Parque de Tubos: Fiscais de Logística sairão do turno e irão para o ADM

Fiscais de Logística denunciaram nesta sexta, 5, aos diretores do Sindipetro-NF, que a gerência de Logística, Manutenção e Suporte às Operações (LMS) anunciou que irá reduzir dois turnos do setor de almoxarifado e transferir esses trabalhadores para o regime administrativo, em sistema de sobreaviso. Essa decisão afetará em quase 40% a remuneração dos trabalhadores.

Segundo os trabalhadores, está sendo usada como desculpa para a transferência dos trabalhadores um inventário realizado em 2017. Durante esse processo de inventário, a empresa contratada apresentou diferenças enormes no apurado. Foi necessário a intervenção dos funcionários Petrobras, para mostrar que esses números eram bem menores e diferentes dos apresentados inicialmente.

Pelo trabalho realizado os trabalhadores receberam elogios verbais. Ainda assim, a gerência informou por e-mail que foram identificadas “diversas divergências” durante o processo, e que isso afetaria os GDs. Os dez trabalhadores menos pontuados foram “premiados” com a transferência para o ADM.

Na visão do NF e dos trabalhadores, o real objetivo da gerência era de enxugar o quadro. O gerente chegou a oferecer cinco vagas para trabalhar no Rio, mas não houve adesão.

O clima na Logística do Parque de Tubos está tenso. Os trabalhadores também denunciam que sofrem assédio moral do gerente, o que piora ainda mais ambiência do local. Além disso, reclamam que não possuem treinamento adequado para atuar.

O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, cobrou uma posição da gerência que confirmou a redução dos postos de trabalho, alegando que o trabalho de logística no parque de Tubos foi reduzido.

O Sindicato solicitará uma reunião com a gerência para tentar uma solução para essa transferência e também discutirá o assunto em reunião colegiada onde definirá as principais ações a serem tomadas.

“Importante que os trabalhadores sempre denunciem ao sindicato os casos de assédio. Não vamos aceitar situações como essa!  Reiteramos também que os processos tem que se dar de forma transparente, sempre negociando com o sindicato, que representa a categoria” – afirma Tezeu.