Painel sobre Responsabilidade Social e Sindicalismo abre o penúltimo dia do XV Confup

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Com um pequeno atraso, teve início às 10h30 o painel  “Responsabilidade Social e Sindicalismo” que contou com as presenças na mesa do Supervisor Técnico do Dieese e representante dos trabalhadores brasileiros na comissão internacional que discutiu e elaborou a ISO 26000, Clóvis Scherer; o Coordenador de Responsabilidade Social do Instituto Observatório Social (IOS), Hélio da Costa e o membro do Comitê Central da CTB, Caetano.

O Coordenador de Responsabilidade Social do Instituto Observatório Social (IOS), Hélio da Costa, avalia a existência de um pessimismo em relação à implantação da norma ISO 26.000, um pouco pelo fato das ISOs estarem associadas às normas de qualidade e à reestruturação produtiva. Esse pessimismo também pode estar associado à falta de conhecimento em relação à responsabilidade social. Uma pesquisa aplicada durante o X CONCUT em 2009 demonstrou que cerca de 70% dos sindicalistas desconheciam o tema.

Hélio avalia como um dos limitadores da ISO 26000 é a desconfiança em relação à prática das empresas. Um exemplo disso são as boas práticas sociais dos bancos e seu péssimo relacionamento com os bancários, demonstrando uma total incoerência.

Apesar disso, Helio comenta que a Confederação Sindical Internacional avalia o conteúdo da Norma como positivo, mas que não substitui as resoluções da OIT e a elaboração de políticas públicas. Ele sugere que o movimento sindical busque o crescimento das redes sindicais de trabalhadores de empresas nacionais e internacionais, para troca de informações e melhoria de condições de trabalho.

Supervisor Técnico do Dieese e representante dos trabalhadores brasileiros na comissão internacional que discutiu e elaborou a ISO 26000, Clóvis Scherer, comenta que uma empresa socialmente responsável tem atitudes éticas e não coloca em risco a saúde, segurança dos seus trabalhadores e protege o meio ambiente.

Na sua avaliação existem alguns pontos positivos na responsabilidade social, que estão associados à princípios de conduta, um deles é o fortalecimento do combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo.

“Cabe ao movimento sindical ter uma posição mais elaborada em relação à Responsabilidade Social, por isso a necessidade de discutir esse conceito e propor avanços na norma. Também  através da norma será possível a negociação de compromissos efetivos e vinculantes não só comos trabalhadores diretos, mas com os terceirizados” – concluiu.