O que comemorar no dia do aposentado?

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Os aposentados brasileiros tem pouco a comemorar neste dia 24 de janeiro, data  em que se comemora o Dia do Aposentado.  Quem se aposenta pelo INSS como é o caso dos trabalhadores do setor privado tem enfrentado uma enorme queda no poder aquisitivo por conta dos reajustes inferiores à inflação pelo segundo ano consecutivo.

Segundo a Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) , a defasagem das aposentadorias mais altas em relação ao aumento do piso nacional chega a 87,28%. Esse é percentual acumulado de perda do poder de compra dos segurados que recebem mais do que o piso, no período de 1994 a 2019, ou seja, desde o início do Plano Real.

Essa falta de reconhecimento da pensão do aposentado vem exatamente numa época em que os planos de saúde são os mais caros, há um gasto excessivo com medicamentos e se tem custo de vida cada vez mais caro. Todas essas despesas levam quase toda a renda mensal do aposentado que fica sem dinheiro para qualquer tipo de lazer.

Já os aposentados da Petrobrás e Subsidiárias tem enfrentado um grave problema relacionado ao fundo de pensão Petros, que tem a ver com o equacionamento do Déficit.  Um Plano de Equacionamento do Déficit (PED) foi aprovado em setembro de 2017 pelo Conselho Deliberativo da Petros. Ele  prevê que os participantes ativos e beneficiários aposentados deverão cobrir, juntos, o “rombo” de R$ 27,7 bilhões acumulado nos anos de 2013, 2014 e 2015.

Para isso as entidades representativas dos assistidos e participantes construíram uma proposta alternativa para se contrapor ao Plano de Equacionamento dos Déficits (PED) do PPSP (repactuados e não repactuados), que já foi entregue à Fundação.

Além disso existe a resolução CGPAR 25, que pode acabar com os fundos de pensão, além de possibilitar a redução do valor das aposentadorias dos participantes.  Já as Resoluções 22 e 23 da CGPAR , colocam em risco o Plano de Saúde dos Petroleiros, chamado de  AMS. Essas Resoluções impõem uma série de restrições que ameaçam os direitos de todos os beneficiários da AMS (ativos, aposentados, pensionistas e seus dependentes).

A CGPAR é uma comissão interministerial criada para tratar de matérias relacionadas com a governança corporativa das empresas estatais federais e da administração de participações societárias da União.

Os aposentados do NF não fogem à luta e estão sempre participando de reuniões, assembleias, Congressos  e atos em defesa do Fundo de Pensão e dos seus direitos.  Os trabalhadores pleiteiam uma solução mais justa e a existência da Petros.

“As perspectivas para os aposentados não são as melhores, mas as mudanças virão com participação e luta. A diretoria do Sindipetro-NF se solidariza com os companheiros e os homenageia pela resistência! – afirma o diretor Antônio Alves da Silva, Tonhão.

Leia mais:

https://www.fup.org.br/ultimas-noticias/item/23567-aposentados-e-pensionistas-da-fup-debatem-plano-de-lutas-em-defesa-dos-seus-direitos