Para o Sindipetro-NF, Petrobrás é a principal culpada pelo aumento do número de casos a bordo das plataformas

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Essa semana os trabalhadores de P-51 ficaram indignados com a fala de um gerente da unidade na chamada “boca de ferro” dando a entender que os trabalhadores é que seriam culpados pela contaminação a bordo. Ao tomar conhecimento do conteúdo da mensagem da gerência, a diretoria do Sindipetro-NF se soma ao sentimento de indignação, já que os fatos mostram que gestão da Petrobrás é a maior culpada pelo aumento dos casos, visto que mantém pessoas contaminadas nas plataformas e não faz uma ampla testagem na categoria.

No início da pandemia, o Sindipetro-NF apresentou uma proposta de testagem à Petrobrás que foi negligenciada pela empresa. Essa mesma proposta Proposta de Protocolo de Embarque e Testagem para COVID-19 nos Petroleiros, preparada pelas duas Federações (FUP e FNP) e Sintasa foi aprovada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no mês de novembro e encaminhada como orientação ao Ministério Publico.

Aos fatos

Do dia 18 de novembro até hoje, 22, a P-47 estava com oito casos de pessoas com sintomas de COVID na unidade, desse total, apenas três desembarcaram na sexta-feira, os outros ainda estão a bordo. Podendo contaminar as pessoas próximas. Até o dia 2 de dezembro, quando houve uma grande testagem a bordo, 20 pessoas já haviam desembarcado com sintomas de coronavírus. Dois dias depois desse teste oito pessoas entre positivos e contactantes desembarcaram e no dia 10, mais quatro trabalhadores.

O que fica evidente para o Sindipetro-NF é que há necessidade de testagem geral, imediatamente após os primeiros contaminados e de uma retestagem após a testagem geral. Isso porque todas as quatro pessoas que estavam contaminadas já se encontravam na plataforma há sete dias e foram testadas no dia 02 de dezembro como negativas. Só apresentaram sintomas sete dias após a última testagem. Não sendo possível sua identificação devido as limitações do teste.

“Hoje podem haver ainda a bordo pessoas contaminadas e assintomáticas, que sem uma nova retestagem geral, servirão de vetores para um novo surto. Assim entendemos que uma nova testagem geral deva ser realizada na P-47” – explica o diretor do Departamento de Saúde, Alexandre Vieira.

Alem de P-47, no domingo desembarcaram de P-12 quatro pessoas com suspeita de Covid. Também aconteceu um fato curioso com os trabalhadores de P-18 que desembarcaram. A aeronave pousou em P-47 e um trabalhador foi carregado pelos colegas e colocado no voo. Ninguém foi comunicado qual era a doença do trabalhador.

Fatos como esse só demonstram que a empresa não se preocupa em informar seu trabalhados e muito menos cuidar de sua saúde, sendo a grande responsável pelo aumento do número de casos a bordo.


Dados do Departamento de Saúde

De abril até o dia 22 de dezembro foram registrados no departamento de Saúde do Sindipetro-NF 184 casos de trabalhadores suspeitos de infecção pelo coronavírus e 153 obtiveram resultado positivo para COVID19, conforme discriminados abaixo:

 

DISTRIBUIÇÃO DE CASOS DE COVID-19 POR EMPRESA:

 

SETOR PRIVADO/ TERCEIRIZADO

PETROBRAS       TRANSPETRO

EMPRESA NÃO IDENTIFICADA

      35 CASOS            84 CASOS         03 CASOS     31 CASOS

Obs.:  Importante esclarecer que esses  são aqueles em que foi possível contato do Serviço Social do Sindipetro-NF com o trabalhador, o que não significa que este número é o real de casos de COVID na Bacia de Campos.