A reincorporação da Transpetro à Petrobrás é a reivindicação que deve ter prioridade nas lutas dos trabalhadores da empresa. Esta é a avaliação dos participantes da primeira mesa de debates do I Seminário dos Trabalhadores da Transpetro, que começou na tarde de hoje, no Sindipetro-NF, em Macaé. Segundo eles, várias outras lutas estão relacionadas com esta reivindicação prioritária. Participam da mesa o economista Fernando Barreto Souto, do Dieese/NF, Paulo Roni, coordenador do Sindipetro-ES e Claudio Nunes, diretor do Sindipetro-NF.
Souto fez um histórico da formação da Transpetro, criada ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Ele explicou que o cenário era de política neoliberal e a empresa foi criada com a intenção de facilitar a privatização da Petrobrás e fazer receita para pagar dívidas do governo. “A Petrobrás estava na fila para ser privatizada. É mais fácil vender as partes do que o todo”, disse o economista.
A mudança de perspectiva em relação ao papel da empresa aconteceu no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Houve uma reafirmação da importância das estatais e a Transpetro passou a ser estratégica, por exemplo, para a recuperação da indústria naval brasileira.
De acordo com os debatedores, os trabalhadores organizados devem lutar para que área de transportes volte a ser incorporada pela Petrobrás, retomando o cenário anterior à 1998.
O I Seminário dos Trabalhadores da Transpetro está sendo transmitido ao vivo pela Rádio NF.