Parou geral!

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Se a Petrobrás ainda tinha alguma dúvida sobre a disposição de luta da categoria nesta campanha salarial, acendeu a luz vermelha na sexta-feira, 03. Os trabalhadores mais uma vez deram exemplo de unidade e mobilização, ao responderem de forma enfática à paralisação nacional convocada pela FUP e seus sindicatos. Parou geral! Nas refinarias, plataformas, campos de produção terrestre, terminais de distribuição e unidades administrativas, os petroleiros demonstraram sua indignação com as discriminações feitas pela Petrobrás, tanto na proposta salarial, quanto no vergonhoso abono pago às funções gratificadas.

Os trabalhadores terceirizados somaram-se à paralisação, respondendo na luta à falta de interesse e má vontade dos gestores da Petrobrás em garantir seus direitos e verbas rescisórias. Eles participaram das paralisações na Reman, nos campos de produção terrestre do Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte; nos terminais de Barueri e São Caetano, em São Paulo; e na UTG de Cacimbas, em Linhares, no Espírito Santo, onde cerca de 830 trabalhadores paralisaram as obras de ampliação da unidade e permanecerão em greve até o dia 08.
Os petroleiros responderam à altura às provocações da Petrobrás. O aviso foi dado e a categoria provou que está organizada e preparada para mobilizações mais contundentes. É bom os gestores da empresa não continuarem duvidando da capacidade de luta dos petroleiros. Ou será que querem repetir o que fizeram no ano passado, empurrando os trabalhadores para uma greve de cinco dias, que repercutiu internacionalmente?
Unidades que estiveram na luta
Refino – Reduc, Replan, Recap, Regap, Reman, Repar, SIX
Terminais – Cabiúnas (Norte Fluminense), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Suape e Gasoduto de Jaboatão (Pernambuco), Cabedelo (Paraíba), Manaus e Coari (Amazonas), São Caetano e Barueri (São Paulo); Itajaí, Ibiguaçu, Guaramirim, São Francisco do Sul e Estação Intermediária de Itararé (Santa Catarina); Paranaguá (Paraná), TABG (Rio de Janeiro)
Produção terrestre – Taquipe, Miranga, Santiago, Bálsamo, Araçás e Buracica (Bahia); Mossoró, Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Pólo de Guamaré (Rio Grande do Norte); Fazenda Belém (Ceará), Fazenda Alegre, Cedro e Base 61 (São Mateus/ES) e UTG de Cacimbas (Linhares/ES)
Plataformas – Bacia de Campos (36 plataformas), Rio Grande do Norte, Espírito Santo (P-34 e Peroá-1) e Ceará

Administrativo – Manaus, São Paulo, Natal, Mossoró, Imbetiba e Parque de Tubos (Norte Fluminense), Lubnor (Ceará)

 

Pressionar para avançar

Os petroleiros reivindicam reposição da inflação do período pelo ICV/Dieese (estimativa de 5%); ganho real e produtividade (10%); melhorias no programa Jovem Universitário; proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados; fórum nacional para debater com os gestores da Petrobrás mudanças estruturais na área de SMS.
 
Mais uma plataforma explode no Golfo do México, alertando para a insegurança na indústria de petróleo
A explosão no último dia 02 de uma nova plataforma no Golfo do México é mais um alerta para que os gestores da Petrobrás concentrem esforços para resolver os problemas de segurança que a FUP e seus sindicatos vêm denunciando há anos. Depois da morte de 11 trabalhadores da plataforma da BP que explodiu no dia 20 de abril, causando o maior desastre ambiental da indústria petrolífera, outra plataforma incendiou no mar do Golfo, após uma explosão que, por sorte, não matou os 13 trabalhadores que estavam à bordo. Segundo informações preliminares, um petroleiro ficou ferido no acidente, cujo impacto ambiental ainda não foi dimensionado. A plataforma era operada pela empresa texana Mariner Energy e estava localizada a 320 quilômetros da plataforma da BP que explodiu em abril. Segundo as agências internacionais de notícias, a petrolífera já havia sido autuada pelo menos dez vezes devido à insegurança e aos frequentes acidentes.
Qualquer semelhança com a Petrobrás, não é mera coincidência. Apesar de todo o discurso sobre responsabilidade social e ambiental, a empresa tem negligenciado as questões de segurança, expondo constantemente os trabalhadores a riscos nas unidades operacionais. As denúncias da FUP e do Sindipetro-NF sobre as condições precárias das plataformas da Bacia de Campos levaram os órgãos fiscalizadores a aumentarem a pressão sobre a Petrobrás. Só após muita mobilização da categoria, os gestores da empresa começam, ainda timidamente, a sair da inércia, antecipando paradas de manutenção em algumas plataformas. Os gerentes, no entanto, seguem escamoteando problemas graves, como corrosões generalizadas nas instalações e equipamentos.
Em seminário realizado no último dia 02 pelo Ministério do Trabalho para discutir a segurança e saúde no trabalho em plataformas, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, denunciou o descaso das empresas do setor com as reivindicações dos trabalhadores. Ele ressaltou que muitas das empresas privadas sequer reconhecem a representatividade dos sindicatos petroleiros, negligenciando e precarizando ainda mais as condições de trabalho e segurança. A FUP tem aumentado a pressão para que a Petrobrás e as petrolíferas privadas discutam com o movimento sindical suas práticas de SMS, visando à construção conjunta de uma política de saúde e segurança focada na prevenção e nas reais necessidades dos trabalhadores.
Os acidentes e mortes na indústria de petróleo são reflexos de gestões que colocam a produção e o lucro acima da segurança. Um modelo falido, como comprovam os recentes acidentes no Golfo do México e como a FUP já havia alertado nove anos atrás, durante a explosão e afundamento da P-36, que matou 11 trabalhadores
 
Grito dos Excluídos encerra plebiscito por limite da terra
“A vida em primeiro lugar. Governantes, onde estão nossos direitos?” Este é o tema do Grito dos Excluídos, que há 16 anos leva às ruas do país milhares de pessoas no feriado nacional de 7 de setembro. Organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, o Grito dos Excluídos é mais um espaço de luta e reivindicações que tem fortalecido as propostas das organizações populares de inclusão social e respeito à cidadania. Este ano, o dia 07 de setembro também marcará o encerramento do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, que, desde o dia primeiro, tem mobilizado o país sobre a urgência de se discutir profundamente a concentração de terras no Brasil.
Promovido pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), o Plebiscito convida os brasileiros a opinarem sobre esta questão. Na cédula de votação, eles respondem “Sim” ou “Não” às perguntas: “Você concorda que as grandes propriedades de terra no Brasil devem ter um limite máximo de tamanho?” e “Você concorda que o limite das grandes propriedades de terra no Brasil possibilita aumentar a produção de alimentos saudáveis e melhorar as condições de vida no campo e na cidade?”.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais concentra terras. Segundo o último Censo Agropecuário, realizado pelo IBGE em 2006, o Brasil tem 5, 2 milhões de estabelecimentos rurais, dos quais 84% são de agricultura familiar. São 4,4 milhões de pequenas propriedades que, juntas, ocupam apenas 24% da área agrícola brasileira (um total de 80 milhões de hectares) e empregam 74% dos trabalhadores rurais. Enquanto isso, 86º das terras agrícolas concentram as grandes propriedades rurais. São 250 milhões de hectares, área equivalente às regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, juntas. Enquanto a pequena propriedade emprega 15 trabalhadores a cada cem hectares, os latifúndios ocupam o mesmo tamanho de terra com menos de duas pessoas. Daí a necessidade legal de estabelecer um limite ao tamanho das grandes propriedades de terra no Brasil, pois não há nenhuma legislação que impeça um latifundiário de comprar, se quiser, todas as terras do país.

Dê o seu voto! As urnas estão espalhadas em várias comunidades e municípios do país. Os locais de votação foram escolhidos pelo comitê de organização, com destaque para lugares de ampla circulação de pessoas, como praças, escolas, igrejas, sindicatos e universidades. Os locais estão identificados com faixas e cartazes sobre a Consulta Popular.

Diretoria do Sindipetro-AM é reeleita

Os petroleiros do Sindipetro Amazonas reelegeram a atual diretoria do sindicato para o próximo triênio (2010-2013), com 97,4% dos votos válidos. A eleição foi concluída no dia 31 de agosto, com ampla participação dos trabalhadores da ativa e aposentados. Com apenas uma chapa inscrita, Unidade e Ação, os petroleiros do Amazonas respaldaram nas urnas o trabalho da atual diretoria do Sindipetro, sob a coordenação do companheiro Acácio Viana. A cerimônia de posse da diretoria reeleita será no dia 01 de outubro, na sede do Sindipetro, em Manaus. A FUP parabeniza os petroleiros do Amazonas e os companheiros do sindicato por mais esta importante etapa na consolidação da democracia sindical petroleira.