Da Imprensa da FUP
Petroleiros de vários estados interromperam as atividades nesta sexta-feira, 10, em diversas unidades do Sistema Petrobrás. A paralisação de 24 horas convocada pela FUP foi aprovada em 12 dos 13 sindicatos filiados e teve início na quinta-feira, nos campos de produção terrestre do Ativo Norte da Bahia, que foram colocados à venda pela Petrobrás.
A greve da categoria foi em defesa da soberania e da democracia e contra o desmonte da empresa, a entrega do Pré-Sal e os ataques aos direitos dos trabalhadores, que estão na agenda do governo golpista de Michel Temer e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente.
Pela tarde, a FUP e seus sindicatos somaram-se aos atos das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Veja aqui como foram as manifestações pelo país afora.
No final da noite de quinta e início da madrugada, os petroleiros iniciaram os cortes na rendição dos turnos das unidades operacionais no Paraná, Rio Grande do Sul, Norte Fluminense, Pernambuco, São Paulo, Duque de Caxias e Manaus. Pela manhã, somaram-se à paralisação trabalhadores das bases do Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Amazonas e bases administrativas.
Na Bahia, além da greve de 48 horas nos campos de produção terrestre de Bálsamo, Araças e Buracica (Ativo Norte), houve paralisação nas unidades da UO-BA, Rlam, PBIO, Transpetro Madre Deus e Camaçari, Fafen, Termoelétrica Celso Furtado e EDIBA.
No Paraná, petroleiros e trabalhadores de outras categorias ocuparam pela manhã o prédio administrativo da Petrobrás em Curitiba. Nas unidades operacionais da empresa no estado, a paralisação começou na madrugada, com corte na rendição dos turnos da Fafen, Repar, da Six e do Terminal de Paranaguá.
Em Santa Catarina, houve paralisação parcial nos terminais de Itajaí e Guaramirim.
Em Duque de Caxias, os trabalhadores da Reduc montaram um acampamento, onde foram realizadas diversas atividades e atos políticos em defesa da soberania e da democracia, com participação dos movimentos sociais. A paralisação na região tem adesão dos petroleiros do Terminal de Campos Elíseos e da Termoelétrica Governador Leonel Brizola.
Na Bacia de Campos, 12 plataformas participaram da paralisação, assim como os trabalhadores do Terminal de Cabiúnas. Houve também mobilizações nos aeroportos e heliportos de Campos e Macaé.
Em Pernambuco, a paralisação começou na madrugada, com corte na rendição dos turnos do Terminal Aquaviário de Suape e da Refinaria Abreu e Lima, onde a adesão dos operadores foi de 100% e mais de 90% do administrativo.
No Espírito Santo, os trabalhadores dos Terminais da Transpetro de Vitória e de Barra do Riacho aderiram à paralisação, assim como os petroleiros da Unidade de Tratamento de Gás (UTGSUL), das plataformas P-57 e P-58 e da sede administrativa da Petrobrás em Vitória (Edvit), onde o sindicato realizou pela manhã um ato contra o desmonte da empresa.
No Rio Grande do Sul, os trabalhadores da Refap cortaram a rendição do turno no início da madrugada e deram sequência à paralisação durante o dia.
No Unificado de São Paulo, oito bases começaram o movimento à zero hora, que prossegue ao longo do dia nas refinarias de Campinas (Replan) e Mauá (Recap), terminais da Transpetro e usinas termoelétricas. O quadro atualizado pelo Sindicato é: Replan – 100% turno e 70% HA; Recap – 100% turno e 80% HA; Uberaba – 100% adesão; Ribeirão Preto – 100% adesão; Uberlândia – 100% adesão; Senador Canedo – 50% adesão; UTE Três Lagoas – 80% adesão; UTE SP – 100% turno e 20% HA; Edisp 1 – atraso de 1 hora; TBG Hortolândia – atraso de duas horas; TBG Campinas – atraso no período da tarde.
No Amazonas, os trabalhadores da Refinaria de Manaus iniciaram a paralisação à zero hora e prosseguiram ao longo do dia, junto com os petroleiros do Terminal da Transpetro de Solimões, que somaram-se à greve no início da manhã.
No Rio Grande do Norte, a paralisação começou na quinta-feira, nas áreas de produção do Alto do Rodrigues e nas plataformas marítimas. Pela manhã, os trabalhadores dos ativos de Mossoró, Pólo Industrial de Guamaré e da sede administrativa de Natal somaram-se à mobilização.
No Ceará, os petroleiros realizaram pela manhã um ato em frente à Refinaria de Lubrificantes e Derivados Nordeste (Lubnor), protestando contra o golpe e o desmonte da Petrobrás, que colocou à venda campos de produção terrestre do estado, além da TermoCeará e do Terminal GNL de Pecém.