Para Sindipetro-NF, venda de Cherne e Bagre na Bacia de Campos representam a continuidade do desmonte da Petrobrás

A Petrobrás anunciou, nesta segunda-feira (4), a conclusão da venda da totalidade de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, localizados na Bacia de Campos, para a empresa Perenco Petróleo e Gás do Brasil. Segundo comunicado da estatal, os trabalhadores próprios envolvidos nas operações do ativo serão realocados em outras unidades da companhia.

Para o Sindipetro-NF, a venda desses campos da Bacia de Campos representam a continuidade do desmonte da Petrobras, com a entrega de ativos estratégicos para o capital privado, especialmente estrangeiro. A entidade sindical tem se posicionado de forma firme contra a política de venda de ativos adotada nos últimos anos, que, segundo o sindicato, enfraquece o papel da Petrobrás no desenvolvimento nacional e compromete a soberania energética do Brasil.

“Os dois campos são mais uma parte das riquezas brasileiras que passam às mãos do capital privado, num movimento que ignora os interesses do povo brasileiro e prioriza lucros de curto prazo. A promessa de realocação dos trabalhadores não apaga o fato de que estamos perdendo controle sobre reservas de petróleo fundamentais para a segurança energética e o financiamento de políticas públicas”, avalia o coordenador da Comunicação do Sindipetro-NF, Johnny Souza.

O sindicato também alerta que, embora a Petrobras tenha garantido a realocação dos trabalhadores próprios, os terceirizados podem enfrentar demissões e precarização, como já ocorreu em outras privatizações de ativos da estatal.

O Sindipetro-NF reforça seu compromisso de seguir mobilizado contra o desmonte da Petrobras e a desnacionalização dos recursos naturais do país. A entidade defende uma empresa pública, forte e integrada, a serviço do desenvolvimento soberano e sustentável do Brasil.