P-31 mantém Operação Padrão contra punições arbitrárias

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Em documento aprovado durante assembleia a bordo no último dia 9, os petroleiros da plataforma P-31, na Bacia de Campos, informam que decidiram manter a Operação Padrão na unidade, em protesto contra as punições a trabalhadores em decorrência de evento na casa de bombas.

O sindicato tem apoiado o movimento dos trabalhadores e indicado a realização de Operação Padrão também em outras unidades, como forma de solidariedade e de denúncia sobre casos semelhantes.

Confira o texto enviado pelos trabalhadores da P-31:

Em assembleia realizada em 09 de Julho de 2016, nós funcionários da Petróleo Brasileiro S.A. embarcados na unidade marítima Petrobras 31, viemos através desta, repudiar a ação punitiva tomada pela Gerência da Petrobras em relação ao evento ocorrido na casa de bombas e solicitar a anulação do Grupo de Trabalho (GT) e das advertências proferidas em virtude do mesmo.

Devido a todos os fatos já conhecidos pelo sindicato e por novos acontecimentos ocorridos nos últimos dias (assédio moral pelo gerente) nós de P-31, adotamos a chamada “Operação Padrão” para e
emissão e acompanhamento de todas as PT’s emitidas na Unidade, continuamos com a rotina de assembleia permanente, uma por semana, para uniformizar as informações e assim continuaremos até a conclusão dos fatos.

Nessa assembleia conversamos sobre os últimos acontecimentos e percebemos que, continuamos vivenciando os mesmos erros por falta de gerencia expondo a cada dia a força de trabalho a
riscos desnecessários.

Aproveitamos para convocar todas as unidades, para aderirem ao movimento que estamos realizando aqui e nos solidarizamos aos companheiros de P-56.

Estamos em campanha de UMS com muitos trabalhos simultâneos, gerando um enorme risco para a segurança operacional. Para evitar chamar mais operadores, estão realizando PT’s por áreas,
exemplo: área 33, área 25, área 31 etc… A área 33 é toda planta do turbo compressor B e seus periféricos (o único que funciona hoje dos três que possuímos), nesse setor temos tratamento mecânico e pintura e
por sorte a UMS desacoplou não tendo serviço no local nesse dia. Na hora do almoço, tivemos um rompimento no visor de nível do scrubber 3º estágio do TC-B com pressão nominal de 70kgf/cm² onde estavam fazendo pintura. Nem precisamos dizer o potencial do evento, a unidade entrou
em shutdown 3P e se tivesse alguém trabalhando no local estaria morto. 

Vale lembrar que hoje em P-31 nos encontramos com RTI’s vencidas e algumas fazendo aniversário de 12 anos, isso é inadmissível. Observa-se que não mudou nada em relação ao evento ocorrido na casa de bombas onde os “responsáveis” pelo vazamento foram os emitentes e técnicos de segurança e não a gerência irresponsável.

Solicitamos ao sindicato que esta “Operação Padrão” seja sugerida em todas as unidades da Bacia, como forma de preservação dos demais companheiros da bacia, para que não corram o risco de serem
advertidos, tendo em vista que nos discursos da gerência, as advertências aplicadas nos companheiros nada tem a ver com o vazamento da Casa de Bombas, mas sim, com auditorias realizadas aleatoriamente
nas PT’s emitidas na unidade por outro GT específico criado em terra para este fim.”