Para Leonardo Boff a força da resistência está nos movimentos sociais

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O teólogo e escritor Leonardo Boff encantou quem esteve presente em sua palestra realizada na noite de quarta, 14, no teatro do Sindipetro-NF em Macaé. Logo no início, ressaltou a importância de retomarmos uma luta iniciada há 50 anos e defender agora o pré sal para o povo brasileiro. “O petróleo brasileiro é cobiçado por grandes empresas internacionais” – alertou.

Segundo Leonardo Boff o impeachment de Dilma inaugurou uma nova tipologia de golpe de classe na América Latina que foi via parlamento e é preciso tirar lições desse processo. Foi um golpe das oligarquias brasileiras e internacionais, que estão colocando em prática o projeto deles de domínio mundial.

Esse domínio, de acordo com Boff,  também passa pela questão ambiental. “Nós estamos numa situação de irreversibilidade, porque a terra não aguenta essa voracidade com a qual está sendo atacada”.

Para ele o momento é de revisão e reflexão, acumulando energias para o futuro. Também citou a Constituição Federal do Brasil de 1988 instituiu, em seu art. 1º, parágrafo único, que “todo poder emana do povo”.

“Como primeira lição do momento que a esquerda passou Boff afirma que é “preciso resistir aprender com os erros e derrotas e dar a volta por cima”.

Boff disse que a grande força está nos movimentos sociais, e nesse contexto, engloba todos. Desde as quebradeiras de coco, movimento de prostitutas, incluindo Movimento dos Sem Terra, Sem Teto e sindicatos. Considera que essa articulação é fundamental para frear o neoliberalismo no Brasil.

Ao final, Boff apresentou algumas lições para a esquerda para serem iniciadas agora, que resumimos abaixo:

– Resistir, aprender e dar a volta por cima.

– Reafirmar a democracia.

– Coalizão dos governantes deve ser com os movimentos sociais.

– Convencer-se que o capitalismo neoliberal está dilacerando as sociedades centrais e destruindo as nossas.

-Colocar-se ao lado das vítimas do neoliberalismo apoiando greves e movimentos sociais.

– Suspeitar de tudo que vem de cima, pois sempre é feito à custa do povo.

– Projetar a utopia de um novo Brasil, sobre outras bases, a principal delas, a originalidade e a força de nossa cultura, dando centralidade à vida da natureza, à vida humana e à vida da mãe terra.

– União dos movimentos populares, segmentos de partidos , empresários nacionalistas, intelectuais, artistas e igrejas.