Onze anos depois, por pouco a tragédia não se repete

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Editorial

Jamais esqueceremos

A empresa Tepco, operadora da usina nuclear de Daiichi, que foi atingida pela Tsunami que provocou o vazamento de material radioativo há um ano, em 13 de março de 2011, atingindo boa parte do Japão e, particularmente, os moradores de Fukushima, pediu nesta semana “desculpas profundas” à população, em comunicado oficial. Além disso, participou da cerimônia que lembrou a tragédia e divulgou vídeo que mostra o momento do choque da onda na estrutura da usina.
A empresa Petrobrás, operadora da plataforma P-36, que, em razão de uma falha de projeto jamais admitida oficialmente, afundou na Bacia de Campos em 2001, após uma explosão que provocou as mortes de 11 trabalhadores – tendo os corpos de nove deles afundado junto com a gigantesca estrutura da então “maior plataforma do mundo” -, continua, onze anos depois, indiferente às lições da tragédia e recorrentemente ignora a passagem do 15 de março, data de sua ocorrência.
Uma tragédia como a da P-36 não deveria ser esquecida pela empresa, assim como não é esquecida pelos trabalhadores. A referência aos seus mortos e a vigilância para que os mesmos erros que levaram ao acidente deveriam fazer parte da rotina da própria companhia, que diz ser preocupada com a questão da segurança.
No ano passado, após muita cobrança, a companhia realizou, em conjunto com a FUP, um seminário sobre práticas de segurança no setor. O então presidente da empresa, José Gabrielli, e demais integrantes do alto escalão da empresa, ouviram de sindicalistas explanações sobre o mundo real dos trabalhadores, aquele que não aparece nos relatórios açucarados dos gerentes. Mas este momento foi uma exceção histórica. De modo geral, a companhia prefere fingir que tudo vai bem, e não tratar destes assuntos.
Não teria sido inviável que a nova presidente da companhia, Maria Graça Foster, mesmo estando há apenas um mês no cargo, tivesse programado algum evento de valor simbólico para demonstrar o mínimo de consternação em relação à tragédia, quando é lembrada a passagem dos seus 11 anos. Mas nada foi feito, assim como nos anos passados.
A lógica marketeira da empresa parece ser aquela da máxima do Ricúpero, que só procura “faturar” o que é bom, esquecendo o seu compromisso com uma abordagem mais madura dos temas que a envolve, que deveria inclusive fazer parte da tão propalada “responsabilidade social”.
Ao contrário disso, quando fala em segurança, a empresa prefere relacionar interdições a prejuízos financeiros, ou realizar apenas Sipats festivas, ou encadernar normas e códigos protocolares.
No mundo real, como mostra esta edição do Nascente, os riscos continuam à espreita e as práticas gerenciais continuam a contribuir para a insegurança. São exemplos os baixos efetivos, as recentes tentativas de implantação de uma certa “Permissão de trabalho de Baixo Risco”, os insistentes acidentes que ferem e mutilam trabalhadores praticamente todos os meses.
Mas os trabalhadores têm feito o papel que lhes cabe – embora  possam fazê-lo com ainda mais empenho. Pela primeira vez, uma greve foi chamada, no ano passado, estritamente em razão da insegurança na Bacia de Campos, com a adesão de 12 plataformas e duração de três horas, com indicativo de corte na produção, seguida de responsável decisão de suspensão do movimento. Foi um recado eloquente, que contribuiu para mudar a relação dos trabalhadores com o tema, assim como têm sido didádicos os constantes chamados da entidade para que os trabalhadores enviem relatórios das pendências de segurança nas unidades, o que tem possibilitado ações de fiscalização que levaram a autuações e a interdições.
Nesta semana, o Sindipetro-NF volta a lembrar a tragédia da P-36, cumprindo o seu compromisso expresso em máxima que ficou cravada na cabeça de todos desde o ano do acidente: “jamais esqueceremos”. Assim tem sido, e assim continuará a ser.

Espaço aberto

Ajude a salvar uma preciosa vida

José Maria Rangel*

Certa vez, um editorial do Nascente tratou do assunto [edição número 716, de 21 de setembro de 2011], mas a reflexão é mais uma vez oportuna: há mais de uma década, o Sindipetro-NF tem sido pioneiro na atuação firme na luta pelo direito ao trabalho seguro. Depois da tragédia da P-36, esta atuação se tornou ainda mais intensa e, nos últimos anos, se tornou prioridade absoluta, em uma crescente que pode ser facilmente monitorada pelas manchetes deste próprio veículo de comunicação sindical. Em todos estes anos, quantas vidas terão sido salvas em razão desta opção da categoria?
A enorme quantidade de fatores que determinam um acidente tem origem na tentativa de mascarar os casos semelhantes, de negligenciar a prevenção, de colocar a produção acima da segurança. Toda vez, portanto, que um petroleiro dedica alguns minutos do seu dia a uma reunição de Cipa, ou ao registro de uma pendência de segurança para enviar ao sindicato, ou à denúncia de condições inseguras, pode estar salvando as vidas de muitos companheiros. Ele nunca saberá ao certo o efeito da sua ação, mas pode ter a certeza de feito a coisa certa.
Cada notícia do Nascente, cada matéria da imprensa tradicional, cada embarque de fiscalização, cada autuação, e cada uma das 13 interdições em plataformas nos últimos anos, tudo isso tem contribuído para mudar a mentalidade dos próprios trabalhadores e da gestão da empresa sobre o tema. E isso salva vidas a todo tempo.
E faço este tipo de lembrança aqui, neste momento em que se completam 11 anos da tragédia da P-36, não para que nos confortemos com o que temos feito, mas para que nos estimule-mos a continuar fazendo muito mais. Em se tratando de vida, nenhuma perda pode ser admitida. 
Portanto, vamos seguir com as denúncias, com as cobranças, com as mobilizações. Assim, estamos contribuindo para salvar uma vida preciosa: a sua.

* Coordenador geral do Sindipetro-NF.

Onze anos depois, por pouco a tragédia não se repete

Incêndio em coluna de SS-39 provoca adernamento da plataforma. 
Há 11 anos, explosão em coluna provocou o afundamento da P-36

 Incêndio em uma das colunas da plataforma semi-submersível de perfuração SS-39, no Campo de Albacora, na Bacia de Campos, provocou adernamento que chegou a três graus na unidade, na tarde da terça, 13. De acordo com as primeiras informações sobre o caso, o fogo teria atingido um paiol de tintas dentro da coluna. A água utilizada no combate ao incêndio provocou a inclinação da estrutura.
 O caso lembra a explosão ocorrida  em uma das colunas da P-36, em 15 de março de 2001, que provocou as mortes de 11 trabalhadores e o afundamento da plataforma alguns dias depois.
 As informações sobre o caso da SS-39 foram obtidas pelo Sindipetro-NF pouco depois das 14h30, horário da ocorrência por meio de relatos de trabalhadores. A Petrobrás confirmou o adernamen-to, mas afirmou que a situação estava controlada. De acordo com a empresa, a Queiroz Galvão, operadora da plataforma, chegou a pedir apoio para um plano de evacuação da unidade, solicitando vagas para trabalhadores em unidades próximas, mas uma reavaliação da situação considerou não ser necessária a retirada dos 102 petroleiros que estava a bordo no momento do incêndio.  
 Após o incêndio, as comunicações com a plataforma ficaram comprometidas. O Sindipetro-NF monitorou a situação por meio de informações de trabalhadores embarcados em unidades próximas. Os petroleiros confirmaram para o sindicato a versão de que a plataforma estava estabilizada e o fogo havia sido debelado. Ontem, a Petrobrás disse, por meio de nota, que a plataforma havia voltado à sua posição normal e que estava pronta para voltar a operar.
 O NF vai cobrar a participação em comissão instituída pela Petrobrás para investigar o caso. A primeira questão levantada pela entidade é sobre a pertinência de se ter um paiol de material inflamável em uma das colunas da plataforma. 
 Na P-36, os 11 trabalhadores mortos foram justamente os petroleiros da brigada de emergência, que desceram para combater um incêndio em uma das colunas, quando houve uma segunda explosão.

Ato público hoje nos aeroportos

 Mesa de debate sobre as interdições e autuações na Bacia de Campos abriu ontem as atividades promovidas pelo Sindipetro-NF para lembrar a passagem dos 11 anos da tragédia da P-36. Hoje, a partir das 7h30, a entidade realiza atos públicos nos aeroportos de Cabo Frio, Macaé e Campos (heliporto do Farol de São Thomé). 
 O evento de ontem foi aberto com mesa integrada por Luzineide Maria de Santana Lima, representante das viúvas das vítimas da P-36; José Maria Rangel, coordenador geral do Sindipetro-NF; e por Luiz César do Nascimento, diretor de saúde do sindicato à época da tragédia, em 2001. 
 A mesa de abertura foi seguida por palestra e debate com o coordenador da equipe de auditores do Ministério do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro, Carlos Saliba, com participação dos diretores do NF Luiz Carlos Mendoça e Francisco Tojeiro. O órgão tem atuado em parceria com o NF na fiscalização de plataformas.
 O dia 15 de março tornou-se um marco na luta da categoria petroleira por condições seguras de trabalho. Nos atos públicos de hoje nos aeroportos, além de sindicalistas e da categoria, parcipam familiares de vítimas de acidentes de trabalho na Bacia de Campos.

Baixo efetivo continua a gerar risco ao trabalhador

Mais um ano da tragédia da P-36 se completa sem que a Petrobrás enfrente os gargalos que provocam acidentes. Um deles é o do reduzido número de trabalhadores nas unidades operacionais, o chamado baixo efetivo. O Sindipetro-NF tem, insistentemente, pautado o tema em encontros com a companhia, mas a empresa resiste em admitir o problema e, consequen-temente, buscar soluções.
 O sindicato já recebeu vários relatos de acidentes ocorridos com petroleiros atuando sozinhos, muitas vezes à noite, em áreas operacionais. 
 Um dos casos de unidades com baixo efetivo é o das plataformas Vermelhos 1, 2 e 3, que registraram o problema no relatório de pendências enviado ao sindicato em fevereiro de 2011 e disponível no site da entidade. “Foram ceifadas algumas áreas como, por exemplo, os mecânicos, área totalmente terceirizada, sem nenhum mecânico Petrobras embarcado. A manutenção não pode cumprir o turno da noite porque o seu número de profissionais é extremamente reduzido”, relataram.

PTBR gera insegurança avalia NF

 O Sindipetro-NF cobrou nesta semana da Petrobrás a imediata paralisação do processo de implan-tação da chamada PTBR (Permissão de Trabalho Baixo Risco) nas plataformas. Ofício protocolado pela entidade nas gerências de recursos humanos e de saúde e segurança (SMS), no último dia 12, registrou a oposição do sindicato em relação a tentativa.
 Para o sindicato, ao contrário de tentar implatar a PTBR, a Petrobrás deve é discutir de forma mais ampla a liberação de serviços na companhia e passar a cumprir a NR-34 na emissão de PTs.

P-36 11 anos

Não tem sido por falta de alertas

Circunstâncias que levaram ao caso P-36 continuam à espreita

Uma pequena publicação organizada pelos pesquisadores Marcelo Figueiredo e Denise Alvarez, da UFF (Universidade Federal Fluminense), em março de 2010, quando a tragédia da P-36 completava dez anos, trouxe alertas que, até hoje, não parecem ter sido devidamente apreendidos pela Petrobrás. Vários dos problemas listados no estudo de caso sobre o acidente que matou 11 petroleiros em 2001, continuam perigosamente não solucionados. 
 No quadro abaixo, o Nascente traz uma seleção de trechos do livreto “O acidente da plataforma P-36: naufrágio, agonia e morte na Bacia de Campos”, onde estes problemas, que foram determinantes para a tragédia, são citados pelos pesquisadores. Nestes, o petroleiro poderá perceber paralelos com algumas das práticas ainda usuais na companhia, mostrando que a empresa não se interessou em mudar as suas práticas de segurança após o acidente.
 A publicação teve apoio do Sindipetro-NF. Exemplares estão disponíveis para os interessados nas sedes do sindicato. A versão em PDF pode ser baixada gratuitamente em www.sindipetronf.org.br.

Uma sucessão de problemas graves

CONTRATAÇÃO INCORRETA
“Infelizmente, quando as relações com a Marítima (empresa contratada para a obra de conversão da P-36) tornaram-se insustentáveis, levando a Petrobras, tal como dissemos, a cancelar de forma litigiosa os contratos em vigor, já era tarde, pois a P-36 estava em vias de iniciar suas operações no campo de Roncador, e os problemas ou “estragos” que a má gestão da empresa de Efromovic pudesse ter causado ao processo de mudanças na estrutura da plataforma já estavam feitos.”
ABANDONO DA MANUTENÇÃO
“Focar luz sobre o fato de que à época havia problemas crônicos relacionados à gestão da manutenção, área apontada como passível de melhoria no relatório da Comissão de sindicância, ao explicitar a necessidade de “reestruturar e priorizar as atividades de manutenção”. “
ERROS DE PROJETO
“Embora não o classifique explicitamente como falha projetual, o relatório da Comissão de Sindicância não dá margem para maiores dúvidas quanto a este ponto, recomendando que “a despeito de ser prática encontrada na indústria do petróleo” seja adotada como medida gerencial a “não utilização, nos projetos futuros, de tanques ou vasos no interior de colunas ou submarinos (‘pontoons’) que estejam interligados ao processo”.  “
DESCUMPRIMENTO DE PROCEDIMENTOS 
“Em seu modo de funcionamento normal, estes tanques deveriam permanecer isolados, e serem utilizados apenas em situações emergenciais de esgotamento ou armazenamento. Logo, a utilização freqüente dos TDE’s para armazenamento de água contaminada com resíduos oleosos, durante boa parte do período em que a plataforma esteve em produção, configura um quadro em que um procedimento anormal vai adquirindo status de normalidade, constituindo o que Wynne (1988) chama de “anormalidades normais”.
SISTEMAS “INTELIGENTES”
“Com efeito, nas situações ditas “normais”, o sistema pode, no melhor dos casos, ser gerido de forma automatizada, mas a emergência de certos disfuncionamentos, ao exigirem a intervenção humana, e em especial quando estas são raras, encontrarão um operador com sua perícia comprometida, pouco informado sobre o desenrolar dos acontecimentos anteriores. Isto porque os automatismos terão gerido a seqüência precedente, na medida em que se privilegiou a concepção de reduzir a possibilidade de intervenção humana sobre o sistema.”
CRONOGRAMAS CURTOS
“Segundo o relatório do Crea-RJ, a P-36 teria entrado em operação sem cumprir com o devido rigor os prazos e etapas estipuladas no cronograma de construção, montagem e operação, permitindo assim que a conclusão da montagem de equipamentos se realizasse paralelamente à atividade de produção, em virtude da redução dos prazos para atender às metas de produção da empresa.”
PRODUÇÃO A QUALQUER CUSTO
“O mesmo relatório (Crea-RJ) frisa que os boletins de produção, nos três dias que antecederam o acidente (12, 13 e 14/03/01), indicavam a necessidade de parada de produção para efetuar a troca do abafador de chamas, devido à pressurização do sistema de vent atmosférico.”

Segurança Insegura
 
Esta segurança tão insegura
Que assusta, assalta e assassina
Este progresso tão regresso
Que agiganta, avança e manca
 
O lema é conquistar
Descobrir, perfurar e explorar
Encobrir, esconder e mascarar
Arriscar, emendar e assustar
 
Mercandejam vidas
Leiloam os poços
Discutem políticas
Terceirizam o que é nosso
 
É gente vinda de toda parte
Nossos mares povoado pelas gentes
Estrangeiros recebidos com festa
Nacionais ficam com o que resta
 
Mais difícil controlar a VIDA
Conter a morte que pede passagem
É a busca pelo ouro negro
A insegurança encontra hospedagem
 
Quanto a nós, aqui de novo estamos
Nos encontrando por um motivo insano
Onze anos, Onze vidas
Que de esquecer nos recusamos
 
Nos perguntam o que queremos enfim
Se a dor não nos dói
Se constrangidos não ficamos
A nossa resposta é um Sim
 
Dizemos  Sim  para o não esquecimento
Dizemos Sim para este momento
Pois não queremos que o tempo
Emudeça a nossa luta, enfraqueça o movimento
 
A nossa luta é pela VIDA
A nossa briga contra a insegurança
A nossa inimizade é contra a ganância
Que insaciável marcha, marca e mata
Sem dar a VIDA a menor importância

Marilena Sousa
Viúva do petroleiro Josevaldo Dias Sousa, uma das vítimas da P-36

Normando

Estado atua pressionado pela luta

Normando Rodrigues*

Desde a Revolução Industrial, certas tendências não mudam. No caso dos mineiros de carvão – como os petroleiros expostos diariamente a riscos, numa atividade vital – a coisa ficou evidente: o trabalho é perigoso, mas a adoção de qualquer medida de segurança se opõe à máxima produção e ao lucro.
Só a intervenção estatal nas relações de trabalho, estabelecendo procedimentos e determinando padrões, pode minimizar os riscos, enfrentar a segurança e humanizar o ambiente de trabalho. Mas, tanto nos primórdios da sociedade contemporânea como agora, a qualquer intervenção se opõe a ideologia da propriedade privada, que vê a tudo – homens e máquinas – como “coisas” à livre disposição de seus “donos”.
E o próprio Estado – aquele mesmo até hoje massacrado pela Globo et caterva, e que só sobreviveu a Collor e FHC por mero acaso – é sempre prisioneiro da ideologia dominante.
A história recente, contudo, demonstra que a mobilização dos trabalhadores é capaz de colocar a máquina do Estado pra rodar. Foi em razão do movimento sindical, e de suas denúncias e ações, que a ANP aprovou seu Regulamento Técnico de Segurança Operacional, e que patrões e Governo tiveram que concordar com o Anexo II da NR-30.
Foi com mais de 100 fotos registrando as péssimas condições, e com o extenso abaixo-assinado dos petroleiros de P-33, que a então diretora da ANP, hoje Diretora-Geral, determinou a interdição da unidade, abrindo-se um precedente que já totalizou 13 interdições.
O Estado é imprescindível nessa atuação. Mas é apenas um meio. O qual  atuará ou não, conforme a disposição de luta dos trabalhadores.

* Assessor Jurídico do Sindipetro-NF e da FUP. 
[email protected]

Curtas

Pronunciamento
O deputado federal Aluizio Dos Santos Junior, o Dr. Aluizio (PV-RJ), lembrou ontem na Câmara  a passagem dos 11 da tragédia da P-36 e denunciou a situação de insegurança na Bacia de Campos. No ano passado, o parlamentar trouxe a Macaé uma comissão de deputados para conhecer a realidade do setor.

Comissões 
O Nascente vai publicar na edição da próxima semana matéria sobre a atuação da entidade em duas comissões que apuram acidentes recentes na Bacia de Campos. Sobre o caso de um trabalhador de P-50 que teve um dedo amputado, há discordância do sindicato em relação ao rumo das investigações. No caso do pouso abrupto de uma aeronave no navio Locknagar, em 7 de fevereiro, após choque do rotor de cauda na estrutura da embarcação, o NF assinou o relatório.

Curtinhas
** Em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta semana, a nova diretora-geral  da ANP, Magda Chambriard, afirmou que aumentará o rigor da fiscalização em relação à segurança no trabalho no setor petróleo e destacou a parceria com o NF para, com a contribuição dos trabalhadores, levantar os problemas que geram riscos na atividade.
** O Sindipetro-PE/PB denunciou nesta semana os desmandos da gerência da Transpetro no Terminal de Suape. Parece ser um padrão na empresa.
** ERRAMOS: Notícia da edição anterior do Nascente afirmou: “Voo precisa ser arremetido durante pouso em PPM-1”. O correto seria dizer que a aeronave foi arremetida.