P-35 propõe campanha pelo cancelamento de assinaturas da editora Globo na Petrobrás

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O Sindipetro-NF recebeu de petroleiros da plataforma P-35 um manifesto aprovado em assembleia que propõe uma campanha de cancelamento, pela Petrobrás, de assinaturas de produtos da Editora Globo.

Confira abaixo a íntegra do documento:

 

A Globo debocha das institucionais brasileiras

A Globo, em meio a denúncias de sonegação fiscal, deveria ficar calada para não chamar a atenção das instituições republicanas. Mas, ao contrário, tem a petulância de continuar atacando a Petrobrás.

A Globo apoiou e cresceu à sombra da ditadura civil-militar (1964 a 1985). Pessoas ligadas à esta empresa também aparecem na lista do HSBC, na Suíça, para onde flui o dinheiro sujo dos sonegadores, narcotraficantes, corruptos e corruptores de todas as partes do mundo.

Com essa ficha corrida, a Globo ainda teve a desfaçatez de convocar o povo às ruas, no dia 15, para protestar contra a corrupção!

A Globo vem movendo uma campanha sem trégua de desmoralização da Petrobrás, trazendo manchetes escandalosas e irresponsáveis diariamente, há meses, na TV e no jornal.

No entanto, a Petrobrás se mantém como uma das principais petroleiras do mundo. É a empresa que mais investe no Brasil, responsável por mais de 10% do PIB nacional. Financia, através de seus impostos, cerca de 80% do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, diferente da Globo e de outras que mandam seu dinheiro para paraísos fiscais no exterior, deixando de pagar os impostos necessários ao desenvolvimento do país.

A Petrobrás reinveste seu faturamento no Brasil. A nossa empresa de petróleo e seus funcionários, como resposta aos críticos durante a operação Lava-Jato, aumentou sua capacidade de refino e tornou-se a primeira do mundo na produção de óleo, ultrapassando a norte-americana Exxon Mobil. Em 2015, ganhou pela terceira vez o prêmio OTC, uma espécie de “Nobel” da indústria do petróleo.

Enquanto a cadeia de jornais e emissoras de TV da Globo mente, dizendo que o petróleo do pré-sal está no fundo do mar, a produção do pré-sal bate recordes sucessivos, aproximando-se dos 800 mil barris diários, propositadamente omitidos pela imprensa marrom e, infelizmente, hegemônica. Essa quantidade de petróleo seria suficiente para abastecer Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru, juntos.

O Globo ataca a Petrobrás como retaliação. Braço do PSDB, não conseguiu pleno êxito na década de 1990, nos governos FHC, no processo de privatização da empresa. Na época, comparava a estatal a um paquiderme e chamava os petroleiros de “marajás”. A resposta da companhia e de seus trabalhadores veio em 2006, ao anunciar a descoberta do pré-sal, uma das maiores reservas do planeta, depois de desenvolver tecnologia de ponta, até então inédita.

Na terça, 7 de abril, a manchete do jornal O Globo voltava ao ataque afirmando: “Comperj dará prejuízo de R$ 45 bilhões a Petrobrás”. Ora, o ramo petroquímico é a parte mais lucrativa na indústria do petróleo. Fernando Collor de Mello e FHC, quando na Presidência do Brasil, com apoio das Organizações Globo, conseguiram privatizar a indústria petroquímica. Os governos do PT estavam empenhados em retomá-la. Mais uma vez a Globo está fazendo o papel de Joaquim Silvério dos Reis, tentando destruir esse projeto.

A linha das manchetes de O Globo, sempre tendenciosa, manipuladora de números, distorcendo informações, representa uma perda incalculável para a imagem da companhia. Ainda assim, mesmo com esses ataques diários, pesquisa recente do Datafolha aponta que a maioria dos brasileiros rejeita a privatização da Petrobrás.

Avesso aos interesses nacionais e do povo brasileiro, o senador José Serra (PSDB-SP) encaminhou projeto que altera a Lei de Partilha, retirando a Petrobrás da condição de operadora única do pré-sal, propondo mudanças na cláusula do conteúdo local (que visa proteger a já agonizante indústria nacional) e cria outras regalias em favor das petrolíferas estrangeiras e em detrimento da nossa Petrobrás.

Nesse jogo sujo de cartas marcadas, com a cumplicidade do Congresso mais conservador desde 1964, a Globo e seus representados tentam, de todas as formas, derrubar conquistas populares. E tenta emplacar o Projeto de Lei 4330 o PL da escravidão E o Judiciário vem se omitindo. Como se explica, por exemplo, que as Organizações Globo, envolvidas em tanta lama, não sejam investigadas pelo Ministério Público Federal, pelo Procuradoria Geral da República e pela Policia Federal? Ou será que essas instituições só usam de sua autonomia para investigar a Petrobrás?

Sendo assim, os Petroleiros presentes a Assembleia da Plataforma P-35, vêm trazer o seu Manifesto a proposta junto a Diretoria do Sindipetro-NF, que faça uma ampla campanha junto as suas bases de representação para que a Petrobras cancele as assinaturas da Editora Globo (jornais, revistas e outras mídias), pois os Petroleiros da Bacia de Campos não tem interesse em ler este lixo de informações tendenciosas e parciais, divulgados diariamente por este veículo de comunicação.

Assembléia dos Petroleiros da P-35.”