárias concordaram em antecipar a correção da inflação, propondo, como nos últimos anos, o IPCA, cujo acumulado é de 6,09%, contra 6,53% do ICV/Dieese, índice historicamente reivindicado pelos petroleiros. Além dos salários e benefícios dos aposentados e pensionistas do Plano Petros que repactuaram, serão reajustados também os valores da RMNR, da Gratificação de Campo Terrestre, do Adicional do Estado do Amazonas e do auxílio almoço, que passará de R$ 698,06 para R$ 740,57.
A FUP cobrou uma resposta da Petrobrás para as demais reivindicações da categoria, bem como um calendário de novas rodadas de negociação. Até agora, a empresa só agendou uma reunião na quarta-feira, 11, para tratar do regramento das PLRs futuras.

Presidenta da Petrobrás recebe pauta do Coletivo Nacional de Petroleiras da FUP 
O Coletivo Nacional de Petroleiras da FUP reuniu-se no último dia 03 com a presidenta da Petrobrás, Maria das Graças Foster, para apresentar as principais reivindicações relacionadas às condições de trabalho e saúde da trabalhadora, bem como combate aos assédios moral e sexual.  As petroleiras e dirigentes da FUP ressaltaram que a melhoria das condições de trabalho e saúde da mulher é bandeira da campanha reivindicatória e cobraram empenho da direção da Petrobrás para que as negociações avancem no atendimento das principais reivindicações da categoria. 
As representantes do Coletivo de Petroleiras da FUP apontaram para a presidenta da empresa a necessidade do cumprimento das ações previstas no Selo de Pró Equidade de Gênero e Raça, da qual a Petrobrás é signatária, e cobraram participação no Comitê que integra o programa. Graça Foster se comprometeu em buscar informações e se empenhar pessoalmente para atender à demanda. A reunião da presidenta da Petrobrás com o Coletivo foi um compromisso assumido pessoalmente por ela durante o I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas, em abril deste ano, que contou com a presença de trabalhadoras de vários estados do país. 
Veja na página da FUP a íntegra das reivindicações apresentadas a Graça Foster:www.fup.org.br/2012/noticias/manchetes/2221744-coletivo-nacional-de-petroleiras-da-fup-leva-reivindicacoes-a-graca-foster

Grito dos excluídos tem como foco a juventude
“Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”. Este é o lema que será levado às ruas do país neste sete de setembro, quando os movimentos sociais realizam a 19ª edição do Grito dos Excluídos. A ideia é chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos jovens, como a violência e o extermínio, principalmente nas periferias das cidades.