O Sindipetro-NF realizou, na manhã de hoje, Ato Político no Heliporto do Farol de São Tomé para marcar a passagem dos 18 anos da tragédia da P-36. No dia 15 de março de 2001, uma explosão em uma das colunas da então maior plataforma do mundo causou as mortes de onze petroleiros. Toda a estrutura gigante afundou alguns dias depois, levando para o fundo do mar os corpos de dez trabalhadores.
Como faz todos os anos, o sindicato promove atividades para que a memória da tragédia não seja perdida. Além de homenagear os trabalhadores mortos, o ato denuncia a manutenção das condições inseguras de trabalho, agravadas pela política atual da Petrobrás — de desmonte, venda de ativos e corte de investimentos.
Familiares dos trabalhadores mortos na tragédia participaram do ato de hoje no Farol. Alice Cristina (cunhada do petroleiro Josevaldo Dias Souza), Wenia dos Santos e Adler Justo Lima Vieira (filha e genro de Laerson Antônio dos Santos) e Paulo José dos Santos Souza (irmão de Sérgio dos Santos Souza) levaram seus testemunhos de dor e seus alertas às novas gerações de petroleiros e petroleiras.
Foram distribuídas camisas, estendidas faixas e exibida uma placa em homenagem às vítimas do acidente na P-36. Foi mantido um minuto de silêncio em memória dos trabalhadores mortos, após cada um deles ter tido o nome citado, seguido do grito de “presente” dos participantes. O sindicato também vai instalar um monumento em referência à tragédia.