A noite de segunda, 14, foi de muita emoção para os familiares dos trabalhadores vítimas do acidente com a P-36. Foi inaugurada na sede do Sindipetro-NF uma placa em homenagem aos 11 petroleiros. Quem descerrou foi Sérgio dos Santos Souza Filho, filho de Sérgio dos Santos Souza, e o Coordenador do Sindipetro-NF, Marcos Breda, que lembrou da luta constante do sindicato por melhorias na área de Saúde e Segurança. “Apesar de toda nossa luta, ano passado aconteceu o acidente com o FPSO São Matheus que causou a morte de nove petroleiros terceirizados. Não vamos parar, seremos incansáveis” – disse.
Em seguida a viúva Marilena Souza, lembrou do crescimento da terceirização e da importância de lutar por segurança para todos. “Precisamos fazer de tudo para diminuir a perda de vidas” – alertou.
Após o descerramento da placa, os presentes assistiram a palestra “O tempo que o tempo tem”, com assistente social e professora , com pós- doutorado em Serviço Social pela PUC SP, Cristina Maria Brites, representando os familiares, Luzineide Santana Lima, viúva de Emanoel Portela Lima e o diretor do Departamento de Saúde e Técnico de Inspeção de Equipamentos, Raimundo Telles.
Essa palestra colocou em discussão do significado que o tempo tem em nosso dia a dia. Luzineide falou sobre a passagem do tempo desde o acidente, até os dias de hoje. “O tempo não apaga a esperança e a saudade, mas nos fortalece” – comentou.
O diretor Raimundo relatou suas lembranças do dia e fez um apanhado das conquistas da categoria petroleira na área de segurança e a professora Cristina Brites fez um exposição sobre como a sociedade vem pensando esse tempo, as relações humanas e a conquista da nossa liberdade.
“Hhoje o tempo do trabalho invade nossas vidas e o tempo do ócio criativo e das relações afetivas. A tecnologia está sendo usada para a exploração e para favorecer a apropriação privada. Tudo é aqui e agora. Nessa relação de dominação estamos sendo sugados. – alertou Brites.